A ira de um libertino 🍂

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“A mágoa altera as estações e as horas de repouso, fazendo da noite dia e do dia noite”
— William Shakespeare

“A mágoa altera as estações e as horas de repouso, fazendo da noite dia e do dia noite”— William Shakespeare

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Henry Blackwood

Depois daquele beijo, um beijo tão arrebatador que me deixará sem fôlego, a imagem de Catherine Pembroke não abandonava meus pensamentos. O toque suave de sua pele ainda estava gravado em minhas mãos como uma tatuagem invisível, e sua fragrância parecia permanecer em minhas roupas, como se ela nunca tivesse partido. Durante a noite, o sono veio, mas a paz não. Cada vez que fechava os olhos, a lembrança do seu corpo junto ao meu, seus lábios entreabertos em surpresa e a chama que vi brilhar em seus olhos me perseguiam. Eu a via em meus sonhos, sua voz doce, por vezes sarcástica, parecia sussurrar ao meu ouvido.

Acordei de repente, mas não com o coração pesado. Pelo contrário, a excitação daquele encontro encheu-me de uma felicidade rara, daquelas que um homem em minha posição raramente permite a si mesmo sentir. Levantei-me disposto, cheio de energia, e a manhã parecia mais clara do que o habitual. Vesti-me rapidamente, algo impaciente para sair ao mundo, talvez para encontrá-la de novo, por acaso, ou para caminhar por Londres sabendo que havia alguém, uma mulher como Catherine, que havia me feito perder o controle.

 Vesti-me rapidamente, algo impaciente para sair ao mundo, talvez para encontrá-la de novo, por acaso, ou para caminhar por Londres sabendo que havia alguém, uma mulher como Catherine, que havia me feito perder o controle

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Thomas, meu velho amigo e criado de confiança, não demorou a notar minha animação incomum. Ele me servia há anos e, em seu silêncio prudente, sempre sabia mais do que deixava transparecer.

— Parece que esta manhã lhe caiu bem, senhor — disse ele, com aquele tom de voz que os criados mais experientes utilizam quando sabem mais do que lhes foi contado. — Diria que seu humor está particularmente leve hoje.

Sorri ao ouvir sua observação, enquanto ele se aproximava para me ajudar a vestir o casaco.

— Talvez seja o efeito de uma noite bem dormida — respondi, a voz carregada de ironia. — Ou quem sabe, Thomas, o destino finalmente decidiu me sorrir.

Ele sorriu de lado, mas havia uma cautela em seu olhar. Thomas sempre tinha um conselho a me dar, mesmo quando não era solicitado, e seu instinto para prever problemas nunca falhara.

O Libertino e a Dama Indomável Onde histórias criam vida. Descubra agora