POV EMMA
Arthur já tinha andando em quase todos os brinquedos do parque, com exceção somente dos que a idade dele não permitia. Meus pais e eu apenas o observávamos enquanto ele parecia está em outro mundo. A expressão de alegria no seu rosto era a melhor coisa de se ver. O sorriso de orelha a orelha, os olhos brilhando, as bochechinhas rosadas e a risada eram coisas tão comuns e ao mesmo tempo grandiosas. Desde que mamãe resolveu trabalhar o Arthur passou a ser minha responsabilidade durante a maior parte do dia. Meus pais tem um tempo mínimo na vida dele e apesar dele não demostrar o que ele sente em relação a isso pelo fato de tudo para ele se resolver com um desenho animado e seu ursinho preferido, o Teddy, o que não é muito bom já que as crianças são os seres mais sensíveis e transparentes, noto no modo como ele se comporta que ele sente falta de passar mais tempo com eles. Hoje por exemplo dá para ver a alegria estampada no seu rosto, uma alegria diferente, com mais emoção. Ele está feliz e isso é tudo que preciso para também está.
Agora o meu pirralhinho estava descendo de um dos vários brinquedos do parque. Esse era uma espécie de escorrega que levava para uma grande cama elástica repleta de bolinhas coloridas. Com os bracinhos para cima e um sorriso no rosto ele aterriza sobre a cama elástica e uma chuva de bolinhas começa a cair para todos os lados. As outras crianças batem palmas de empolgação pelo seu belo pouso e se revezam para ver quem vai ser o próximo a fazer todas aquelas bolinhas voarem pelo espaço. O fato de haver outras crianças juntas à ele fazia com que ele se sentisse mais feliz ainda .
Já estávamos todos cansados só de olhá-lo e ele parecia que a cada rodada renovava as sua energias. Porque não era possível que um corpo tão pequeno tivesse tanta bateria assim.
_ Arthur, hora de descer _ Meu pai fala e Arthur olha para o mesmo com uma expressão triste.
_ Só mais um poquinho papai _ Ele fala docemente e mostra um sorriso que faz qualquer um desistir do que estava planejando.
_ Tá bom, só mais um pouquinho _ Papai concorda e ele se volta para os seus novos amiguinhos.
_ Ele parece não cansar _ Falo e mamãe assente com um sorriso.
_ Crianças tem mais energia do que os adultos. E você Emma não vai querer ir em nenhum? _ Ela pergunta e balanço a cabeça negando _ Por que? Você tem que se divertir, você passa o dia inteiro ou estudando ou cuidando do seu irmão. Você tem que tirar um tempo para fazer coisas que jovens da sua idade fazem. Sair à noite com os amigos, viajar nos finais de semana, aproveitar a vida _ Conclui com um sorriso no rosto como se estivesse em outro lugar. Talvez tenha voltado no tempo e revivido todas as coisas que aprontava quando era jovem já que comentou algumas vezes o quanto dava trabalho para os meus avós.
A maior parte dos jovens dariam tudo para ter uma mãe que incentiva seus filhos a "aproveitarem a vida", mas como o destino é irônico aqui estou eu sendo persuadida por minha mãe a viver uma vida que não combina com a minha personalidade. Não que não goste da mãe que tenho, longe disso, só que ela tenta mudar o que sou, o meu jeito, as minhas roupas, o que faço e o que deixo de fazer. Ela faz isso não de um jeito que me deixe para baixo ou que me faça sentir diferente ou pressionada, ela faz isso sempre de uma maneira doce e com uma voz que entoa carinho mesmo quando faz de tudo para parecer convincente. Nunca dá certo. E isso acontecia com mais frequência a algum tempo atrás, agora ela compreende que essa é minha maneira de ser mas o que ela não consegue aceitar é o fato de eu ficar em casa enquanto eu poderia está me divertido com um grupo de amigos. Amigos esses que eu não tenho.
_ Nisso eu tenho que concordar com a sua mãe. Não é saudável para uma menina da sua idade passar o tempo todo dentro de casa _ Papai fala e mamãe olha para ele extasiada por ele ter concordado com algo que ela dissera, já que eles discordam em praticamente tudo.
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Foi tudo uma aposta
RomanceEmma Collins é uma menina estudiosa, ingênua e de coração puro. Considerada a nerd estranha e sem amigos, fazia de tudo para mostrar que não se importava com as ofensas e apelidos que davam à ela, quando na verdade o seu coração quebrava mais um ped...