Capítulo 32 Parte I

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POV GUSTTAVO

Checo meu celular pela quarta vez em trinta minutos mesmo sabendo que ela não vai ligar. Eu tinha esquecido o quanto as festas da Manu conseguem ser entediantes e lotadas de garotas insistentes que não entendem o que é a porra de um não, e estava torcendo para que ela aparecesse com o seu jeitinho inocente e ao mesmo tempo teimoso e levasse embora um pouco do mau humor que se apoderou do meu corpo desde o momento que tive de me esquivar da primeira garota chatinha que atravessou o meu caminho.

Por mais que ela tenha dito que não viria sei que ela vai aparecer. A Manu é a pessoa mais persuasiva que conheço e sei que ninguém consegue dizer não para ela. Digo isso por experiência própria. 

Eu havia dito mais cedo que se ela mudasse de ideia ela podia me ligar e não menti quando disse que largaria o que estivesse fazendo para ir até ela, então eu tinha que está preparado para ir buscá-la caso ela ligasse.

Balanço o copo que eu tinha nas mãos de um lado para o outro e o barulho do gelo batendo contra o material do copo me faz fechar os olhos por alguns instantes antes de algum infeliz bater no meu ombro, fazendo com que um pouco da bebida caísse sobre a mesa.

_ Cara, a Manuzita tem cada amiga gostosa que estou quase indo beijar os pés dela em agradecimento por ela ter permitido que este simples plebeu se misturasse a realeza.  _ O Marcelo enuncia alegremente ao sentar na cadeira vazia do meu lado enquanto tinha a atenção voltada para duas loiras que dançavam praticamente coladas uma na outra.

Ele tinha estado fora por longos minutos com uma morena de voz irritante e pelo sorriso de satisfação que rasgava seu rosto eles não ficaram só nos beijos e amassos. 

Ele solta um suspiro que me faz revirar os olhos e me ajeito na cadeira enquanto brinco com a borda do meu copo de bebida intocada.

_ Quero as duas. _ Ele diz sem tirar os olhos da pista de dança.

_ Já pensou na possibilidade delas serem namorada uma da outra? _ Falo e tenho sua atenção no mesmo instante.

Seus olhos brilham com malícia e sei o que está se passando na cabeça dele, já que em outras circunstâncias seria exatamente o que estaria se passando na minha.

_ Melhor ainda. _ Ele responde sem conter a empolgação _ Mas se você quiser posso ficar com uma enquanto você fica com a outra. _ Ele diz quando volta a me olhar.

_ Não quero. _ Respondo e ele arregala os olhos ao me encarar como se tivesse surgindo uma segunda cabeça acima do meu pescoço. 

_ O que deu em você, hein? Cadê o meu moleque que partia para o ataque quando via um par de peitos? _ Ele faz uma pausa esperando uma resposta que não sai da minha boca e balança a cabeça quando percebe que vou continuar em silêncio_ Sabe do que você está precisando? Comer uma mulher seguida da outra. E mulher aqui é o que não falta. _ Ele gesticula com os braços e levanta depois de me encarar por longos segundos _ Vou sair daqui antes que o seu mau humor estrague a minha noite.

Ele tira o copo da minha mão e dá um gole na bebida antes de devolvê-lo e ir em direção as duas loiras na pista de dança.

Viro o resto da bebida na boca, sentindo uma leve queimação quando o líquido desce pela minha garganta e deposito o copo vazio na mesa.

Nos minutos seguintes sorrio educadamente para quem merece a minha educação, trato grosseiramente quem merece a minha grosseria, me esquivo de garotas as quais cometi a burrice de tirar as roupas e de outras as quais evito cometer essa burrice, e tento com toda a boa vontade do mundo não acertar o Marcelo todas as vezes em que ele veio perguntar se eu estava bem.

Foi tudo uma apostaOnde histórias criam vida. Descubra agora