Capítulo 17

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POV EMMA

Paro na calçada e retiro o celular de dentro da bolsa marrom que eu trazia a tiracolo. Depois de ver que tínhamos passado quase duas horas, brincando e conversando, com os pacientes daquela ala olho para o outro lado da rua, onde o Gusttavo disse que ia nos esperar e encontro o local vazio.

_ Maninha, cadê o Gus? _ Arthur puxa o meu braço para baixo, atraindo a minha atenção para ele que me encarava com os olhos tristes. 

_ Ele foi embora. _ Falo desanimada pelo meu pirralhinho, que parecia venerar o amigo.

_ Estou aqui. _ Escuto a voz do Gusttavo atrás de mim e Arthur sorri, correndo ao seu encontro _ Como foi a visita, amigão? _ Gusttavo abaixa o corpo, colocando o Arthur sobre os ombros, fazendo o meu irmão gargalhar antes de contar animadamente sobre o nosso momento ao lado daquelas crianças adoráveis. 

_ Vem, o carro está na outra rua. _ Me chama assim que percebe que eu não os estava seguindo. 

Caminho a passos lentos e quando paro ao seu lado levanto a cabeça para olhar o Arthur, que estava com um enorme e contente sorriso no seu lindo rostinho, enquanto tinha os seus braços em volta do pescoço do Gusttavo. 

Vamos em direção aonde o carro estava e logo o avisto parado ao lado da faixa que dava para o estacionamento do hospital. Gusttavo destranca o carro e abre a porta do banco de trás, depositando o Arthur no assento e colocando o cinto em seguida nele. Gusttavo fecha a porta e antes que minha mão encoste na maçaneta para me juntar ao meu irmão no banco traseiro ele me puxa para frente, onde a porta do carona já se encontrava aberta. 

_ Você vem aqui. _ Diz com um leve tom autoritário na voz e reviro os olhos antes de desabar sobre o banco. 

Gusttavo se inclina na minha direção e sinto minha respiração falhar à medida que ele se aproximava. Sua mão encontra o cinto de segurança e ele o puxa, me prendendo ao assento. 

_ Eu consigo fazer isso. _ Resmungo e ele ri após travar o cinto. 

_ Eu sei, mas eu quis fazer. _ Diz antes de fechar a porta e dar a volta no carro, desabando ao meu lado. 

Observo seu sorriso convencido enquanto ele coloca o seu cinto e viro o rosto imediatamente, temendo que ele me pegasse o observando.  

_ Aonde vocês moram? _ Ele pergunta e respondo para logo em seguida me arrepender pelo feito. 

O motor do carro é ligado e logo estamos indo em direção à minha casa. Dentro de alguns longos minutos estávamos parados na minha rua. Desço do carro e tiro o Arthur. 

O Gusttavo senta na calçada e Arthur continua falando sobre os seus desenhos preferidos. Ele veio o caminho todo falando sobre como o Bob Esponja é aquilo, como o Scooby Doo é aquilo outro, enquanto o Gusttavo ouvia tudo atentamente, concordando em alguns pontos e discordando em outros.

_ Tchau, Thur. _ Se despede depois de terminarem a discussão sobre quem era mais melhor, o Homem Aranha ou o Batman _ E logo irei cumprir a promessa de levar você para passear. _ Fala e Arthur o abraça, pegando Gusttavo de surpresa, que me olha antes de retribuir o abraço do meu irmão. 

Arthur se solta e corre em direção aos portões abertos, me deixando sozinha com o Gusttavo, que me olhava de uma maneira estranha. 

_ Er...obrigada pela carona. _ Agradeço nervosa diante do seu olhar e me volto para a direção seguida pelo Arthur um minuto antes. 

_ Não tem de quê. Se quiser posso ser o seu motorista pessoal, senhorita. _ Diz com uma voz diferente, me arrancando um sorriso. 

Continuo o meu percurso e olho para o Gusttavo ao chegar aos portões. Ele estava encostado no seu carro e sorria da mesma forma de quando estávamos na frente do hospital. Ele acena e dou um pequeno sorriso antes de entrar e fechar os portões atrás de mim. 

Foi tudo uma apostaOnde histórias criam vida. Descubra agora