Capítulo 13

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POV EMMA

Ainda não acredito que logo o Gusttavo vai ser a minha dupla de estudos. Passei quase a noite toda pensando em uma maneira de conseguir me livrar de ter que passar várias horas do meu dia com ele e não cheguei a solução nenhuma. Pedir para trocar de dupla ou me recusar a fazer parte disso estava fora de cogitação, nunca que o Sr. Montez iria aceitar, já que está no controle era tudo o que mais lhe importava no que se referia aos seus alunos, e nem eu pediria uma coisa dessas, já que nesse caso os estudos vêm sempre em primeiro lugar. 

Sento na cama e espero meus olhos se ajustarem às frestas de luz que entram pelas janelas me avisando que o dia já tinha começado. Vou para o banheiro, ajusto a temperatura da água enquanto tiro o meu pijama e entro embaixo do chuveiro deixando que a água me despertasse do meu estado meio sonolento. Após alguns minutos estendo o braço e pego a toalha que eu havia colocado no gancho ao lado do box e me enrolo em seguida. Faço minha higiene matinal e saio do quarto estranhando por ninguém ter vindo me acordar. Tiro do meu armário uma lingerie de algodão branca, uma calça jeans preta e uma blusa grande cinza. Visto as roupas que peguei e calço os tênis que eu já havia separado ontem à noite, penteio o cabelo e faço um coque. Estava colocando meus livros dentro da mochila quando ouço passos e vozes no corredor. Abro a porta do quarto e encontro minha mãe rindo e o meu pai com o Arthur nos braços enquanto ele resmungava alguma coisa. Quando meu pai me ver ele abre um sorriso na minha direção e retribuo com um sorriso caloroso. 

Pode parecer uma coisa normal, mas momentos assim eram os mais importantes da minha vida. Ver minha família reunida me trazia uma felicidade tão grande que eu chegava a temer que um dia tivesse que me afastar deles e perder essas pequenas demonstrações familiares. 

_ Bom dia, filha. _ Meu pai me cumprimenta e Arthur olha imediatamente na minha direção. Quando ele me ver seus olhos brilham e ele abre o meu sorriso predileto de todo o mundo. 

_ Bom dia, papai. Bom dia, mamãe. _ Cumprimento eles alegremente. 

_ Bom dia, minha filha. _ Mamãe deixa um beijo na minha testa e me afasta para poder me avaliar de cima à baixo. Franze o nariz quando ver os óculos no meu rosto, mas não diz nada. 

Deixo um beijo na sua bochecha e beijo o meu pai em seguida. Arthur abre os braços e pego ele no colo. Seus braços pequenininhos rodeiam meu pescoço e suas pernas apertam minha cintura. 

_ Papai num dexô eu ir acodar você. _ Ele fala com uma voz desapontada. 

_ E é por isso que o mocinho está com essa carinha chateada? _ Pergunto e ele assente fazendo bico. Ele descansa a cabeça na curva do meu pescoço e se acomoda melhor nos meus braços. 

_ Ele queria ir acordar você assim que saiu da cama, mas o seu pai o impediu de ir até o seu quarto, então ele não parou de reclamar um só segundo. _ Mamãe explica e abraça o meu pai que retribui o gesto a puxando para ele. 

_ Vamos tomar café senão todos iremos chegar atrasados. _ Meu pai fala e puxa a mamãe pela mão levando-a em direção as escadas. Sigo o mesmo percurso e desço as escadas com todo cuidado carregando o Arthur entrelaçado à mim. 

Tomamos o café enquanto conversávamos sobre coisas aleatórias e saímos todos juntos de casa para mais um dia de trabalho e estudos como não fazíamos à dias. 

Chego na sala de aula e o Gusttavo estava sentado na minha cadeira me olhando com um sorriso enigmático no rosto. Meio hesitante me aproximo pensando em pedir para ele sair do meu lugar, mas desisto assim que ele me olha com uma expressão um pouco mais séria. Não dou mais nenhum passo e vasculho a sala à procura de algum lugar que estivesse vazio. 

Foi tudo uma apostaOnde histórias criam vida. Descubra agora