Capítulo 31 Parte I

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POV EMMA

A Manu parecia uma princesa recém saída das páginas de um livro de conto de fadas. Ela estava radiante e exibia um sorriso orgulhoso enquanto contemplava a sua criação através do espelho de corpo todo. O vestido era azul turquesa e o seu comprimento ia até um pouco acima dos joelhos. A parte de cima do vestido, assim como as alças que se cruzavam nas costas, era de pedrarias, emitindo um brilho que competia com as íris brilhantes da garota que o vestia, e a saia frisada, formava um volume que valorizava o corpo da Manu, deixando-a ainda deslumbrante. 

_ Está perfeito! Obrigada!_ O contentamento na sua voz não passou despercebido quando ela se virou para a costureira, que estava parada ao seu lado com os óculos pendurados no pescoço e uma caixinha de alfinetes na mão.

_ Eu que agradeço a oportunidade em dar vida a esse vestido maravilhoso. _ A mulher sorria enquanto estendia uma das mãos para ajudar a Manu a olhar a parte de trás.

_ O que você achou? _ A Manu pergunta, focalizando os olhos brilhantes em mim.

_ Você está linda. _ Digo e seu sorriso se amplia enquanto ela analisa cada detalhe que integra o vestido.

Depois de mais alguns minutos olhando maravilhada para o que via a sua frente a Manu vai até o provador e volta algum tempo depois vestida nas suas roupas de antes e com uma caixa dourada enorme nos braços.

_ Preciso ligar para alguém vir buscar o vestido._ Ela diz quando já estamos andando lado a lado pela calçada larga de pedrinhas.

Entramos em uma lanchonete que ficava na esquina e fomos até uma mesa vazia. Não demorou para que uma atendente de sorriso carismático anotasse os nossos pedidos. Enquanto esperavamos que ela trouxesse os sucos a Manu tira o celular da bolsa que ela carregava pendurada no ombro direito e leva o aparelho a orelha algumas vezes antes de deixá-lo cair sobre a mesa.

_ Ninguém me atende. _ Ela diz impaciente e bate as unhas bem cuidadas na tela do celular.

A atendente chega com os sucos que pedimos, colocando o de laranja na minha frente e o de abacaxi na frente da Manu.

_ Mais alguma coisa, meninas? _ Ela pergunta, segurando a bandeja vazia na frente do corpo.

_ Somente isso. Obrigada. _ Respondo, retribuindo o seu sorriso e ela acena com um balançar de cabeça antes de sair.

O celular da Manu toca e ela se apressa em atendê-lo.

_ Olá, irmãozinho lindo. _ Ela faz uma pausa e sorrir largamente _ Por que você sempre acha que quero alguma coisa quando te trato com carinho? _ Ela pergunta ainda sorrindo e tomo um pouco do meu suco enquanto presto atenção nas expressões que passam pelo seu rosto _ Ainda não. _ Ela leva o canudo do suco à boca antes dos seus olhos pousarem em mim e um sorriso levantar os cantos da sua boca _ Ela está comigo, sim. _ Movo meu olhar para baixo, escondendo um sorriso ao saber que o Gusttavo perguntou por mim _ Você pode vir pegar o meu vestido? É que tenho que arrumar o cabelo e fazer a maquiagem. _ Levanto os olhos a tempo de ver a Manu fazer uma careta e rolar os olhos para cima _ Não. Não vou fazer eu mesma. _ Ela para de falar e toma mais um pouco do suco _ Tudo bem. Estou te esperando em uma lanchonete. Mando o endereço por mensagem. _ Ela faz outra pausa e inclina o corpo para trás, recostando-se na cadeira _ Vai se ferrar, idiota. _ Ela respondeu com um sorrisinho e encerra a chamada, colocando o celular de volta dentro da bolsa preta que descansava sobre a mesa depois de digitar alguma coisa no aparelho. Provavelmente, era o endereço da lanchonete onde estávamos.

Ela coloca os braços dobrados sobre a mesa e me encara, sorrindo.

_ O Gusttavo vem pegar o vestido. Se você quiser ir embora peço para que ele te deixe na sua casa. _ Ela diz e apenas assinto _ A quanto tempo você conhece o meu irmão? É que eu nunca tinha visto você antes daquele dia no parque.

Foi tudo uma apostaOnde histórias criam vida. Descubra agora