Capítulo 15

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POV GUSTTAVO

Acordo sobressaltado com mãos me chacoalhando de um lado para o outro enquanto gritava o meu nome como se o mundo estivesse prestes a acabar e eu fosse o único que pudesse impedir.

Maldição! Parece que as pessoas nessa casa têm o prazer de interromper o meu sono.

Abro meus olhos lentamente pronto para mandar o filho da puta pra casa do caralho depois de pedir com um pouco de gentileza que ele desse meia volta e fosse procurar algo para fazer que não envolvesse meu quarto e eu na mesma frase, mas assim que meus olhos focalizam a escuridão presente, minha ideia, que parecia um tanto genial na minha cabeça, se desfaz no mesmo instante.

_ O que é? _ Pergunto irritado para a sombra parada na minha frente.

As luzes do quarto estavam apagadas, sendo que o ambiente estava iluminado apenas pela luz que vinha do corredor. Sinal, que mesmo se eu estivesse com os olhos totalmente abertos_ coisa que não estava_ eu não conseguiria identificar quem foi o ser que me despertou no meio de um dos momentos mais relaxantes do meu dia.

Ouço o barulho do interruptor sendo ligado e logo as luzes estavam acesas fazendo com que automaticamente eu obrigasse as minhas pálpebras a se fecharem.

Por que as pessoas nunca aprendem que somos praticamente vampiros quando acordamos? E que a luz não é a melhor amiga dos nossos olhos no momento em que eles se abrem para a realidade?

Me pergunto isso frequentemente, embora algo me diz que é exatamente por terem essa noção que eles se aproveitam do momento para descontarem todas as suas frustrações e estresse em uma pobre pessoa que tudo o que quer é voltar para o calor das suas cobertas.

Depois de alguns segundos apenas escutando quem quer que fosse batendo o pé em um ritmo irritante, abro os olhos e miro a pessoa ao lado da minha cama de braços cruzados e com a testa franzida.

Era a Mar. E pela expressão estampada no seu rosto ela estava pronta para pular no meu pescoço ou me jogar pela janela.

Juro que estava confuso. Quem era para está de braços cruzados e com uma expressão assassina no rosto era eu que tinha sido a vítima da história e não ela. Então por que ela estava invertendo os papéis?

Voltando um pouquinho no tempo, e revendo os últimos minutos _ desde o momento que a Mar me sacudia como se eu estivesse no meio de um ataque fulminante até o presente momento _ minha análise para nas palavras, ou melhor, no tom das palavras que saíram pela minha boca assim que minha mente despertou.

Mar era aquele tipo de pessoa que dava atenção, mas que também queria atenção. Que transmitia afeto, mas que também ansiava por ele. Que distribuía gentilezas, mas que esperava em troca apenas gentilezas. E que sabia muito bem como fazer um drama diante de simples palavras.

E agora, mesmo sabendo que sou totalmente inocente _ porque não foi nada demais_ terei que pedir desculpas e comprar alguma coisa para ela voltar a ser gentil comigo. Senão a quem eu iria recorrer quando quisesse sair de casa sem que meu pai soubesse?

Mar sempre fez tudo que eu pedia. Às vezes ela relutava, se fazia de difícil, mas logo cedia e estava inventando uma desculpa qualquer para eu não ser pego passando por cima das ordens do meu pai. E era por isso e por ela ter me dando carinho desde o início que ela era uma das pessoas mais importantes na minha vida e eu nunca que iria falar rudemente se eu soubesse que ela que estava me sacudindo de um lado para o outro, mesmo quando ela estava merecendo, como é o caso.

_ Uma menina ligou perguntando por você _ Me devolve no mesmo tom grosseiro antes que eu pudesse abrir a boca e me desculpar. Ela varreu os olhos pelo meu quarto e vir claramente quando suas sobrancelhas se ergueram em sinal de confusão. Antes que ela viesse perguntar alguma coisa a impedi.

Foi tudo uma apostaOnde histórias criam vida. Descubra agora