𝐒𝐋𝐀𝐒𝐇

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An Angel


Pedido: ahatakeuchiha

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Pedido: ahatakeuchiha

PARA ALGUMAS PESSOAS, QUARTA-FEIRA era apenas um dia entediante e calmo. Nada de mais podia acontecer no meio da semana. Mas, naquela quarta, algo diferente aconteceu. Enquanto S/n, a médica mais nova do hospital, estava fumando um cigarro, observou uma ambulância se aproximar com sirenes ensurdecedoras. Vários médicos e enfermeiros correram para ver o caso, suas expressões revelando a seriedade da situação.

S/n apenas soprou a fumaça do cigarro, observando aquela agitação agoniante com um misto de curiosidade e resignação. No fundo, ela sabia que, eventualmente, teria que deixar seu lugar de observação e mergulhar naquele turbilhão de atividade.

Ela deu uma última tragada no cigarro antes de apagá-lo e se aproximar da multidão. Enquanto caminhava, podia sentir a adrenalina começando a tomar conta de seu corpo, preparando-a para o que estava por vir. Ao chegar mais perto, notou a gravidade da situação: um paciente que sofreu por overdose.

— Esse brincou com a morte. — a mulher sussurrou baixo, mal contendo o tremor em sua voz.

— Exatamente. E você poderia abotoar essa blusa? — a médica chefe de meia-idade se posicionou em frente a S/n, com um olhar de autoridade misturado a preocupação.

S/n sentiu o toque firme, mas gentil, da enfermeira enquanto ela abotoava sua camisa. Por um momento, sentiu-se uma criança novamente, sendo cuidada por uma figura materna. Era reconfortante, ainda que um pouco constrangedor.

— Obrigada — murmurou S/n, ajeitando a postura enquanto observava o paciente sendo levado para a sala de emergência.

— Agora que você está aqui, cuide dele — ordenou a médica chefe, deixando S/n sozinha sem dizer mais nada.

S/n suspirou profundamente e entrou no quarto. Como sempre, começou sua rotina: mediu a pressão, limpou o suor da testa do paciente e checou os monitores. O moreno estava deitado, com uma expressão de angústia que parecia refletir uma dor intensa. Seus cachos caíam quase de forma angelical sobre seu rosto, ele não parecia estranho…

Enquanto se inclinava para limpar o suor do pescoço do moreno, ele abriu os olhos devagar e o monitor mostrou seu coração acelerado. O homem, identificado como Saul Hudson, sorriu, seus olhos ainda meio fechados.

— Estou no paraíso? — perguntou com a voz rouca, um leve tom de humor em meio à sua confusão.

S/n revirou os olhos e se afastou, ajeitando o soro que deslizava perfeitamente pelo tubo e entrava em sua veia. Ela já havia ouvido aquela frase inúmeras vezes, mas sempre havia uma pitada de esperança no tom dos pacientes, algo que ela não conseguia ignorar.

† 𝐔𝐒𝐄 𝐘𝐎𝐔𝐑 𝐈𝐋𝐋𝐔𝐒𝐈𝐎𝐍, 𝗶𝗺𝗮𝗴𝗶𝗻𝗲𝘀 𝗿𝗼𝗰𝗸 †Onde histórias criam vida. Descubra agora