Capítulo 18

7.6K 660 25
                                    

- Devolva meu computador. - Guilherme diz com os olhos ardentes de raiva. Ele estava transtornado, eu nunca o tinha visto daquele estado.

- Eu... eu não sei do que você está falando. - Disse contendo as lagrimas e vendo o sangue escorrer da minha mão.

- Eu sei que foi você! - Ele grita e chuta minhas pernas.

Por instinto me encolho toda e tento me proteger de uma possível agressão mais pesada. Guilherme grita, me chama de vadia, puta e ladra. Eu apenas choro abraçando meu corpo no chão. Guilherme se aproximou mais e puxa meu cabelo, me fazendo ficar em pé diante de si. O cheiro que vinha dele era uma mistura de álcool e sujeira, parecia que ele havia andado no meio de porcos ou sei lá o que. Eu chorava implorando para que ele me soltasse e ele puxava ainda mais meus cabelos e me pressionava contra parede. Buscando forças dentro de mim, dei um tapa em seu rosto, quando ele tentou beijar minha boca, e a fúria de Guilherme foi ainda maior, dando um soco no meu estomago, eu vomitei tudo que tinha dentro de mim. Eu não reconhecia aquele homem diante de mim.

Ainda tonta ele me jogou ao chão e veio sobre mim, para abafar meus gritos ele colocou a mão em minha boca e com a outra levantou meu vestido. Eu estava desesperada, o que Guilherme estava fazendo era monstruoso. Eu nunca imaginaria que ele seria capaz de tamanha crueldade. Eu não o reconhecia, aquele não era o doce Gui que namorei durante quatro longos anos.

Consegui morder sua mão e quando ele a afastou, gritei o mais alto que podia por socorro, mais desta vez, Guilherme me deu um soco tão forte no rosto, que praticamente desmaiei. Mesmo que eu quisesse gritar não conseguiria, minha boca tinha gosto de sangue, eu estava tonta e minha vista estava embasada. Senti Guilherme rasgar minha calcinha e se movimentar para me penetrar. Ele realmente estava louco, ele estava prestes a me violentar. Tentava mexer minhas pernas e meus braços, para afasta-lo de mim, mais eles estavam pesados e fracos.

Quando ele me penetrou de vez, dei um grito. Aquilo era pior do que minha primeira vez, aquilo era um estrupo, uma dor profunda que fez meus olhos queimarem com a dor. Pânico, medo, desespero, tudo tomava cota de mim. Guilherme falava coisas sem sentidos e mesmo se tivesse algum sentido, a mim não fazia, porque minha cabeça estava zonza pelo álcool e pelos socos que ele havia me dado. Ele começa a fazer movimentos, uns mais fortes que os outros dentro de mim.

- É assim que você gosta, puta... Que te fodam com força. - Guilherme rosna.

Eu não conseguia dizer nada, eu só chorava e pedia a Deus que aquilo acabace logo. Deus deve ter ouvido minhas preces, pensei, quando Guilherme foi puxado para longe de mim e lançado contra a parede. Confusa, com olhos embasados pelas lagrimas, vi alguns homens de preto a socar e chutar Guilherme.

Braços fortes me pegaram ao colo cuidadosamente.

- Está tudo bem, Baby. - Aquela voz era um refúgio seguro em meus ouvidos.

Não disse nenhuma palavra, apenas dei a volta com meus braços em seu pescoço e chorei profundamente. Raul entrou cuidadosamente comigo em seus braços, em um carro. Sem me larga um só segundo, me abraço tão forte, que eu tive até dificuldade de respirar, mais qualquer coisa com ele naquele momento era, prazeroso e tranquilizador.

- Vai ficar tudo bem, estamos indo para o hospital.

- Hospital? - Eu não queria ir para hospitais, a imprensa iria descobrir, eles sempre descobrem. - Por favor, não me leve para o hospital.

- Meu anjo, temos que ver estes machucados. - Raul diz beijando minha cabeça carinhosamente.

- A imprensa...

DesconhecidosOnde histórias criam vida. Descubra agora