Capítulo 32

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Minha cabeça parecia que iria explodir. Fazia muito tempo, até onde me lembro, que eu não ficava tão bêbada como estava ontem à noite. Tentei me levantar algumas vezes, mas minha cabeça parecia que estava girando e me senti a menina do filme "O exocistia", com minha cabeça dando volta 180º.

- Puuuuuuuta merda!!!! – Protestei.

Só de mexer a cabeça já doía, parecia que estavam martelando dentro dela. Praticamente fui me arrastando para o banheiro. A imagem que via refletir no espelho era pior do que a da menina do filme "O exorcista" ... Tá, exagerei!!! Olhei-me no espelho, estava um trapo. Escovei os dentes e entrei para tomar um longo banho, aquilo poderia ajudar. Enquanto deixava a água correr pelo meu corpo, um fleche veio a minha mente.

Eu lembrava vagamente de ter sonhado com meu anjo da guarda. A imagem estava meio embaçada, mas eu consegui reconhece-lo. Depois que eu o vi no hospital, até eu receber alta, ele nunca mas voltou. 

Eu meio que não entendia porque ele não voltará, já que ele parecia gostar bastante de mim, por alguma razão que ninguém da minha família me explicou. Também ninguém me disse quem ele era, afinal. Minha mãe insistia que eu precisava descansar a mente e dá tempo ao tempo e toda vez que eu perguntava por ele, ela apenas dizia que não o conhecia e que ele apenas fez o que qualquer pessoa faria. Me socorreu. Como de costume não insisti, pois eu tinha muita coisa em minha mente e teria que me adaptar as novas mudanças da minha vida.

- Às vezes acho que você é apenas fruto da minha imaginação. – Disse pensativa.

Ele era lindo, sexy, tipo o macho alfa. Quando o vi mil coisas passaram na minha cabeça, uma delas era porque ele estava ali com aquele olhar perdido? Outra coisa... Se eu não estivesse naquela cama de hospital, talvez, eu sairia com ele para uma noite quente. 

Afinal, não se podia negar, ele parecia ser bem quente, mesmo com aquele olhar triste e perdido, eu podia ver que aquele homem era fudidamente capaz de satisfazer qualquer mulher. 

 Quando dei por mim eu estava me masturbando e gozando pensando nele.

- Maníaca. – Bufei irritada, com minha falta de controle.

Enquanto me desaprovava, pelos atos impróprios e fudidamente eróticos, o telefone da minha suíte toca e me apreso a voltar para o quarto para atendê-lo. Para minha sorte, consegui atender antes da ligação cair.

- Bom dia bela adormecida. – Marly diz divertida, do outro lado da linha.

- Bela adormecida não sei, mais ressacada estou e muito. – Digo sentando-me a beira da cama.

- Olha, tenho algumas coisas a resolver pela manhã, mais antes, queria saber se você quer ir tomar um café comigo, na cafeteria do outro lado da rua.

Faço uma pausa, pensativa. Eu estava de ressaca e tinha pensado em dormir mais um pouco, antes de sair da minha suíte, porem um café seria bem-vindo, afinal dizem que é bom para a ressaca.

- Em vinte minutos, estarei na recepção à sua espera. – Digo por fim.

- Ok. – Marly diz, finalizando a chamada.

Pensei em ligar a Dani e a Fabi, mas eu sabia que ambas estavam a dormir àquela hora. Então decidi que o melhor era deixa-las descansar um pouco mais, e também queria poder ficar um pouco sozinha com minha amiga Marly. 

Vesti uma vestido confortável e sai da minha suíte, pegando o elevador em seguida. Quando cheguei a recepção, Marly já estava à minha espera. 

A vadia estava com uma cara ótima, nem parecia que tinha bebido tanto, quanto eu. Nos cumprimentamos e atravessamos a rua, acompanhada de três seguranças. Se havia algum abutre ali a nos observar, estava a fazer isso de longe.

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