Era manhã, e meus olhos ainda não queriam se abrir, eu ainda podia sentir o calor daquele homem ao meu lado e não consegui evitar sorrir. Eu sem dúvida tinha feito a maior das maiores loucuras da minha vida. Eu transei com um desconhecido.
- Tudo bem, eu não deveria. – Digo a mim mesma indo para o banheiro. – Mas não me arrependo. – Olhando-me no espelho e começo a rir. – Foi tão bom que não tem como me arrepender.
Depois de um banho demorado, troquei de roupa e liguei a Dani, eu precisava falar com alguém e este alguém tinha que ser ela, pois ela jamais iria me julgar. Insisti, ela tinha que acordar.
- Oi. – Ela diz com a voz sonolenta.
- Sou eu, preciso falar com você. – Digo eufórica.
- Porra.... Tem que ser agora? – Ela diz irritada. Ela também detesta ser acordada.
- Eu preciso de você.
- O que aconteceu? – Ela praticamente grita.
- Calma, não aconteceu... quer dizer....
- Estou chegando ai.
Segundos depois, Dani estava na minha porta enrolada em um lençol. Não me aguentei e comecei a rir descontroladamente.
- Meu deus. – Disse tentando conter o riso. – Entre, entre logo. – Dani bufou irritada e entro se jogando no sofá.
- Espero que não me tenhas tirado da cama para ficar rindo da minha cara. – Ela diz fingindo estar com raiva.
- Desculpe. – Digo mordendo o lábio ara não rir. – Atrapalhei alguma coisa além do seu sono? – pergunto voltando a rir.
- Eu estava na pausa para o descanso. – Ela diz rindo também.
Minha irmã era muito escrota. Ela curtia sexo casual e principalmente com aqueles caras que ela sabia que nunca cruzaria com eles a atravessar uma rua.
- Mas estamos aqui para falar de você. – Ela diz sentando-se e se enrolando mais no lençol. – O que foi que aconteceu?
Transei com um desconhecido. – Disse na lata, não iria ficar de arrodeio.
- Serio? – Ela diz erguendo a sobrancelha.
- Seríssimo. – Digo colocando as minhas duas mãos no rosto, me sentindo envergonhada.
- E ai ele era bom? – Ela diz com um ar curioso.
- A melhor foda que já dei em minha vida. Pelo menos até onde lembro.
- Tive um Déjà vu. – Dani diz deitando-se no sofá e cruzando as pernas.
- Não entendi. – Digo me sentindo confusa.
- É a expressão usada para descrever aquela sensação de que você já esteve em determinado lugar ou já fez a mesma coisa antes...
- Eu sei o que é Déjà vu. – Digo estirando a língua para ela.
- Ok. – Ela diz jogando os braços para o alto. – Agora conte-me tudo e não me esconda nada.
Depois de contar o que aconteceu, evitando o máximo os detalhes mais íntimos, Dani disse que eu, não deveria ter saído sem me despedir, saído como uma foragida. Que eu deveria voltar a bater na porta do cara e pergunta pelo menos seu nome.
- Não. Eu não vou fazer isso. Eu nem sei se teria coragem de olhar para ele depois....
- Deixa de ser boba. Vocês são adultos e adultos acasalam com desconhecidos.
- Meu deus, Dani...Credo. – Digo me levantando. – Eu não sou uma cadela. – Digo cruzando os braços sobe meu peito.
- Não estou dizendo que é uma cadela. Apenas estou dizendo que é super normal você conhecer uma pessoa, ficar com tesão e dá para ele.
- É normal para você, para mim não é. – Bufo irritada. Você que costuma ir para a cama com qualquer um.
- Ok. - Ela diz se levantando. – Eu não finjo o que sou, não pago de santinha e não tenho medo algum de correr o risco.
- Não finjo ser quem não sou. – Grito.
- Há Beatriz, você não é essa santinha que aparenta ser. Por baixo desta máscara de boa moça, mora uma pervertida, que talvez seja muito mais escrota do que eu. – Ela grita de volta.
- Você está louca? – Digo mais alto ainda. – Eu não sou com você, eu nunca fui para cama com desconhecidos.
- Será Beatriz, será mesmo? – Ela diz abrindo a porta e saindo do meu quarto.
- Volte aqui... – Grito mais ela entra no seu quarto batendo a porta com força.
Porque chegamos a este ponto? Porque eu e minha irmã tínhamos brigado? Apoio meu corpo contra a parede e respiro fundo. Eu não iria chorar. Não havia motivos para chorar. Eu e Dani logo resolveríamos aquela merda.
- Oi.
Dei um sobressalto quando ouvi aquela voz. Meus olhos se prenderam no dele. ele estava ali a minha frente. Lindo e perfumado.
- Oi. – Digo sem graça.
- Senti falta de você quando acordei.
- Você estava dormindo tão bem, não quis acorda-lo. – Mentira. – Sobre ontem eu queria....
- Não. Pare ... não me venha com esta .... Ambos queríamos e foi ótimo. – Ele disse me cortando. – Já agora, aceita jantar comigo hoje à noite?
Olhei para ele surpresa. Seus olhos tinha um brilho especial aquela manhã. Depois de uma prevê pensada decidi aceitar.
- As vinte está bom para você? – Digo com um sorriso tímido.
- Perfeito. – Ele diz se aproximando e dando um beijo de leve em meus lábios. – Agora preciso ir, tenho que trabalhar para ganhar o dinheiro do jantar.
Começo a rir e ele também. Fico ali parada vendo ele ir em direção ao elevador, com uma calça jeans e uma camisa branca, um tênis e nas costas uma mochila de couro. Quando virei-me para entra no meu quarto sinto suas mãos em minha cintura e ele vira-me rapidamente. Ele me beija profundamente e meu coração começa a bater duas vezes mais rápido. Meus pés já não tocam no chão. Sua boca devora a minha boca e minhas mãos afundam em seus cabelos.
- Eu queria poder ficar. – Ele diz acariciando meus lábios com os dele.
- Você precisa do dinheiro para pagar o jantar. – Brinco, dando mais um beijo nele e me desprendendo. – Até mais logo.
Entro no meu quarto e logo saiu a procura dele, mas novamente era tarde demais. Esqueci de pergunta seu nome.
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Desconhecidos
Romance"PROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS." Livro Completo. Beatriz Moller - 26 anos. Ela fotografa para as maiores revistas e mais famosas marcas do mundo e estampou mais de 50 capas de revista ao redor do mundo. Conhecer o mundo e ganhar altos cachês, e...