Capítulo 46

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Hellooooo... Amores. ┌(^_^)┘♪└(^_^)┐

Estamos chegando ... falta apenas mais um capítulo, para que a história de Beatriz e Raul chegue ao fim. >_<

Mas como já havia dito antes, estou com uma nova história por vir. Já escrevi algumas páginas desta nova história, mais ainda permaneço com dúvida sobre nome do livro, nome de personagens, capa do livro e etc. Porem eu estou colocando todas as palavras, cenas, emoções em páginas, o que me faz perder horas e horas de sono, mas garanto que será uma história intensa, muito intensa. Por isso terei que trabalhar bastante antes de publicar o primeiro capítulo. Porque desta vez não será uma simples história bonita de amor. Será uma história de dor, sofrimento, humilhação e renascimento. Então até lá, indico que leia minhas outras obras.

Estou a pensar em criar uma página no Facebook mais ainda não tive tempo. Alguns seguidores me cobram isso, e peço desculpas se ainda não me dediquei a isso, mais vou tentar em breve dá andamento. Quero aproveitar para comunicar que não pretendo publicar como já me foi sugerido, nenhum dos livros no momento e se por ventura, no futuro eu decidir por isso, comunicarei antecipadamente.

Agora sem delonga .... vamos para o capítulo. 

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2 anos depois...

Não é fácil estar a namorar, e a nossa cara metade estar a centenas de quilômetros de distância. Não é fácil quando só nos vemos uma vez por mês (chegámos mesmo a estar dois meses sem estarmos um ao pé do outro). Não é fácil, mas também não é impossível. Durantes estes dois últimos anos estamos namorando na ponte aérea. O que nunca foi um problema para mim, afinal praticamente minhas relações sempre foi assim. Quando namoramos à distância acabamos por cair na monotonia. As conversas ao telefone tornam-se curtas e repetitivas:

- Como correu o teu dia? O que é que fizeste?

- O mesmo de sempre.

- Há alguma novidade?

- Não, está sempre tudo igual.

E depois ficávamos um tempo em silêncio à espera que o outro diga alguma coisa. Pelo menos era assim com meus ex. namorados. Com Raul e completamente diferente, sempre temos algo novo para falar, sempre tem a necessidade de ouvir a voz um do outro e o silencio um do outro é longe de ser algo perturbador. Porque adoro ouvi o som da respiração de Raul. Sinto como se eu estivesse deitada em sua cama, com minha cabeça sobre seu peito depois de longas horas de amor.

A saudade é um dos principais motivos apontados por quem namora à distância, mas também é uma das coisas que as pessoas adoram nesse tipo de namoro. Eu pelo menos adoro quando Raul não consegue nem chegar a casa e fazemos amor ali no carro mesmo.

Mas com o passar do tempo fui aprendendo a lidar com está e com outro tipo de situações. E como se costuma dizer, o que não nos mata, torna-nos mais fortes. E foi isso que aconteceu com a nossa relação. Sinto que estamos mais unidos, com mais amor e mais compreensivos um com outro. Compreensivo já é um exagero ridículo, porque neste exato momento eu e Raul estamos em uma discussão, ou melhor, a mesma discussão dos últimos nove meses.

- Raul. – Disse eu ao telefone. – Morar junto beleza, mas casar?

- Baby. – Raul diz já irritado. – Eu quero dormir e acorda ao seu lado, eu quero fuder sua buceta gostosa todas as noites e todas as manhas.

- Você é mesmo um ... – Digo caindo na gargalhada.

Eu já havia tomado minha decisão, só não sabia como aborda aquela coisa toda com Raul, mas o tipo de conversa que teríamos não podia ser através da porra do telefone.

- Baby. – Digo contendo meu riso. – Próxima semana eu chego ai.

- Você poderia vir amanhã. – Ele diz bufando.

- Já conversamos sobre isso. – Digo revirando os olhos. – Nossos pais chegam de viajem esta semana e eu preciso está aqui antes de viajar.

Eu havia prometido a minha mãe esperar ela e Jonnas chegarem de viajem. Qualquer coisa era melhor do que ter a Rainha do drama derramando suas lagrimas e dando seu chilique. Eu esperaria e depois iria me encontrar com Raul e resolver esta porra toda que anda a me tirar o sono a dias. Eu tinha que dá um fim nisso tudo de uma vez por todas.

Luxo. Viagens. Carro do ano. E outras mordomias. A vida de uma mulher de jogador de futebol poderia se resumir nessas palavras. Mas não. É só conversar com uma delas para ver: antes de todas as facilidades, que nem chegam para todas, tem dedicação, abnegação, altruísmo e companheirismo. Para muitos, elas podem parecer meras aproveitadoras, que casam com os atletas pelo dinheiro. Eu já pensei assim, confesso. Mas depois de conhecer algumas destas mulheres, muita coisa mudou.

- Só que sem nós, provavelmente o equilíbrio necessário para uma carreira tão inconstante não viria. Somos nós o esteio da casa, o ombro onde todos eles choram as derrotas da rodada ou o banco de reservas. E para que eles desfrutem dos poucos anos de campo, abrimos mão de sonhos profissionais, deixando tudo para depois. - Julia explicou-me.

Julia é a esposa de um colega de time de Raul, já saímos algumas vezes e nos encontramos em alguns eventos. E durante uma das festas de comemoração de vitória do time, ela respondeu-me algumas questões que ainda me perturbavam com relação a namorar, casar com um jogador de futebol.

– Claro que tem suas exceções, tem quem consiga conciliar, mas é difícil. – Ela concluiu.

- No fim, é tudo sobre amor e união mesmo? – Eu havia perguntado a Júlia,

- Acho que sim, essa é a essência, né? Um casamento com um jogador de futebol é um casamento como qualquer outro, mas em que a mulher precisa ter um altruísmo muito grande, porque a gente acaba abrindo mão de muita coisa. Mas tem que relevar e pensar em algo maior.

- Eu quero ter uma vida normal, poder sair, relaxar. Não ser perseguida por aqueles malditos abutres. – Digo sincera.

Toda aquela conversa com Júlia de alguns meses atrás tinha me feito ver tudo com outros olhos, porém ainda permanecia com medo. Medo que me sufocava, que me tirava o sono.

- Eu te amo. – Raul diz, me fazendo abandonar os pensamentos.

- Eu também te amo. – Digo contendo as lagrimas.


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