Bônus
Brasil, Dezembro 2013
Não foi nada fácil convencer Raul a não ir me deixar no aeroporto com Marly e Gabriel. Ele protesto, xingou e deu socos na parede com raiva da imprensa, mais trato era trato. Daria uma chance a nós dois, mais teríamos que manter tudo em segredo. Pelo menos tentar, o máximo possível. Depois de um beijo demorado e de muitos puxões de Marly nos meus braços, ele me deixou sair do seu apartamento.
Acredito que estava com cara de boba naquele avião. Eu não conseguia parar de pensar na noite de despedida que tive com Raul e esquecer seria algo difícil, pois além das marcas de cinto no meu corpo, ele havia me dado uma mordida na bunda, que seus dentes ficou marcado em minha pele. Raul tinha mostrado um lado possessivo naquela manhã e foi muito direto ao dizer que não queria que eu me encontraria com Isaac sem ser em sua presença, me fazendo prometer que esperaria ele chegar ao Brasil daqui a alguns dias para podermos nós encontramos com Isaac e colocar realmente meu plano de vingança em pratica. Só depois que eu jurei por toda minha família, pelo gato, cachorro e papagaio que eu não tinha, ele tirou os dentes da minha bunda. Filho da puta, sacana, ainda teve a petulância de dizer que aquela marca seria a garantia que eu não iria ficar nua na frente de ninguém, nem mesmo da minha irmã.
Uma viajem cansativa de onze horas, porem estava animada por retornar. Cheguei no aeroporto as vinte duas horas, minha irmã estava eufórica. Uma avalanche de perguntas caiu sobre mim, naquele momento pensei seriamente se eu deveria realmente ter retornado ao brasil naquele momento, talvez devesse ter esperado mais um tempo, passado as festas de fim de ano em outro lugar do mundo seria melhor do que enfrentar a minha irmã e a mamãe. Eu estava numa fase meio conturbada. Estava para falar a verdade, numa fase crucial, onde qualquer decisão que tomasse iria mudar o rumo da minha vida.
Do aeroporto fomos direto para casa da mamãe, não que fosse meu pano número um, eu realmente queria ir ao meu apartamento e só depois ir para a casa da mãe enfrentar a fera, mais não tinha escolha, Dani estava no comando.
- Você sabe muito bem que a mamãe está preocupada, quase teve um treco quando soube do "Acidente". - Dani diz me ajudando a pôr as malas no carro.
- Eu só queria descansar um pouco, antes de enfrenta-la. - Digo desanimada.
- Olha, não tens escolha. - Dani diz me abraçando. - É melhor enfrenta-la agora. - Dani se afasta e segura meus ombros. - Até que não está tão mal assim, a maquiagem ajuda.
- A maquiagem não vai ajudar o show de drama que a mamãe vai fazer.
- Há isso é verdade. - Dani diz caindo na gargalhada. - Mas olha o pior já passou. E falando nisso quando vamos arrancar as bolas daquele filho da puta?
- Preciso falar com Isaac primeiro. - Digo fechando a mala do carro. - Ele disse que passaria o fim de ano na Europa.
- To sabendo. - Dani diz, se dirigindo para frente do carro. - Você vai me prometer que não vai deixar está merda passar em branco. - Dani diz me fitando.
- Desta vez, eu não vou deixar passar mesmo. - Digo sentindo a raiva me invadir. - Agora vamos mudar de assunto.
Durante o caminho para casa da mamãe eu ia tentando atualizar Dani com tudo, inclusive Raul, o que fez Dani praticamente me expulsar do carro.
- Caralho Bia, um jogador de futebol? - Ela diz irritadíssima.
- Pois é. Mas relaxa, já passou, vamos pensar assim, um amor de verão.
- AMOR DE VERÃO O CARALHO! - Ela berra. - Para sua informação ele já ligou umas dez mil vezes para meu telefone. - Olhei para ela surpresa. - Ele disse que você ligasse seu celular assim que chegasse.
- To sem bateria e ele não tem o número do meu telefone daqui. - Digo deitando um pouco o banco do carro.
- Engano seu. - Olho para ela confusa. - Marly é tão eficiente que deu seu número a ele, o número lá de casa e o caralho do meu número. - Começo a rir o que faz Dani bufar irritada. - Ta rindo de quer caralho? Qual a graça?
- Bom .... - Digo tentando conter o riso. - É tipo assim: Tu está com o caralho na boca mana. - Digo e caio na gargalhada.
Dani não se aguenta e começa a rir também. Depois de conseguirmos parar de rir, ela me conta o porquê de tanto caralho. Dani conheceu um Português três semanas atrás e estão a sair desde então e ele fala muito caralho.
- Claro que a mamãe nem sonha com isso. - Dani diz travessa.
- Pensei que seu limite com um cara fosse apenas uma semana ou no máximo duas. - Digo rindo.
- Bom, não é uma regra. - Ela diz dando de ombros.
- Hummmmm .... Isso vai dá namoro. - Brinco.
- Ta louca?
- Ai Dani, está na hora de você começar a pensar em ter uma família.
- Já tenho minha família. - Ela diz dando uma tapinha na minha perna. - Estas besteiras de família e filhos deixo para você.
- Bom... eu acho que vou deixar este plano para mais tarde. - Digo pensativa.
- Está falando sério? E o príncipe encantado que viria no cavalo branco? - Dani diz desviando o olhar da estrada e me olhando rapidamente.
- Há... acho que tenho que aproveitar mais a vida, antes de assumir um compromisso sério com alguém.
- MEU DEUS OBRIGADO POR OUVIR MINHAS PRECES. - Ela diz batucando o volante animada. - Sendo assim vou lhe apresentar uns gostosos bom de diversão.
- Obrigado, mais dispenso os seus restos. - Digo revirando os olhos.
Quando finalmente chegamos na casa da mamãe me preparo para o pior. Um surto de loucura mais sou surpreendida quando a mamãe abre a porta serenamente e me abraça. O mundo deve realmente está de cabeça para baixo. Até Dani se surpreendeu.
- Minha querida. - Mamãe me abraça e em seguida se afasta para me examinar. - Minha filha você está bem?
Ops a mamãe está surtada, mais não como de costume. Ela não gritou, não chorou e nem deu sermão?
- Sim. - Digo a puxando para um outro abraço.
- Tens medicações para tomar? - Ela pergunta.
- Sim, mais não precisa se preocupar. - Digo a abraçando mais forte.
- Depois você vai me contar direitinho este acidente, mais agora vão as duas para o quarto se arrumar, logo os convidados estarão chegando.
Eu e Dani trocamos olhares, estávamos completamente confusas com a reação da mamãe, mais por outo lado foi um alivio. Eu e Dani seguimos para nosso antigo quarto para nos arrumar e nos questionávamos se a mamãe estava bem. Dani dizia que provavelmente ela estava dopada, tinha fumado um baseado ou coisa do gênero. Coisa impossível para dona Sônia, que nunca tinha colocado nem um pingo de álcool na boca quem diria qualquer outra droga ilícita.
A véspera de natal foi como o de sempre, com exceção da presença do namorado da mamãe e de sua filha. Jonas é um homem muito centrado, poderia dizer que extremamente tímido, ao contrário de sua filha Fernanda que é uma tagarela, assim como Dani.
Devo confessar que estava apreensiva em conhecer o namorado da mamãe, mais mesmo ele sendo tão quieto parece ser um bom homem, pelo menos a Fernanda é só elogios ao pai.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Desconhecidos
Romance"PROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS." Livro Completo. Beatriz Moller - 26 anos. Ela fotografa para as maiores revistas e mais famosas marcas do mundo e estampou mais de 50 capas de revista ao redor do mundo. Conhecer o mundo e ganhar altos cachês, e...