Capítulo 34

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- Meu deus, mulher. – O desconhecido diz, ajudando-me a levantar.

Se eu estivesse na feira, seria o tomate de tão vermelha que eu estava.

- Desculpe. – Digo sem graça e evitando seu olhar.

- Se machucou? – Ele diz colocando a mão em meu rosto e erguendo, para olhar em meus olhos.

- Não... foi só.... Desculpe. – Digo me afastado dele.

Ele fica a me fitar e cruza seus braços sobre o peito nu. AI MEU DEUS! Ele é muito mais gostoso do que eu imaginava. Aquele peito, aquele abdome. Não, não... Não é hora de molhar a calcinha, Beatriz! Mas eu estou sem calcinha. Meus olhos tinham vontade própria e tirava as medidas daquele corpo escultural a minha frente. Engoli a seco quando percebi que ele se mantinha calado com um ar de quem diz: É.... eu sei, sou gostoso!

- Precisa de alguma coisa? – Ele diz com um ar irônico.

- Preciso... preciso que você me foda. – Não eu não disse isso, só pensei. Pigarrei. – Bom, eu achei que poderíamos conversar. – Digo evitando deixar meus olhos cair em seu corpo novamente.

- Conversar? – Ele diz, mudando o peso do corpo para a outra perna.

- É que você estava lá ... – Congelo, na mesma hora que ouso a voz de uma mulher gritar seu nome.

- Antony. – A mulher grita, de algum lugar da suíte, talvez do banheiro.

Porra, porra, porra, sou uma empata foda. Mas o que eu poderia esperar de um homem lindo deste? Ele jamais estaria sozinho. Me afasto mas dele, colocando uma distância segura para que se a esposa dele aparecesse eu tivesse pelo menos tempo de correr antes de levar um soco na cara. Abaixei minha cabeça e virei constrangida, colocando o rabinho entre as pernas, comecei a caminha em direção ao meu quarto.

- Ei. – Ele diz segurando meu braço e me puxando com tanta força, que esbarro meu corpo contra o dele e aquele cheiro gostoso invade minhas narinas.

Mordo os lábios inferiores e respiro fundo. Ele tem um cheiro inebriante e dominador.

- Onde você pensa que vai? – Ele diz sério, talvez até irritado, o que não era para menos acabei de estragar sua foda.

- Eu... eu... – Gaguejo. – Não quero lhe causar problemas, sua esposa.... - Ele me olha confuso. – Ela está lhe chamando.... – Ele olha-me e vira-se rápido para olhar para dentro da sua suíte. - Acho melhor.... Desculpe.... Desculpe. – Digo tirando a mão dele no meu braço.

- É a TV. – Ele diz caindo na gargalhada. - Agora era eu que olhava para ele, confusa. – Eu estou vendo um filme. – Ele esclarece.

- Há tá! – Digo sem graça.

-Entre. – Ele diz afastando-se e liberando a entrada da sua suíte.

Entro meio sem pensar, ainda embriagada pelo cheiro dele no ar.

- Sente-se. – Ele disse por trás de mim, tão próximo do meu ouvido, que meu corpo começou a formigar e minha respiração acelerou.

Sentei no sofá e ele sentou na poltrona a minha frente. Ele parecia seguro e provocativo. Ele fica ali me olhando com insistência, o que me deixa meio perdida. Mas eu precisava me concentrar. Eu tinha ido até ali com um objetivo, certo? Eu queria saber se ele sabia de algo do meu acidente, se eu havia dito algo, se tinha mais alguém, estas coisas. Respirei fundo e me acomodei melhor no sofá.

- Desculpe ter vindo assim a esta hora e bater na sua porta, é que eu precisava conversar com você, preciso que me diga o que você sabe do meu acidente, se tinha alguém mais, se eu me joguei a frente do carro ou se foi o carro que veio em minha direção...

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