O dia havia corrido bem, Dani e eu fizemos as pazes como o esperado. Não entramos em detalhes do que nos levou realmente ao ponto de brigarmos, mas o importante que estava tudo bem. Tive uma sessão de fotos pela manhã e à tarde dediquei para esta com minhas maninhas e minha amiga Marly. Passeamos e conseguimos fugir dos abutres. Depois de fazermos algumas compras voltamos para o hotel, tínhamos que nos preparar para a noite. Eu para um encontro com o desconhecido e as meninas para ir a uma boate badalada que estava sendo inaugurada naquele dia.
- Vocês poderiam ir nos encontra lá. – Fabi diz antes de sair da minha suíte.
- Não sei. – Suspiro. – Não acho que seja uma boa ideia ser vista com um homem.
- Meus Deus mulher. – Dani protesta. – Você já passou da idade de namorar as escondidas.
- Eu não estou namorando. – Digo fingindo irritação.
- Acho que seria interessante ser vista com um cara ultramega gato. – Fabi diz, enquanto dá a última olhada no espelho antes de sair.
- Ele parece ser discreto e ... – Dou de ombros.
Depois que as meninas finalmente saíram fiquei ali sozinha. Servi-me de um copo de Whisky e fiquei a espera daquele pedaço de homem. Eu odeio esperar: Pessoas, atitudes, respostas, ou seja lá o que for e ele estava atrasado trinta minutos, o que era demais para mim.
- Detesto esperar. – Digo, jogando uma azeitona em cima do balcão frustrada, eu estava sozinha esperando alguém que ao que parece não vinha. - Quer saber? Foda-se!
Abro a porta da suíte decidida a ir curti a noite ao lado das meninas. Quando estou fechando a porta, cinto uma mão forte em minha cintura que faz todo meu corpo tremer.
- Parece irritada, quem foi o idiota que deixou alguém tão linda assim? – Ele sussurra em meu ouvido.
Me virei e dei de cara com o par de olhos mais incríveis que eu havia visto, rosto perfeito, sorriso torto, cabelos incrivelmente bagunçados, e a voz, meu Deus, eu fiz a leitura dele todinha em um olhar só.
- Desculpe eu conheço você? – Provoco.
- Não, mas nós podemos mudar isso. - Ele abriu outro sorriso que me deixou tonta.
Eu estava muda, praticamente havia esquecido como respirar quando ele me olhou como se quisesse me devorar e sinceramente eu desejava isso. Ele então se aproximou perigosamente, cheiro me embriagou, fechei meus olhos e quando os abri ele olhava pra mim com intensidade.
- Então por que está tão brava?
- Eu não estou brava, só que quase levar um bolo, não é muito legal.
- Quase bolo, como é um quase bolo? – Ele estava me provocando, sussurrando em meus lábios.
Inclinei um pouco a cabeça para traz para encara-lo.
- Bem, eu estava esperando um cara, mas ele se atrasou.
- Talvez porque ele estava preparando uma noite especial para você. - Mordi os lábios nervosa.
Ele então roçou seus lábios nos meus, não tive reação, fiquei apenas parada sentindo o toque delicioso dos seus lábios nos meus. Quando dei por mim, lá estava eu, novamente nos braços dele, eu não resisti, eu não lutei, nunca fui tão fácil para os braços de um homem, mas com ele era tudo tão fácil, irresistível e incontrolável. De repente um beijo calmo, se tornou selvagem, louco. Quando percebi estava no corredor do hotel tendo um dos amassos mais incríveis da minha vida.
Suas mãos percorriam meu corpo e eu fazia a mesma coisa no corpo dele, eu estava já beira da loucura, ele então desceu sua boca para meu pescoço, iam ficar marcas com certeza, pois ele me chupava com força. E eu queria mais, coloquei minha mão dentro da sua camisa, arranhei suas costas o fazendo gemer em minha boca.
- Meus Deus o que foi isso? - Perguntei me ajeitando.
- Você me deixa maluco baby. - Disse com sua voz rouca e sexy no ouvido.
- Vamos sair daqui? – Pergunto me sentindo constrangida quando um casal sai do elevador.
Ele me beijou de novo, antes de responder.
- Vamos, antes que eu lhe coma aqui mesmo.
Comecei a rir, não porque era engraçado, mais porque eu estava nervosa, como eu nunca havia ficado antes com um homem. Meu coração estava acelerado, minhas mãos geladas, um frio na barriga que não cabia em mim. Aquilo era o gesto mais lindo e doce que alguém um dia fizera por mim.
- Que lindo. – Digo observando cada detalha de sua suíte.
- Achei que você preferia ter o máximo de privacidade possível. – Ele diz abraçando-me por trás e beijando o topo da minha cabeça.
Sua suíte estava lindamente decorada com velas aromáticas, pétalas de rosas e uma linda mesa de jantar. Antes de fechar a porta atrás de nós, viro-me para ele.
- Desculpe, será que eu poderia pelo menos saber o nome do meu acompanhante– Provoco.
- Seu acompanhante se chama, Raul. Prazer. – Sorrio para ele, pois agora aquele homem tinha um nome.
- Prazer, meu nome é Beatriz. – Digo estendendo a mão para ele e o cumprimentando com dois beijinhos no rosto.
- Pode ter certeza que o prazer é todo meu. – Ele diz e em seguida devora minha boca sem aviso.
Merda, ele era diferente. Por mais que eu quisesse negar isso, alguma parte muito burra dentro de mim forçava meu cérebro a admitir isso. Ele conseguia me fazer sentir... Diferente. Diferentemente audaciosa, descontrolada e insana. Fiquei perplexa ao verificar quanto aquele homem que eu mal conhecia me agradava e me fascinava enquanto ele derramava o vinho cor de sangue em uma taça.
Começamos a conversar, ele dizia que estava solteiro e que morava sozinho, foi me dizendo tudo de sua vida, ele me fascinava com aquela boca, parecia música para meus ouvidos, tinha uma voz macia e firme, e estava a minha frente, isso não interferia que eu pudesse sentir seu cheiro, Raul era um homem muito simpático e brincalhão, fazia de tudo para que eu me sentisse a vontade. Ele me perguntará sobre tudo da minha vida e eu o respondia, deixando só sem resposta aquilo que eu não conseguia lembrava-me. Ele perguntou o que eu gostava de comer, comecei a dizer uma lista, ele ria.
- Nossa é magra de ruim né? - Eu ri com seu comentário.
A conversa era extremamente agradável e aos poucos nos conhecíamos um pouco mais.
- Você é algum tipo de garoto de programa de luxo? – Pergunto e ele me olha confuso. – Bom isso aqui. – Digo girando meu dedo indicador no alto. – Foi um tanto quanto, caro. – Ele cai na gargalhada e eu também.
- Na verdade poderia ser mais, porem como disse, achei que você não iria se sentir à vontade em algum lugar público.
- Agradeço. – Digo sincera. – Às vezes eles são insistentes e pior, inconvenientes. – Digo, referindo-me aos abutres, paparazzo. – O que você faz? Profissionalmente. - Esclareço.
- Tenho algumas boates e também trabalho com esporte.
- Sei. - Digo tomando mais um gole de vinho.
Raul por sua vez se limitou a beber sua água.
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Desconhecidos
Romance"PROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS." Livro Completo. Beatriz Moller - 26 anos. Ela fotografa para as maiores revistas e mais famosas marcas do mundo e estampou mais de 50 capas de revista ao redor do mundo. Conhecer o mundo e ganhar altos cachês, e...