Capítulo UM

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•Por Rodrigo

Finalmente estou morando sozinho. Não aguentava mais viver as custas da minha mãe. Agora era eu e Deus. Eu tive que me acostumar, e confesso que não foi nada fácil no começo, mas estou conseguindo!
Já fazem oito meses que me mudei para o Rio. Antes de vir pra cá, eu morava com a minha mãe em Santa Catarina. Sou filho único e meu pai acabou morrendo quando eu tinha 5 anos de idade. Sempre foi só eu e ela. E quando tomei a decisão de vir embora atrás de uma vida melhor, foi um choque pra ela, claro, mas depois ela me entendeu e me deixou vir.
Mesmo eu já sendo maior de idade, minha mãe insistia em me tratar como criança. Quer dizer, quando dava na telha né, porque ela é meio de lua, então já viu...

Sou formado em Turismo e nada melhor do que o Rio de Janeiro para poder trabalhar. Graças a Deus logo que cheguei consegui uma vaga numa empresa grande de turismo. Adoro viajar e principalmente conhecer novas pessoas, especificamente mulheres. Nesse pouco tempo que estou aqui já criei grandes amizades. Um deles se chama Felipe. Ele trabalha lá na empresa mas na parte administrativa. Tem tá mbém o Bruno, o qual conheci através do Felipe e que trabalhava na parte financeira da empresa. Aqueles dois sim eram parceria. Quando unia os três, ninguém nos segurava. Éramos o fluxo.

—Hoje ninguém nos segura ein brothers!! —Bruno disse levantando o copo de cerveja para nós brindarmos.

—É Hoje que eu tiro o meu atraso!! —brindei com eles e bebi o resto que tinha no meu copo.

Estávamos numa baladinha na praia, numa espécie de luau. Tinha varias pessoas lá, várias meninas e eu estava escolhendo quantas pegaria naquela noite. Eu, Bruno e Fi só ficávamos observando a paisagem.

—Ei, —Bruno me cutucou e chamou minha atenção.—Bonitinha aquela japa ali né...

—Nossa, um modelo novo de japonês é?! Gata ein...

—Morena, linda, será que eu consigo?!

—Claro né cara. Chega mais na menina, troca um papo, tals...

—Vou sondá-la primeiro. Caso ela demonstre reprovação, eu volto pra cá.

Ele tomou o resto da cerveja que estava no seu copo, colocou-o sobre a mesa que havia ali e foi em direção a japinha. Ela estava com duas amiga, mas nem deu pra observar direito.

Voltei minha atenção para a praia, pra ver se não encontrava alguma que me interessasse.

—Não encontrou nenhuma ainda Fi? —puxei papo com ele.

—Ainda não, mas aquela que está junta da japa que o Bruno foi tentar até que é bonitinha.

—Qual? A Loira ou a Morena? —perguntei.

—As duas são lindas, mas você me conhece e sabe da minha queda por morenas né...

—Essa foi boa. —Ri do seu comentário. —E você sabe da minha queda por loiras né...

—Eu pego a morena e você a loira então... —ele levantou da cadeira em que estava sentado e depositou seu copo em cima da mesa ali.

—fechado. Bora!! —deixei meu copo ali também e fomos em direção às meninas e a Bruno.

Quando chegamos mais perto, pude perceber a beleza das meninas. Eu estava de óculos e pude observar cada centímetro daquela loirinha. E vou te falar que esse meu atraso seria o melhor possível.

—Fala meninas... —cheguei, juntamente de Fi.

—Eai!! Bom, deixa-me apresentar pra vocês os meus amigos. Felipe e Rodrigo. Garotos, Yanna, Mariana e... —ele havia esquecido justo o nome da loirinha... Pow!!

—Juliana. —Ela respondeu.

—Juliana, isso mesmo. —ele disse.—bom meninas, meus amigos estão aí e enquanto vocês se conhecem aí, você aceita dar uma volta comigo Yanna?! —Bruno, ligeiro.

—Claro! —Ela encaixou seu braço no braço de Bruno e eles saíram andando pela praia.

—É um prazer conhecer vocês... —falei, quebrando o silêncio.

—O prazer é todo nosso! —Mariana respondeu.

—Vocês não querem sentar ali na mesa com a gente, beber alguma coisa?!

—A gente aceita. —Mariana respondeu, olhando para amiga que aprovou seu pensamento.

Juliana não era muito de falar. Sentamos na mesa, e quando perguntei se ela queria alguma coisa pra beber, respondeu que não com a cabeça. Estranhei, então tentei me aproximar mais dela, porque se não poderei dar tchau para o meu atraso.

Coloquei minha cadeira mais perto dela e puxei assunto.

—Você não fala ou alguém por aí roubou sua língua?

—Roubaram a minha língua mesmo... —disse cínica.

—Ah é? Então me fala quem foi que roubou, pra eu ir buscar e por de volta.

Ela riu sem pensar duas vezes. Fiquei meio sem graça e pra disfarçar ri também.

—Essa foi podre ein?! —ela ria sem parar.

—Não é pra tanto né... —tentava controlar a minha vergonha.

—Que dó das meninas que já tiveram que ouvir isso de você!!

—Ei! —agora doeu.

—Fala sério cara?! —ela ria sem parar e aquilo já estava me irritando. —Olha, eu juro que já vi muitas cantadas feias, mas essa foi a pior, sem sombra de dúvidas. —começou a rir alto, chamando a atenção de Felipe e Mariana que estavam um pouco mais afastados da gente.

—Da licença. —me levantei rápido e sai andando.

—O que? Vai procurar a minha língua? Não precisa não ó, em está aqui!! —mostrou a língua pra mim, mas eu preferi não olhar pra não pular no pescoço dela.

—Juliana... O que aconteceu? — Felipe perguntou.

—Porque que ele saiu daquele jeito daqui amiga?!

Ela não conseguia fazer nada, além de rir. Eu já estava longe, mas louco pra voltar pra lá pra dar uma lição naquela loira oxigenada.
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Primeiríssimo capítulo postado. O que acharam? Quero comentários!!
Beijooooos
My

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