Capítulo TRÊS

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•Por Rodrigo

A minha vontade era de matar aquela garota. Mal me conheceu e já veio de deboche? Ahh não, comigo não.

Depois que sai dali, o Felipe veio atrás de mim, coisa que eu odiei.

—Rod... —fingi não ouvir. —Rodrigo espera aí!!

—Que que foi Felipe?

—Ei, pra que esse estresse todo? O que que aconteceu?

—Não aconteceu nada. Eu só quero ir pra casa.

—Mas porque? A noite mal começou e vc já quer ir embora?

—Sim! Qual o problema?

—Eu achei que você estava curtindo a Juliana poxa, até estava conversando com ela, batendo papo. Fica vai... vamos ficar até o final da festa...

—Não!! Se você quiser ficar, fique. Eu vou pra casa. —voltei a caminhar em direção ao meu carro.

—Não, estão me espera, eu vou com você. Vou voltar lá pra pegar as minhas coisas e me despedir da Mari.

Enquanto ele voltava, fiquei esperando ele num quiosque perto dali. Aproveitei pra pedir alguma coisa pra comer pra ver se o estresse passava.

Quando Felipe apareceu, Bruno estava junto dele. Estranhei.

—que que você tá fazendo aqui? —perguntei.

—Vim ajudar um amigo ai... —ele respondeu.

—Não era pra ter falado pra ele vir pra cá Felipe. Deixasse ele aproveitar a mina lá cara.

—deixa isso pra lá. Agora me conta, o que aconteceu?

Eu contei pra eles tudo o que havia acontecido, e eles tiveram a mesma reação que Juliana, riram da minha cara.

—Que bosta Rod... Isso não é cantada que se faça cara.

—Você já foi muito melhor ein meu brother.

—Ahh gente, a menina não falava nada, eu precisava fazer alguma coisa e isso foi a única que me veio à cabeça. —respondi. —Mas esquece tudo isso. Foi a primeira e a ultima vez que vejo essa garota.

Bom, o dia seguinte chegou voando. Eu estava com um pouco de ressaca por conta de algumas bebidas, mas logo passou. Preferi passar o dia em casa, na companhia do meu companheiro Alex. Alex já veio comigo lá de Santa Catarina. Ele tinha 9 meses, sendo o primeiro completado quando já estávamos em SC. Minha mãe não era muito fã de cachorros, mas ela gostava do Alex. Ele é da raça Akita e de pequeno porte.

Alex era, com toda a certeza do mundo, o melhor companheiro que eu poderia ter. Gastei uma grana com ele, mas acho que foi o  dinheiro mais bem gasto na minha vida.

Ficamos deitados na sala assistindo TV, até que o meu celular tocou. Era Bruno.

—Fala brother... —atendi.

—Eai cara!! Beleza?

—Beleza!!

—Então cara, só estou ligando pra saber se você já encontrou a língua da Ju... —ele começou a rir do outro da linha.

—aquela loirinha ainda me paga, deixa ela... —disse. —mas você está me ligando pra ficar me alugando mesmo ou é algo sério?

—Não, to brincando, to brincando. Estou te ligando pra saber se você topa uma balada hoje à noite... Já que nós não aproveitamos nada ontem, achei que vocês gostariam de reaproveitar.

—topo fácil. Borá lá.

—Beleza então. Eu já falei com o Fi e ele aceitou também.

—Entendi. E vem cá, você sabe se a loirinha também vai?!

—Olha, eu convidei a Ya, o Fi convidou a Mari e as duas vão. Agora se a Juliana vai querer ir eu já não sei...

—Da uma sondada na Yanna... Preciso me vingar daquelazinha.

—Tá bom. Eu vou conversar com ela e qualquer coisa eu te mando mensagem.

—Beleza!! Valeu aí brother.

—Valeu.. Até mais.

—Até.

Ahh se aquela loirinha for, ela vai ver só... Agora não queria mais me livrar dela, queria me vingar.

Fiquei pensando em várias coisas como vingança. Bruno me mandou mensagem contando que Juliana iria sim para a balada junto com a gente e eu já tinha o plano perfeito.

O horário de ir para a festa estava quase chegando e eu já havia me aprontado. Quando estava quase saindo de casa, Felipe me liga.

—Fala Fi.

—Cara, meu carro deu problema aqui e eu marquei de ir buscar as meninas. Você pode ir lá pra mim por favor?!!

—Ué, mas e vc? Como vc vai?

—Eu estou num táxi já.

—Ah tá. Beleza eu vou sim! São as três?

—Não! A Yanna passou o dia com o Bruno e já está lá com ele. Só falta a Mari e a Ju.

—Tá bom. Fica tranquilo.

Ele me passou o endereço do prédio onde elas moravam e também o número da Mari e da Ju.

Quando cheguei no prédio delas, liguei para a Mari.

—Alô?!

—Mariana?!

—sim, quem é?

—Oi Mari, é o Rodrigo, amigo do Felipe. O carro dele deu problema e ele pediu pra eu vir buscar vocês.

—Aahh sim, ele comentou comigo sobre isso. Você já chegou?

—Já sim. Estou aqui na frente do prédio.

—Tá bom então, nós já estamos descendo.

—Tá bom. O meu carro é um vectra  preto.

—Beleza!

O truque para a minha vingança com a loirinha era: implicância. Agora sim ela vai conhecer o verdadeiro Rodrigo Simas.
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Besoooooos

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