Capítulo VINTE E OITO

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•Por Rodrigo

Pois é, estou casado. Nunca pensei que estaria passando por isso, mas tudo tem a sua primeira vez, não é?!

Me despedir da minha mãe foi uma dor pra mim. Ela pegando avião duas vezes no dia era muito doloroso.

—Ei, fica tranquilo. Vai ficar tudo bem e a sua mãe vai chegar mais viva do que nunca em Santa Catarina... —Minha mais nova esposa me disse, assim que minha entrou em um dos táxis que passava por ali.

Dei um beijo em sua cabeça, nos despedimos do resto do pessoal e fomos em direção ao carro.

—Bora pra casa, esposa?! —brinquei.

—Bora maridinho. —destravei o carro e nós entramos.

—Mas antes, quero que coloque isso daqui. —Abri o porta-luvas do carro e tirei um daqueles tapa olho para dormir.

—Que isso Rodrigo? Tá maluco? —ela questionou.

—Não reclama é só obedece Juliana. —coloquei no seu rosto.

—Pra onde você vai me levar Rodrigo... —ela disse confusa.

—Relaxa, não vou te raptar. Tá tudo bem. Fica com isso por um tempo e quando eu disser, você tira.

Fizemos o caminho todo com ela tentando adivinhar o que eu estava aprontando. Ri do começo ao fim do caminho. Quando chegamos ao local desejado, a ajudei a sair do carro e a levei até o elevador que ali havia.

—Rodrigo, pelo amor de Deus, você não me trouxe pra um motel né... Se for isso, eu juro que eu te mato!!

—E eu ainda fico me perguntando, o que foi que eu fiz pra você pensar essas coisas de mim?

—vai saber... de você eu posso esperar tudo.

O elevador chegou ao seu destino e então saímos de dentro dele. Acertei Juliana direitinho e depois a avisei.

—Pode tirar a venda...

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•Por Juliana

Eu aposto que o Rodrigo estava tirando uma com a minha cara. Eu juro que se ele estivesse me levando para um motel, nós nos separaríamos naquele momento.

—Pode tirar a venda... —ele falou.

Aí meu Deus, dava até medo de tirar aquele tapa olho e ver o que estava ali. Tirei um pouco demorado e quando abri os olhos, estava em um lugar completamente desconhecido.

—Rod, que lugar é esse? —estava confusa? Um pouco, talvez muito...

—Esse é o nosso novo lar.

—Que? Você mudou de apartamento por causa do casamento? —só poderia ser brincadeira...

O lugar era lindo. Assim que abri tirei a venda, a porta já estava aberta. Quando entrei fiquei completamente apaixonada por aquele lugar. A sala era linda, grande e toda decorada com várias cores nas paredes. Já estava toda mobiliada e posso dizer que a mobília era a mais bonita possível.

—Rod... Eu já tinha dito que não era pra você fazer nada fora do normal... —falei.

—Ei, o mundo não gira a sua volta não tá, loirinha. —dei de ombros. —esse apartamento ja era meu. Comprei já faz dois anos. Resolvi não me mudar de uma vez porque não havia necessidade de eu morar sozinho num apartamento tão grande. Decidi também que iria mudar toda a mobília, então nesses dois anos eu comprei tudo e coloquei no lugar. Quando surgiu o casamento pensei e achei melhor que nós morássemos aqui do que naquele cubículo. —ele se explicou.

—Entendi.

—Bom, aqui é a sala e a cozinha ali do lado—direcionou para o lado esquerdo do local. —Seu quarto é esse e o meu logo à frente. Não coloquei muita mobília ai, porque a única parte ruim desse apartamento é isso, só tem dois quartos e porque esse quarto iria ficar para as visitas, então preferi não colocar nada. —havia apenas uma cama e uma cômoda ali.

—E onde estão as minhas roupas? A semana toda ficou no meu pé pra que eu já as mandasse pra cá... —estranhei.

Durante a semana toda o Rodrigo me encheu o saco para que eu fizesse a minha mala e levasse pra ele organizar tudo em casa. Óbvio que eu não organizei antes e só entreguei ontem pra ele, o qual ficou bem estressado.

—Coloquei no closet do meu quarto, sua marrenta. Pedi para que as trouxesse logo para poder deixar tudo organizado, mas a senhora não cooperou muito.

Incrivelmente o Rodrigo era daqueles perfeccionistas. Assim que entrei no quarto, pude perceber uma tremenda organização, principalmente no closet que havia ali.

—Bom, tem um banheiro aqui. —me mostrou o que ficava dentro do seu quarto, onde havia uma banheira ali também.

—no final do corredor, do lado esquerdo, o banheiro das visitas e, do lado direito, o meu escritório. Na parte de baixo do prédio tem duas piscinas, uma quadra coberta, uma quadra de tênis, academia e sala de jogos. Pode ficar a vontade pra usar qualquer uma delas, tá.

—Tá bom. —piscina, academia, quadra... Eu estava no paraíso.

—Bom, fique à vontade. Mi casa su casa, querida! —ele disse por fim.

—Obrigada.. por tudo!!!

—Não precisa agradecer... —ele soltou aquele sorriso que Jesus... O que era aquilo...

—Eu vou tomar um banho então, tá. Preciso tirar essa maquiagem, essa roupa...

—Se quiser entrar na banheira pra relaxar, fica a vontade.

Acho que não fiz uma escolha errada.
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BESOS!

Boas MentirasOnde histórias criam vida. Descubra agora