Capítulo CINQUENTA E DOIS

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•Por Rodrigo

Juliana estava começando a ficar doida já. Precisava descobrir alguma coisa.

Depois do almoço não pude conversar com ela porque tinha uma turma de gringos pra fazer turismo. Eu estava ali, mas a minha cabeça não parava de pensar nas inúmeras possibilidades que poderia estar acontecendo naquele hotel.

Cheguei no elevador e logo na porta, dei de cara com o Márcio. Parecia bem apreensivo e com muita pressa.

—Márcio, tudo bem?! —perguntei assustado.

—Não posso falar agora Rodrigo. —ele respondeu grosso.

Será que tudo aquilo era por causa da Ju? Será que ela fez alguma coisa de errado?

Corri pra dentro do elevador e quando cheguei no andar em que ela trabalhava, a encontrei.

—Ei, o que aconteceu pro Márcio sair daquele jeito? Ele fez alguma coisa com você? Deu alguma coisa errada?

—se estivesse dado errado eu não estaria com um sorriso no rosto né?! —ela abriu o sorrisão pra mim e eu corri até os seus braços.

—mas então, o que aconteceu?

Ela me contou tudo o que havia descoberto e feito e comprovei que aquela loirinha era a melhor!! Ela havia pensado em tudo, e mesmo com alguns imprevistos, deu tudo certo. Graças a Deus, as coisas estavam indo bem e se Deus quiser, dará.

—Agora nós precisamos ir pra casa dele o mais rápido possível e procurar esse bendito testamento.

—Então vamos!!

O nosso expediente já havia acabado, então saímos tranquilos dali. No caminho, ligamos para o meu advogado, doutor Eduardo, pra que ele nos acompanhasse e nos encontraríamos lá.

Ainda bem que a Ju pensou nessa ideia de mensagem, pois foi o que nos salvou. Logo na porta fomos barrados, mas logo a Ju conseguiu contornar a situação e nós conseguimos entrar.

—Olha, a senhorita até pode entrar lá, mas eu não tenho a liberação dos dois rapazes, então eles não podem entrar.

—Mas eles vão vir comigo sim.

A Ju nem deu tempo da moça responder e logo nos colocou pra dentro e trancou a porta, deixando a mais velha gritando e batendo na porta.

—Gente,virem esse escritório de cabeça pra baixo se for preciso! Precisamos encontrar esse testamento o mais rápido possível!

Reviramos aquele lugar. Acho que eu nunca procurei tanto alguma coisa na vida do que aquele testamento. Vasculhamos todos os lugares possíveis e nada. A Ju estava de um lado, eu do outro e o Eduardo no meio.

—Não é possível gente... Não encontramos nada! Você tem certeza que esse negocio tá aqui mesmo Juliana? —perguntei.

—Absoluta.

—Mas nós já vimos em todos os lugar desse escritório e não encontramos nada...

—Juliana, você não sabe de algum lugar que o Márcio costuma esconder as coisas importantes dele lá no hotel?—Eduardo lhe questionou.

Ela ficou um tempo pensando e logo respondeu.

—Banheiro! —falou alto. —Isso, no banheiro!!

—Banheiro Juliana?! jura? Esse é o lugar mais improvável que ele possa ter guardado isso. —eu falei.

—Justamente Rodrigo. —Meu advogado falou e colocou a mão em meu ombro.

Eles tinham razão. O lugar mais improvável era o lugar certo.

—Ele costuma guardar os papéis no canto esquerdo da última gaveta. —ela falava enquanto procurava com as mãos. —Opa, encontrei alguma coisa.

Ela tirou dali um envelope pardo escrito "arquivo morto", o qual havia uma folha lá dentro.

—ACHEI!!! É ESSE!!! ESSE É O TESTAMENTO VERDADEIRO!!! —ela gritou.

—Eu vou ligar pra polícia. —Eduardo se retirou e logo falava com os policiais.

—Eu sabia!!!! Agora eu vou poder pegar a minha herança Rod!! —se jogou nos meus braços.

—Você merece meu amor!! Merece muito!

—Pera aí, o que você falou? —ela se separou de mim.

—Que você merece muito!!

—sim, mas do que você me chamou?! De meu amor? —ela ficou meio sem graça.

—Sim, porque é isso que você é, o meu amor!!

—Te amo!!—ela me abraçou.

—Te amo!!

Infelizmente aquele momento não durou muito tempo. O Márcio chegou arrombando a porta.

—O que que está acontecendo aqui?? Você ficou louca Juliana?

—Louco é você com essa ambição e inveja que sempre teve do dinheiro do meu pai. Eu sabia que aquele testamento era falso. O meu pai nunca faria algo daquele tipo.

—Percebe-se então que você não conhece o seu pai direito.

—Se liga ow. Eu era a pessoa que mais conhecia o meu pai. —Ela se exaltou e eu tive que segura-la.

—Ué, dói ouvir a verdade? até porque essa é a única verdade! Que o seu paizinho querido confiava mais em mim, do que na própria filha...

—Cala boca seu idiota. —estava difícil segura-lá ali, mas a minha vontade era de soltá-la e deixar que ela dê uns murros na cara daquele idiota.

—Desiste Márcio, a sua casa caiu. Nós já descobrimos tudo.—Falei.

—Descobriram o que, vocês não passam de dois vermes mentiro...

—Você está preso. Acabou pra você! —um policial entrou na hora, e já o prendeu.

—Márcio, olha só onde você foi de meter, meu amor?! —Melissa chegou no escritório chorando.

—Melissa, do que você está falando? Eu sou a vítima aqui!! —Ele continuava se defendendo e não dava o braço a torcer.

—Desista disso meu amor. Acabou. Já te pegaram. —ela chorava. —Eu te avisei. Eu falei que não era pra você ter feito essas coisas.

—Ei, espera. —ele gritava. —Eu não fiz nada de errado. Eu sou vítima!—ele saiu gritando dali, sendo levado pelos policiais.
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A casa caiu pro Márcio!!!
Últimos capítulos da fic 😔

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