Capítulo CINQUENTA E TRÊS

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•Por Juliana

Eu sabia que tudo aquilo era mentira. Que o meu pai nunca seria capaz de fazer algo como o que havia acontecido. E Graças a Deus eu estava certa.

—Oh minha filha, desculpa. De todo o meu coração. —Melissa pegou nas minhas mãos. —O Márcio sempre teve esse almejo na vida dele. Como na infância foi muito pobre, queria ter uma vida melhor, só que isso subiu à cabeça dele e eu nunca pensei que ele seria capaz de fazer algo desse tipo. Tentei tirar essa ideia da cabeça dele e estava tentando a meses, só que ele não me ouvia. A ganância pelo poder era maior do que a consciência.

—Você sabia de tudo? Sempre soube? —perguntei à ela.

—Infelizmente sim. Nunca concordei com essa atitude dele e ele teve algumas punições com relação a mim, mas como eu falei, não adiantou de nada. Fazia chantagens com ele, dizia que iria pedir divórcio, que queria me separar, mas não conseguia nenhuma reação positiva da parte dele. Eu sei que eles vão querer me levar também quando souberem que eu sabia de tudo, mas eu quero que saiba que eu era completamente contra esse ato que o meu marido cometeu. Sei do quanto seu pai batalhou pra te dar uma vida boa, um estudo bom. Espero que me perdoe um dia.

—Eu não aceito a suas desculpas... —falei.

—Eu entendo o seu lado. Sei que é difí...—a interrompi.

—Ei, o culpado aqui é o Márcio. Você não tem nada a ver com isso. Não precisa pedir perdão de nada. Não tenho do que te desculpar. —dei um abraço super apertado nela.

—Edu, você acha que ela pode ser presa? —Rod perguntou ao seu advogado.

—oitenta por cento de chance de sim, porque querendo ou não ela sabia né. Seria cúmplice do Márcio. —ele respondeu.

—Não, mas ela não tem nada a ver com isso. Ela não tem culpa pelos atos do marido.

—Sim Ju, mas o simples fato dela saber do acontecido e não ter feito nada, judicialmente falando, ela se torna uma cúmplice.

—Não tem problema Juliana. Se for pra eu cumprir alguma pena na prisão ou tiver que fazer qualquer outra coisa, eu faço.

Infelizmente foi isso mesmo que aconteceu. Os policiais a levaram até a delegacia e assim que ela terminou de dar o seu depoimento, foi levada até uma das selas que existiam ali.

Eu acompanhei tudo de perto e foi a pior coisa do mundo ver alguém ser tratada como culpada, sendo que não tinha nada a ver com o que havia acontecido.

Fomos atrás do advogado dela pra que ele pegasse o dinheiro dela no banco pra que pudéssemos pagar a fiança dela, porém todas as suas contas do banco estavam zeradas. O Márcio, além do dinheiro do meu pai, roubou também o dinheiro da própria esposa.

Corri com o Edu para que acertássemos todas as coisas sobre a herança e a primeira coisa que eu fiz foi pegar o dinheiro e pagar a fiança da Melissa pra tirá-la dali.

—Oh Juliana, eu não tenho palavras pra te agradecer pelo que você fez por mim. Obrigada de coração.

—Já falei que não precisa agradecer. —a abracei.

—Nunca imaginei que o Márcio fosse tão ambicioso desse jeito. A chegar a roubar todo o meu dinheiro do banco. Isso eu não tolero. Edu, faz um favor pra mim?! —ela pediu ao nosso advogado que estava ali conosco. —Entre na justiça com um pedido de divórcio pra mim, por favor?! O mais rápido possível. Assim que o Alexandre, meu advogado conseguir recuperar o meu dinheiro, eu te pago.
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Não me julguem! A Melissa não tinha nada a ver com que o Márcio fez, então resolvi dar um final feliz pra ela!
Ah, e semana que vem é a ultima semana de fic, então aproveitem!
Beijos!

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