Capítulo CINQUENTA

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•Por Rodrigo

Agora é oficial! Eu sou o homem mais feliz do mundo!

Eu confesso que a minha ficha ainda não caiu que tudo aquilo havia acontecido. Tudo parecia um sonho, e que graças a Deus se tornou realidade.

O final de semana foi o primeiro em que, mesmo sem sair de casa, foi o mais agitado possível. Eu nunca me saciava da Juliana. Do seu corpo. Do seu gosto. Só que como tudo que é bom, dura pouco, tivemos que voltar a nossa realidade, porém agora havia algo de diferente no nosso dia... O amor.

—Bom dia esposinho lindo! —ela me disse pela manhã, me dando um meio abraço e beijando minha barriga.

—Bom dia loirinha!! —a abracei e depositei um beijo em sua cabeça.

—Vamos levantar, vamos?! A realidade nos aguarda. —ela se levantou e sentou-se na cama.

—Pede pra realidade esperar mais uns cinco minutinhos... —virei para o lado oposto à ela, tentando dormir novamente.

—Nada disso. —ela me puxava. —Levanta de uma vez, vai!

—hum, hum... —respondi negativamente.

—Vai Rod!!! —ela se levantou da cama. —Vai tomar um banho, vai... pra ver se acorda mesmo!

—Tá bom —levantei da cama. —mas eu só vou se você for junto... — a abracei rapidamente.

—Rod, você sabe que se a gente entrar ali junto, não saímos mais.

—Essa é a intenção... —fiz uma cara de safado e ela riu do meu comentário.

Tentei levá-la pra dentro do banheiro junto comigo, mas sem sucesso. A bichinha é teimosa que só, mas dessa vez ela tinha razão. Se entrássemos ali juntos, capaz de nunca mais sairmos.

O caminho até o hotel foi feito no melhor dos climas. Chegamos lá e cumprimentamos a todos. Era felicidade que transbordava. Quando fui me despedir da Ju, Yanna apareceu querendo conversar com ela, então decidi deixá-las ali e ir trabalhar antes que o Márcio chegasse.

A hora do almoço chegou e assim como todos os dias, eu e a Ju fomos sair para almoçar. Todos os dias iríamos em um restaurante ali perto mesmo, mas hoje eu quis surpreende-la.

A levei em um restaurante ótimo e com uma vista pra praia maravilhoso. Como eu sabia que ela era apaixonada por paisagem, ja imaginava que ela iria adorar. E tudo ocorreu como previsto. Tivemos um almoço maravilhoso, com uma vista maravilhosa e na melhor companhia.

Voltamos para o hotel e as coisas por lá pareciam não estar muito boas.

—Amiga cuidado, o cara voltou do almoço uma fera. —Isabela alertou a Ju.

—Tá bom Isa, obrigada pelo aviso. —ela jogou um beijo no ar e logo nós entramos no elevador. —O que será que aconteceu hein?! —ela tinha um olhar preocupado.

—Espero que não seja coisa muito ruim. —falei e o elevador parou no andar dela. —cuidado hein. Qualquer coisa me chama. Qualquer coisa!! —frisei e dei-lhe um selinho. Logo ela sumiu da minha visão e eu fui até o meu setor.

Confesso que a minha cabeça não parava de pensar no que havia acontecido para que o Márcio estivesse daquele jeito. Não parava de pensar na Ju também né, e orava pra que ele não fizesse nada contra ela.

O horário de sair já havia passado e até então a Ju não havia me chamado pra nada. E como nós já havíamos combinado desde o começo, quem saísse primeiro iria ao encontro do outro, então lá estava eu indo para o setor da ajuda.

—Pelo jeito não era nada demais. —pensei, assim que saia da sala.

Como já havia passado do nosso horário de saída, imaginei que já não havia mais ninguém no nosso setor. E eu estava certo. Todos já tinham ido embora e se duvidar, até o Márcio.

Quando estava chegando na mesa da Ju, não a encontrei ali, encontrei-a na porta da sala do Márcio que ficava bem em frente à sua mesa. Parecia estar ouvindo algo de importante.

—Ju, o que você está fazendo aí?! —falei assustado quando a vi na porta.

—xiiiiu. —fez sinal com o dedo.

—O que ouve? —questionei.

—Calma, eu já te explico, só xiu. —fez novamente o sinal com o dedo e voltou sua atenção pra ouvir o que estava acontecendo ali dentro daquela sala.

Não a questionei mais, só obedeci.

—vem cá, ouve aqui. —ela me chamou e eu fui até ela. —só escuta.

—É claro que não Otávio... A Juliana não pode nem sonhar com uma coisa dessas —o ouvi falar, porém percebemos que a voz iria aumentando e quando ouvimos passos, corremos pra mesa da Ju.

—Haja naturalmente. —falei pra ela.

E nós estávamos certos. Se tivéssemos ficado lá por mais uns dois segundos, eles nos pegariam ali na porta ouvindo a conversa deles.

—Juliana? —ele olhou assustado. —Es... Está aqui ainda? —gaguejou. —Achei que você já tivesse ido embora.

—Não... Fiquei esperando o meu marido e já aproveitei pra adiantar algumas coisas de amanhã. Está com algum problema? Precisa de ajuda? —ela perguntou, educadamente.

—Não. Nada. Está dispensada.

Ele e seu advogado entraram no elevador e desceram para o térreo.

—O que que esse cara está aprontando que tem a ver com você? —eu perguntei, assim que ele entrou no elevador.

—Eu tenho certeza que tem a ver com a minha herança. Ah, mas se esse cara estiver escondendo algo, ele vai se ver comigo.
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Já volto!

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