Capítulo QUATRO
•Por Juliana
O dia seguinte chegou bastante rápido e graças a Deus a noite passada já não era mais lembrada naquela casa. Claro que eu ouvi pra caramba da Yanna, mas tudo bem.
Antes do almoço, Yanna recebeu uma ligação. Era Bruno. Ficaram conversando por um tempo e depois só a vi arrumando uma bolsa.
—Ei, onde a senhorita vai? —questionei.
—Já que a senhorita não me deixou aproveitar ontem, eu e o Bruno vamos fazer algumas coisas hoje. —ela sorriu.
—hummm, aí sim ein.
—A gente vai numa boate mais tarde, quer ir?
—Opa, topo sem pensar duas vezes!!
—Ótimo. Quando o Bruno me falar o endereço, eu te mando mensagem avisando o local.
—Tá bom.
—Agora me deixa ir que ele já está vindo. Beijooo. Se a mamãe perguntar, fala que eu sai com o Bruno! —bateu à porta.
—Isso aí vai virar sério ein.—disse pra Mari, que estava na cozinha.
—Eu até gosto sabia. O Bruno me parece ser boa gente.
—Eu também. Contanto que ele faça ela feliz, eu fico feliz.
O dia passou bem rápido e a noite já estava chegando. Eu e a Mari nos arrumamos e ficamos esperando pelo Felipe, que iria nos dar carona.
Sentamos no sofá e ali ficamos por uns vinte minutos.
—Nossa, mas o Felipe tá demorando né... —Mari comentou.
—Pelo jeito ele é daqueles atrasados. —falei.
—Ó, é ele me ligando. Deve ter chegado. —ela atendeu ao celular que tocava. —Alô?! Felipe?!
Ela começou a conversa, mas a sua fisionomia não era nada boa. Parecia ter acontecido alguma coisa.
—O que houve? —perguntei assim que ela desligou o telefonema.
—O carro dele deu problema, por isso que ele estava demorando. Ele vai pedir pra um dos meninos virem buscar a gente.
—Eita.. Entendi.
Ficamos mais quinze minutos esperando, até que um número diferente liga no celular da Mari.
—Alô?! ... Sim, quem é?
Ela conversava animadamente e parecia que a nossa carona havia chegado.
—Eai, é o Bruno?
—Não, é Rodrigo. Vamos que ele já chegou.
Eu não acredito. Aquele lá? Não é possível. Minha "raiva" com relação a ele ainda estava em mim, até por que foi por culpa daquele showzinho dele que eu tive que ouvir a noite toda da Yanna.
~Flashback on~
—Você precisa parar de ser assim.
—Para de ser assim como? De ser eu?
—Não estou dizendo pra você parar de ser você, mas começar a ser mais gentil com as pessoas Juliana. Não é assim que trata alguém, principalmente com um cara que, teoricamente, seria seu ficante.
—Meu ficante nada. Eu já disse que não queria nada com ele.
—Você já se colocou no lugar dele? Já pensou se fosse você? —dei de ombros. —Tenho certeza que se fosse com você, você faria algo tremendamente pior do que o Rodrigo fez. Isso não é coisa que se faça, mesmo a cantada sendo uma porcaria, mas não é assim.
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Boas Mentiras
FanfictionMentiras. E mais uma mentira. E mais uma, e mais uma... Todos são acostumados a mentir. Mesmo sendo algo ruim e que não nos agrade, insistimos neste erro. Mas será que existem as boas mentiras? Ou mentira é mentira e ponto final? Digamos que depe...