Boas Mentiras

Capítulo TRINTA E CINCO

•Por Juliana

Minha vida naquele hotel estava um inferno, porém, se o Márcio acha que fazendo isso ele vai me tirar dali, ele está muito errado. Ele me pedia várias coisas e pior, todas essas coisas tinham datas para serem entregues. Eu evitava fazer as coisas do trabalho em casa, não gostava de misturar as coisas, porém naquele dia era impossível. Eu tinha varias coisas pra fazer e assim que cheguei em casa, sentei na mesinha de centro, coloquei meu notebook sobre a mesma e me sentei no chão mesmo. Coloquei os papéis em volta e comecei a organizar tudo.

Rodrigo havia saído pra correr e eu continuei ali. Estava completamente concentrada ali, até que o telefone de casa tocou. Atendi.

—Alô?!

—Será que eu posso saber como anda a minha norinha preferida?!

—Talvez seja a preferida por ser a única... —dei risada. —Como vai Ana?

—Estou ótima e você minha filha?!

—Estou bem também, graças a Deus. Atolada de trabalho, mas bem.

—E esse primeiro mês como casada?! Como estão as coisas?

—Tudo ótimo, graças a Deus. Seu filho é muito atencioso. Não poderia ter escolhido marido melhor.

—Meu filho né... Mas então, estou ligando pra saber se vocês vão estar em casa esse final de semana?! Gostaria de passar essa data junto com vocês.

—Estaremos sim. Pode vir, sem problemas!

—Tem certeza?! Não quero atrapalhar nenhum programa de vocês. Caso já tiverem algo planejado, eu vou outro dia, não tem problema.

—Não Ana, fique tranquila. Não planejamos nada. Não temos tido tempo pra nada ultimamente, nem pra sair de casa tá dando. Pode vir sim.

—Então se é assim, eu vou. Avise o Rod que irei de carro, então devo chegar para o jantar.

—Beleza. Pode deixar que eu aviso sim.

—Então tá bom norinha. Nos vemos amanhã pela noite.

—Tá bom então sogrinha. Te esperaremos.

Coloquei o telefone no gancho e voltei minha atenção para meus trabalhos.  Rodrigo voltou da corrida e eu ainda estava ali, porém já estava terminando. Ele entrou em seu quarto e percebi que ele falava com alguém. Ouvi algo como "rot holl", "sushi", coisas desse gênero e já até sabia o que era.

Domingo nós vamos completar um mês de casamento e eu estou boba como o tempo passou rápido. Incrível como em um mês nós já podemos conhecer a pessoa direitinho.

Ouvi um barulho de chuveiro ligado e já sabia o que meu "marido" estava fazendo. Enquanto ele tomava banho, o qual sempre era demorado, o seu pedido chegou. Atendi, paguei com meu dinheiro mesmo e fui guardar as minhas papeladas.

Logo ele saiu de dentro do seu quarto e então eu o avisei que nossa comida havia chego e avisei também sobre sua mãe.

Bom, hoje já é quinta feira e nós já estávamos a caminho de casa. Antes de irmos para lá, passamos no supermercado para encher a dispensa que estava vazia. O jantar seria por nossa conta, então tínhamos que fazer bonito.

Graças a Deus o Rodrigo sabia cozinhar, então dividimos as tarefas e assim conseguíamos terminar rapidinho. Sempre fazemos isso e a comida sempre fica ótima.

Tomei banho e logo fui arrumar a mesa de jantar. Enquanto isso, Rod foi tomar seu banho. Assim que  terminei, a campainha tocou.

—Rod, sua mãe chegou. Venha logo. —gritei e fui atender.

Fiquei muito surpresa com o que vi. Ana não estava sozinha. Ela havia trazido mais uma visita. Uma não, duas.

—Ana! —falei alegre.

—Ju, minha querida, como está? —ela me abraçou.

—Estou ótima e você? —a cumprimentei de você.

—Melhor agora que estamos aqui. —Ela se separou de mim. —Bom, deixe-me apresentar esses dois. Esse é o Beto, meu namorado e esse é o Ricardinho, meu filho. —ela deu espaço pra eles me cumprimentarem.

eita, parece que eu não sabia dessa história de segundo filho, nem de namorado... Porque será que o Rod me escondeu isso?

—Ricardo mãe, eu já sou de maior poxa. —o menino, que andava de cadeira de rodas, disse. —Prazer Juliana. —ele estendeu a mão pra mim.

—Muito prazer Ricardo. —o cumprimentei de volta.

—Nossa, minha mãe falou que você era bonita, mas pessoalmente é mais ainda. Rod soube escolher muito bem.

—Ah, Ricardo, isso é jeito de falar com a esposa do seu irmão?! —Ana o replicou e eu só sabia rir.

—Ué, só falei a verdade. —ele entrou pra dentro de casa.

—Muito prazer Juliana. —Beto me cumprimentou.

—Prazer. —disse sorrindo. —Podem entrando, fiquem a vontade. O Rod tá no banho e você sabe como que ele é né?! —deu espaço pra eles entrarem. —Amor, vem, sua mãe já chegou e trouxe visitas. —gritei.

—Pronto, to me sentindo outra pessoa. —ele falou enquanto vinha pelo corredor. —Pera aí, que que é isso?

Parece que tem alguém mais surpreso que eu.
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Amores, a partir de amanhã vai ser bem complicado pra eu postar os capítulos porque estarei em viagem, mas prometo que assim que der pra postar, vou postar. Poderá ser na quarta ou não. Na sexta, ou não, então fiquem ligadas.
Beijo!!