Capítulo SEIS

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Capítulo SEIS

•Por Juliana

Meu Deus onde aperta pra ir mais devagar? Tudo estava indo muito rápido e eu não sabia o que fazer.
Bom, acabei me reencontrando com o Rodrigo, até porque as minhas melhores amigas estavam de rolo com os melhores amigos dele, então... Não tínhamos pra onde fugir. Cheguei na boate e minha cabeça não queria pensar em nada, eu só precisava me divertir. Comecei dançando com o Bruno e terminei com o Rodrigo. Num momento qualquer, descobrimos que estávamos sozinhos. Os casaiszinhos haviam 'metido o pé' e nem nos avisaram direito. Com toda aquela euforia, eu e o Rod acabamos nos beijando. O beijo foi bom, mas foi inesperado. Pelo menos da minha parte foi. O filho da mãe beijava bem. Grr, que ódio. Nos separamos, trocamos algumas farpas pra não perder o costume e ele me agarrou de novo. Mais um beijo daqueles e eu não me seguraria, precisava acabar com aquilo, eu não podia me render. Quando o ar se fez necessário e nós nos afastamos, decidi ir pra casa. Chegando lá, descobri que a Fernanda havia saído e pior, só voltaria pra casa no outro dia. Meu Deus onde eu vou ficar agora?? Entrei em desespero. O Rod me convidou pra ir pra casa dele, mas eu neguei óbvio. Eu nem conheço ele direito e já iria pra casa dele? Nunca! Não pensei duas vezes na hora de responder ele, só que ele me deu uma resposta bastante inesperada.

"Olha Juliana, a minha parte eu fiz. Te ofereci carona, trouxe em casa, até ofereci a minha casa pra você ficar, mas você não quer, então o problema é todo seu. Fique aí, que eu vou pra minha casa. Tchau."

Aquilo me deu um toque de realidade. Poxa, o cara estava ali, querendo me ajudar e mesmo sem me conhecer já estava me oferecendo a sua casa. Primeiramente achei que ele não queria apenas me ajudar, queria tirar uma casquinha de mim, mas depois que eu me vi ali, parada, sem ter pra onde ir, me veio à realidade. Eu não poderia negar aquela ajuda. Fui atrás dele e fomos para sua casa. Dentro do carro estava o maior silencio. Eu não queria falar nada. Estava envergonhada. E a única coisa que me vinha na cabeça eram as frases da Yanna me falando pra pedir desculpas pro Rodrigo. Decidi então conversar com ele e pedir desculpas. Não só pelo dia de ontem, mas pelo que havia feito agora.

Conversamos e nos resolvemos, graças a Deus. Aproveitei e fui tomar um banho. Como eu não tinha nenhuma roupa, o Rod me emprestou uma camiseta dele. Tomei um banho, lavei meu cabelo, que estavam bastante sujos por conta da dança de mais cedo, e sai. Quando olhei em volta, percebi que não tinha nenhuma toalha ali.

—Rod!!! —gritei na porta do banheiro que havia dentro do quarto. —Rodrigo!!! Você esqueceu da toalha!!! —Ele parecia não me ouvir. —Rodrigooooooo!! —gritei mais alto.

—Ei, que que é isso? —ele perguntou assustado e falou pela frestinha da porta do quarto.

—Desculpe, mas é que você esqueceu da toalha! —me justifiquei.

—Tem aí dentro do armário no banheiro. Pode pegar qualquer um.

—Tá bom. Obrigada!!

Abri o armário que havia ali e peguei uma toalha. Depois de já estar seca, peguei a camiseta do Rod, vesti e voltei para a sala.

Quando cheguei lá, ele estava estranho. Alguma coisa tinha acontecido.

—Ei, que cara é essa?!

—Uau... A minha camiseta ficou boa mesmo. —ele disse assim que me viu.

—Ei... Não muda de assunto, que cara é essa? O que aconteceu?

—Não foi nada demais, eu só estava falando com a minha mãe pelo telefone, só isso?!

—E porque daquela cara?!

—Que cara?! —desconversou.

—Você sabe muito bem do que eu estou falando Rodrigo, não tenta fugir do assunto.

—Tá bom, mas é que a história é longa, entendeu?!

—Pode contar que eu tenho muito tempo. —me sentei no sofá e fui acompanhada por ele.

Ele me contou toda a história e durante o conto eu só conseguia rir das coisas, até que ele foi finalmente contar o porque daquela cara.

—E eu falei pra minha mãe que você era a minha namorada.

—Que? Namorada? Tá maluco Rodrigo?

—E pior, ela já está chegando aqui e disse que quer te conhecer...

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EITAAAAAA
fui!!

Boas MentirasOnde histórias criam vida. Descubra agora