Capítulo VINTE E NOVE

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•Por Juliana

Entrei no banheiro, tranquei a porta, tirei minha roupa e entrei na banheira que havia ali. Meu Deus, que maravilha!! Fiquei ali relaxando por um bom tempo. Depois, entrei no chuveiro e depois que já havia feito tudo, sai. Achei estranho não ouvir nenhum barulho, pelo jeito estava sozinha. Estava bem hein Juliana... primeiro dia casada e já estava sozinha. O Rod deveria ter saído pra resolver alguma coisa fora. Bom, e já que estava sozinha, resolvi ficar só de toalha mesmo.

O calor do Rio de Janeiro estava quase chegando aos trinta e cinco graus. Um calor e um sol escaldante. Ainda bem que na sala haviam dois ar condicionados que deixavam tudo geladinho. Resolvi fazer um brigadeiro e ver o que estava passando na TV.

De repente, a porta de casa se abriu e Rodrigo apareceu ali. Meu Deus que vergonha...

—Rod?! —perguntei assustada. Eu estava só de toalha né...

—Opa, desculpa, eu não queria... Quer dizer, eu não sabia... —começou a gaguejar e se virou de costas.

—eu vou colocar uma roupa. licença... —certeza que estava igual um pimentão. Meu Deus, que vergonha!!

Entrei no closet que havia no quarto dele e me troquei. Fiquei um tempinho ali pra ver se a vergonha passava, mas... Decidi voltar pra lá, antes que ele achasse que havia acontecido alguma coisa lá dentro.

—Rod, desculpa mesmo. Eu achei que você havia saído pra longe e que iria demorar, então continuei do jeito que estava... Desculpa. —falei quando o encontrei na sala.

—Fica tranquila loirinha. Tá tudo bem. A intenção é que você se sinta em casa, então...

—Obrigada!

—Não precisa agradecer. Olha, eu pesquisei com as meninas e comprei algumas coisinhas que, segundo elas, eram os seus preferidos, então... —ele me olhou meio confuso, indo em direção a geladeira. —estão todos aqui, veja se é isso mesmo.

—Jura Rod... Não precisava. —fui até a porta da geladeira. Ele me deu passagem para vê-la e estava tudo certinho. —caramba, tudo certinho. Meu iogurte, minhas barras de cereais, tudo... —era incrível, ele havia acertado tudo.

—Que bom!! Consegui completar a minha missão. —ri.

—Obrigada, não precisava de tudo isso. —sorri pra ele. —Vou começar a ficar mal acostumada hein...

—Só quero ver a minha esposa feliz.—brincou. —Quero que se sinta em casa.

Bom, a semana passou na maior correria. Como para as pessoas nós éramos casados, precisávamos agir como casados. Resolvemos então, todos os dias, irmos almoçar juntos. Tínhamos que ficar naquele climinha de casal feliz e tudo mais. Por mais que aquilo tudo não fosse verdade, eu estava gostando. Estava sendo bom você ter com quem conversar, pra quem ligar, com quem almoçar. E eu já estava começando a ficar mal acostumada.

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•Por Rodrigo

Vida de casado não é nada fácil, confesso, mas eu até que estava gostando daquilo. Era almoço junto todos os dias, companhia em casa, nunca me sentia sozinho, muito pelo contrário, parece que a Juliana havia chegado pra trazer a felicidade pra mim. Era tudo muito novo, porém, tudo muito bom.

Na sexta, Rodolfo me pediu para ficar mais um tempinho, pois queria conversar comigo. Pedi para que Bruno desse carona para minha atual mulher.

Incrivelmente, aquela conversa que Rodolfo gostaria de ter comigo, foi boa. Quer dizer, parte dela.

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