– Mestre! Mestre!
Mercúrio revirou os olhos ao ouvir a demónio gritar por ele.
– O que queres, Yara?
Yara apareceu numa nuvem negra de fumo.
– Trago notícias, mestre. – Respondeu a demónio, apressando-se a se ajoelhar diante dele.
– Espero que sejam boas, essas notícias.
Mercúrio estava sentado no seu trono de mármore negro. Depois de Samuel, o Rei de Dajevá, o ter derrotado e conquistado as suas terras, Mercúrio não teve outra opção senão esconder-se para se manter vivo. E a única forma de comunicar com o mundo exterior era pelos seus demónios.
Os seus olhos caíram no ser à sua frente.
Yara era alta, demasiado até, se por acaso ela fosse humana. Para um Dérnarius? Não. Toda a sua pele adquiria um tom roxo azulado. Os longos chifres eram pontiagudos no alto da cabeça, e cor-de-laranja até à ponta, onde ficavam vermelho-sangue.
– Olha para mim. – Ordenou à demónio.
Uns olhos de um vermelho vivo ergueram-se para ele.
Era bela, a sua demónio. Assustadora e mortalmente bela, com os seus longos cabelos negros.
– Agora conta-me o que sabes, pequena morte.
– Meu senhor, a princesa... – Disse Yara, ofegante. – Ela tem-no.
Mercúrio sorriu e recostou-se no seu trono. – Finalmente. Parece que a filha do nosso grande amigo já possui o tão desejado colar.
– Mas temo que ela ainda não saiba da existência do reino, amo.
Mercúrio abanou uma mão no ar, mostrando despreocupação.
– Tudo a seu tempo, meu amor, tudo a seu tempo.
– O amo não está preocupado por a pequena criança ter o colar e não conhecer nada?
Mercúrio negou suavemente.
– Neste momento, saber que ela já o possui é muito bom. – Estendeu-lhe a mão. – Agora, vem cá. Quero recompensar-te.
Os olhos de Yara brilharam ao ouvir as palavras do seu amo. Ele iria recompensá-la. Pelo que sentia, seria o maior dos tributos que qualquer outro demónio poderia receber por parte do seu mestre.
Avançando graciosamente, Yara aproximou-se de Mercúrio. Sentando-se no seu colo, a demónio envolveu o rosto do seu mestre com as mãos e beijou-o nos lábios, suavemente.
– Minha querida, hoje tens um sabor particularmente delicioso. – Elogiou Mercúrio, olhando para ela com uns olhos esfomeados.
Yara estremeceu de prazer.
– Eu pertenço a si, meu amo, e só a si.
Mercúrio sorriu, mostrando os dentes e, pegando nela ao colo, desmaterializou-os para o seu quarto.
Olá!!!!! Espero que gostem deste capítulo tal como os outros. Até à próxima publicação.
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Cidade Oculta
FantasySofia é uma rapariga de 17 com uma vida relativamente normal. Está com os amigos, a família e com o seu guarda costas que a segue para todo o lado. Até que recebe um estranho colar de uma vizinha invulgar e conhece um rapaz misterioso que a faz...