Demorou mais do que devia mas aqui está, capítulo lindo só para vocês. Espero que gostem meus amores!!!!!
Aquela mulher...
Quem seria ela...?
Respirei o ar puro do jardim da minha mãe.
Faziam quase duas semanas e eu ainda matutava sobre ela. A loira de olhos frios tinha algo que me incomodava... por ser estranhamente familiar....
Também faziam quase duas semanas que tinha irrompido por uma sala, para transmitir a tão desejada mensagem.
Fechei os olhos à lembrança do olhar transtornado do meu pai. Os olhos ensombrados de tristeza. Nada tinha dito em resposta às minhas palavras. Simplesmente tinha assentido e saído, refugiando-se no seu quarto.
Não o vi durante dias a fio. Mas hoje era diferente.
Ele tinha-me chamado.
O toque quente no meu ombro prendeu a atenção do meu rosto. O meu pai sorriu-me, assim que os nossos olhos se cruzaram.
– Minha filha.
Samuel parecia o rei que era. Possante, forte, mas com olhos gentis e apaziguadores.
Porém, esses gentis olhos azuis tinham uma dor mesclada no seu interior, que lhe escurecia as íris.
Só uma pessoa era a causa dessa escuridão, e só essa mesma pessoa seria capaz de a fazer desaparecer.
Mãe...
– Queria falar comigo? – Questionei-o.
– O que achaste do jardim?
Olhei em volta, para todas aquelas cores, todos aqueles cheiros, toda aquela vida.
– É bom saber que isto não foi destruído. Seria uma pena perder um paraíso destes...
O rei assentiu, concordando com as palavras ditas.
– Queria falar contigo para te pedir desculpas. – Declarou ele.
Olhei-o, confusa.
– Hãn?
Samuel encolheu os ombros, parecendo desajeitado e baixou os olhos, acanhado.
– Abandonei-te mais uma vez. – Afirmou.
Neguei com a cabeça.
– Isso não é verdade. Ficou abatido... é normal... Aliás, eu nem sei o porquê de ter obedecido à loira do meu sonho.
O rei caminhou até um banco de pedra trabalhada, onde se sentou. A pedra era esculpida. Contudo, o tempo já se começava a abater na peça de arte, esbatendo as linhas dos rostos dos pequenos querubins, nas pontas do assento. Era uma pena... mas não perdia a beleza. Aliás, acho que posso afirmar que ainda cativava mais. Era como se os rostos desconhecidos protegessem aquele lugar. Não necessitava de saber quem eram para me sentir segura.
O meu pai fez sinal para que me sentasse ao seu lado.
– Fala-me dela. Conta-me o teu sonho, minha princesa.
Sentei-me ao seu lado. O vestido curto a espalhar-se ao lado das minhas coxas.
Era branco, o vestido. Mas não um branco puro. Era mais um tipo de branco sujo, como a casca de ovo. Na zona do peito, renda suave descia do decote em V até à cintura, formando quase um coração. Dos lados da renda, também junto ao decote, tiras presas formavam um laço, decorando a roupa, simulando um fecho do vestido, deixando o resto da fita continuar peito abaixo, acabando na cintura, ligeiramente acima do fim da renda.
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Cidade Oculta
FantasySofia é uma rapariga de 17 com uma vida relativamente normal. Está com os amigos, a família e com o seu guarda costas que a segue para todo o lado. Até que recebe um estranho colar de uma vizinha invulgar e conhece um rapaz misterioso que a faz...