Capítulo 7

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Como uma prenda de Natal, deixo aqui o capítulo 7. Divirtam-se =)



Sigam-me todos! – Ordenou Samuel, enquanto abria a porta da sala de cristal.

Começaram a correr até uma parede de mármore com um quadro de Jade. Samuel passou a mão por ele, até a pousar no colar que ela usava no retrato.

– Majestade, não quero ser indelicado, mas esta não é a melhor altura para admirar o retrato da sua esposa. – Disse Nuno, o membro mais calado do conselho.

Samuel sorriu.

– Não estou só a admirá-la, meu caro. – Dito isto, Samuel pressionou o coração de cristal do retrato, que abriu uma passagem que dava acesso a uma sala de refúgio. Esta divisão secreta, entre muitas outras espalhadas pelo palácio, era uma sala criada à base de magia, mudando a sua forma e tamanho, consoante o número de pessoas. Porém, só a podiam comandar do lado de dentro, o que queria dizer que, uma vez fechada, não podia ser aberta por fora. Depois de passarem todos por ela, esta fechou-se automaticamente.

– O que nos vai acontecer agora? – Perguntou Gina, já começando a entrar em pânico. – Vamos morrer, estamos condenados! O Mercúrio vai acabar connosco.

– Calma, Gina! – Gritou o Edgar. – O nosso rei vai tratar deste assunto, ele não nos vai deixar ficar mal, nunca deixou.

– Sim, e ele não vai permitir que o Mercúrio se meta com o seu povo e se fique a rir. – Acrescentou Nuno.

– Majestade... – Começou Jéssica, hesitante.

– Silêncio! Deixem-me pensar. – Ordenou Samuel, caminhando de um lado para o outro.

– E se nós... Não, não o podemos fazer, eles ainda não estão prontos... – Pensou Bernardo, em voz alta.

Samuel levantou a cabeça para encarar Bernardo.

– O que não me estás a contar?

– Oh, meu senhor, estava só a falar aqui com os meus botões, nada mais.

– Fala, Bernardo.

– Sim, bom... é que, sabe...

– Para com rodeios, homem, e vai direto ao assunto. – Refilou Filipe.

– Majestade, devíamos chamar os antigos guerreiros.

– Estás a falar dos guerreiros da Legião Dourada? – Perguntou Filipe.

– Sim.

– Mas eles estão mortos há muito tempo. – Declarou Leonor. – Querido, tu não andas bem.

– Ando pois, Leonor. Tu sabes que os antigos guerreiros reencarnam em todas as gerações, como forma de estarem prontos para algum perigo iminente. E, neste momento, reencarnaram noutras pessoas, e nós sabemos quem são agora.

– Sabes? Como? – Perguntou o rei.

– Pedi à Margarida que os procurasse. Era essa a sua missão. São humanos, da mesma idade da sua filha, e estão mais próximos dela do que imaginávamos.



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