Capítulo 5

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Fábio voltou de Dajevá e subiu as escadas até ao quarto de Sofia.

– Sofia, e que tal se formos...? – Fábio estacou à porta do quarto de Sofia quando viu que este estava vazio. Praguejando, fechou a porta do quarto e chegou ao corrimão, irritado e preocupado. Saltou do corrimão até ao andar inferior, foi à garagem e confirmou as suas suspeitas. Faltava uma bicicleta. Sem pensar, Fábio agarrou nas chaves do seu carro e correu para o exterior.

Precisava de a encontrar, agora que os seus poderes se poderiam libertar, ela estaria em grande perigo, maior até do que aquele que passara quando ainda os tinha adormecidos.

...

Alexandre olhava para mim como se eu fosse comida e estava a deixar-me com os nervos em franja.

– Importas-te de parar de olhar assim para mim?

– Porquê? Eu gosto de olhar assim para ti.

– Mas eu não gosto, por isso, pára!

Alexandre sorriu divertido por me ter conseguido provocar, tinha conseguido prender-me entre os seus braços e uma árvore, numa das minhas tentativas de escapar.

– Deixa-me ir. – Pedi-lhe.

– Estás com medo de mim? – Alexandre continuava com o sorriso na cara.

– E porque não deveria ter? – Perguntei, com medo da resposta.

– Porque eu não te quero fazer mal, sabes eu não faço mal a quem gosto, e eu gosto de ti, és especial.

– Não sou nada, eu sou só uma rapariga normal.

– Todos dizem que são normais mas lá no fundo têm algo de mágico neles.

Olhei para ele, confusa sem saber onde é que ele queria chegar com aquilo.

– O que queres dizer?

Alexandre inclinou a cabeça até poder sussurrar-me ao ouvido. – Tu és mais poderosa do que julgas, Sofia.

O meu coração saltou ao ganhar consciência da sua proximidade em relação a mim.






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