Capítulo 44

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Olá maltinha linda!

Aqui fica o capítulo. Peço desculpa por algum erro, por isso, se o encontrarem, informem para que eu o possa corrigir. Divirtam-se e espero que gostem.



Mesmo ao longe, e parcialmente destruído, o palácio da cidade real era imponente e grandioso.

Sentava-me mais uma vez em Colossus, na manhã seguinte, tal como Samuel tinha informado.

Pouco passava das onze da manhã e já o sol me deixava encalorada e cheia de sede. O suor perlava-me a testa, de dez em dez segundos, exagerando, claro. Atrás de mim, Fábio guiava o garanhão, de rosto fechado, olhando por vezes para mim e para Alex, que caminhava um pouco mais à frente de nós, ao lado de Samuel e do cavalo emprestado por Takira.

– Acho que foste mauzinho. Depois de tudo, continuas a detestá-lo assim tanto. Porquê? – Afirmei, olhando, por cima do ombro, para ele.

– A confissão da anjo não muda o facto de eu não gostar nem um pouco dele.

– Ele não te vai roubar o emprego... seja ele qual for.

Ele não respondeu, mantendo os olhos no horizonte.

O resto do caminho que faltava, fizemo-lo em silêncio. Tirando conversas que se ouviam entre outras pessoas, como, por exemplo, membros do conselho, que cochichavam atrás de mim, sobre sei lá eu o quê, nada se ouvia. A minha boca parecia ter cola. Por muito que eu quisesse falar, nada saía das minhas cordas vocais.

Quando nos aproximámos cada vez mais do nosso destino, a minha boca foi-se abrindo, escancarando-se perante o tamanho do edifício para onde me dirigia.

Muita era a gente que rodeava o palácio, expectante.

– O que é que se passa, Fábio? – Perguntei.

– Vieram ver o rei... e ver-te a ti também.

– As pedras que eles seguram são para nos dar as boas-vindas? É que se é isso, prefiro voltar para trás. – Comentei.

Fábio gargalhou e abanou a cabeça.

– Sofia, só tu para me fazeres rir numa altura destas.

– Não sei onde é que está a piada...

– As pedras são para reconstruir o lado do palácio que desabou. – Esclareceu-me, enquanto sorria para os aldeões com roupas distintas por que passávamos.

– São demasiado pequenas para um tão grande edifício. – Constatei, olhando para as pedras que algumas pessoas seguravam nas mãos. Havia pedras de todos os tamanhos, e algumas seriam capazes de diminuir o estrago. Porém, muitas das pedras só serviriam para tapar buracos relativamente pequenos.

– Deixa que sejamos nós a tratar disso, OK? – Sorriu-me.

Comecei a olhar com mais atenção para as roupas dos aldeões. Semicerrando os olhos para um tipo de calças de ganga e camisa de linho, de aparência antiga, perguntei:

– Porque é que há pessoas com um ar tão anacrónico no meio disto tudo?

– Porque muitos são como ele, agarrados a dois lugares, não conseguindo escolher.

A lembrança que me assolou impediu-me de o ouvir. Eu já tinha estado ali. Bem, não realmente ali, mas num sonho. No primeiro sonho em que tive contacto com a minha mãe.

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