Capítulo 42

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Maltinha linda!!!!

Aqui está o capítulo 42, só para vocês. Isto agora anda ainda mais complicado do que é normal. Primeira semana de aulas e os meus professores andam doidos! É que nem vos passa pela cabeça. Por isso, com os estudos e passar matéria para os cadernos certos com letras super bonitinhas (que eu tenho mas corre sempre mal, parece que levo choques quando escrevo, não queiram ler os meus testes, provavelmente não conseguiriam XD).  

Vou tentar publicar agora todas as sextas feiras, dá-me mais jeito do que à segunda. 

Espero que gostem =)



Deixei de sentir o rabo passadas três horas de viagem. Também não sentia as costas... ou os braços. OK, eu não sentia o meu corpo, de todo.

Gemi quando movi um pouco o pescoço.

– Pareço uma velha. – Comentei, secamente.

– Também soas como uma. – Afirmou Alex, atrás de mim.

Dei-lhe uma cotovelada no estômago, que o fez resmungar.

Era noite cerrada. Contudo, conseguíamos ver um pouco da estrada de terra por onde avançávamos, devido à luz que a lua emitia. Eu sabia que teríamos de parar a determinada altura. Era aí que eu depositava a minha esperança.

Acho que quando for para desmontar do cavalo, nem isso vou conseguir fazer.

Uma imagem de mim a escorregar da sela diretamente para a terra bailava na minha imaginação. Até o sabor da terra eu já tinha na boca. Não sabia lá muito bem.

– Podemos parar? Estou exausta! Acho que, quando descer do garanhão, nem as pernas irei conseguir dobrar. Tu não te sentes dorido?

– Não andámos assim tanto. – Comentou.

– Estás a gozar, certo? Devemos ter andando durante o quê? Seis horas? – Perguntei.

– Por acaso, foram três, e ainda não nos encontramos longe o suficiente da aldeia de que saímos.

– E vamos encontrar uma nova aldeia quando? Falta assim tanto?

– Queres mesmo que te diga?

Não gostei de ouvir aquilo. Era mau sinal.

– Sim... – Disse, hesitante.

– Daqui a mais ou menos umas três, quatro horas de caminho. Chegaremos, talvez, de madrugada à aldeia seguinte.

– O quê?! – Guinchei.

– Vá lá, não é como se fosse a pior coisa do mundo. – Retorquiu.

– Está no top 3, certamente. – Resmunguei.

– Tu queres dormir numa cama ou no chão duro? Tu é que escolhes. – Atalhou ele.

– Visto que eu não sinto nem um milímetro do meu corpo, o chão parece-me deveras apelativo. – Afirmei, secamente.

Olhei para o caminho que se estendia à nossa frente. Bárbara avançava uns metros mais à frente, com a sua égua branca, agora quase cinzenta, a caminhar elegantemente.

Ela tinha um porte digno da realeza, com o corpo direito, reto, e cabeça levantada, sem medos. Notei que ela tinha os ombros tensos, talvez pelas horas sentada direita. Porém, descartei logo essa ideia. Algo lhe tinha acontecido no castelo, só não sabia o quê.

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