Sol de Luna

04

Acordamos já atrasadas e nos arrumamos rápido saímos sem comer e fomos correndo para a escola chegamos lá e esperamos o segundo tempo para entrar, as aulas passaram normal quando o sinal tocou todos fomos para o pátio.

Hugo : Bora pra pracinha ?
Mel : Vamos, não tenho nada o que fazer mesmo -- disse
Paloma : Eu só vou se o gatinho do Vitor for -- ela disse e a Mel me olhou prendendo o riso
Luna : Gostou dele mesmo né -- ri -- Mas porque está falando dele agora ? -- perguntei
Paloma : Porque ele ta ali na porta encostado no carro -- disse apontando e eu me virei para olhar
Mel : Nossa -- falou enquanto ele acenava, fomos até ele
Hugo : Qual foi cara -- falou fazendo um toque com ele -- Tá fazendo o que aqui ? -- Antes que ele pudesse responder a Paloma se jogou nele
Paloma : Aí desculpa, você tá bem -- sorriu ? O que faz aqui -- disse com uma voz de puta e dei um beijo em sua bochecha
Vitor : Vim buscar a Luna -- falou enquanto sorria -- Vamos ?
Luna : Ah, claro vamos -- falei meio sem graça entrei no carro

A Paloma ficou com cara de taxo sem saber o que tinha acontecido a Mel foi com o Hugo para a pracinha eles estão se pegando mas não admitem isso

Luna : Aonde estamos indo ?
Vitor : Logo alí -- falou saindo com o carro. -- Você não fuma ? -- disse me olhando quando paramos no sinal.
Luna : Só em festas -- dei de ombros
Vitor : Entendi -- ele sorriu e continuou dirigindo
Luna : Vitor aonde estamos indo? Parace que estamos dando voltas e voltas eu to com fome porra -- disse irritada
Vitor : Fica calma cara já estamos chegando e você já vai comer -- revirei os olhos -- Não faz isso -- falou um pouco irritado
Luna : Isso o que ? -- ri
Vitor : Eu to falando sério Luna, não revira os olhos pra mim -- dei língua

Quando vi estávamos subindo em uma favela eu não falei nada apenas observava Vitor parecia estar tranquilo e não falava nada apenas prestava atenção no caminho, paramos em frente a uma casa muito bonita por sinal e diferente das outras e ele saiu do carro

Vitor : Você não vem ? -- disse virando eu apenas sai do carro e fui observando tudo a minha volta

Entramos na casa e o cheiro de comida caseira era ótima eu já nem lembro qual foi a última vez que como uma comida caseira, eu estava com saudades mesmo era da comida da MINHA MÃE que saudades dela, fui interrompida dos meus pensamentos com Vitor me chamando

Vitor : Você tá bem ? -- disse preocupado
Luna : Estou sim -- dei um sorriso de lado -- Que cheiro gostoso -- disse mudando de assunto
Vitor : Que bom que gostou minha mãe que fez -- disse sorrindo -- Eu vou ali na boca resolver uma parada me espera aqui, já volto pra gente comer.
Luna : Vai me deixar sozinha aqui ? -- arregalei os olhos
Vitor : Tá com medo ? -- ele riu -- Relaxa ninguém entra aqui não -- falou e me deu um selinho saindo de casa.

Ele me deixa aqui sozinha pra ir na boca, ele não poderia ir buscar as paradas dele outra hora ? Me sentei no sofá e liguei a TV estava muito calor resolvi abrir uma porta que dava para uma área olhei para os lados e tinha uma piscina grande e um espaço para a churrasqueira mais a frente tinha um muro me aproximei e notei que dava pra ver o morro todo de lá embora as casas nem sempre sejam bonitas em morro, era uma vista linda de se ver ao final da paisagem dava para ver a praia e realmente o Rio de Janeiro é lindo, mesmo com todos os problemas ele era lindo.

Comecei a lembrar da morte dos meus pais e acho que nem se eu fumasse o triplo de maconha eu iria conseguir esquecer isso sequer um dia, fiquei um tempo ali pensando e repensando até o Vitor chegar e me chamar para almoçar, fomos almoçar e passei o dia com ele.

Luna : Você mora aqui ? -- ele negou
Vitor : Moro com a minha mãe e as vezes ela vem pra cá.
Luna : Porque ? -- ele me olhou e riu
Vitor : Você é muito curiosa -- eu ri e dei de ombros e então ele continuou -- Vem comigo -- levantamos e fomos até a área com vista pro morro -- Meu pai comanda isso tudo -- eu arregalei o olhos.
Luna : Meu Deus Vitor você também é bandido ? -- estava assustada, já me meti com coisa errada mas nunca com bandido
Vitor : Não - disse rindo - Meu pai é miliciano e meu irmão assumiu com ele a uns anos atrás, ou seja, está tudo em família -- deu de ombros.
Luna : Mas e você ?
Vitor : Eu moro com a minha mãe fora do morro e faço faculdade de jornalismo, as vezes eu venho pelo meu pai e meu irmão essa casa é deles mas não me sinto muito a vontade aqui.
Luna : Não se sente a vontade aqui mas traz mulheres para cá -- ri
XxxX : Você é a primeira mulher que vem aqui -- me assustei e me virei -- Desculpa eu não pude deixar de ouvir sou a mãe do Vitor, sou Ana -- disse sorrindo generosa
Luna : Eu sou Luna, amiga do Vitor -- apertei sua mão e sorri
Ana : Só amiga ? Ele não traz mulheres pra família conhecer -- eu ri sem graça e Vitor percebeu
Vitor : Mãe - a repreendeu - Somos só amigos -- ela apenas assentiu e eu não sabia onde enfiar a cara.

Ficamos um tempo ali sentados conversando a mãe do Vitor era bem legar ela é separada do pai dele desde que ele se envolveu com a milícia mas ainda gosta dele, ela vem toda semana limpar e deixar comida pronta para ele e para o filho, como Vitor nunca gostou e sempre foi apegado mais a mãe resolveu que ficaria com ela, a mãe do Vitor saiu e foi levar um lanche na boca para o irmão dele e ficamos sozinhos o silêncio prevaleceu o sol estava se pondo me levantei para ver a vista e Vitor veio junto.

Vitor : Ei -- chamou e então o olhei -- Você tinha razão em brigar comigo
Luna : Mas eu não briguei com você -- falei rindo sem entender
Vitor : Não Luna você tinha razão, eu não deveria ter parado de te beijar -- eu sorri e então ele se aproximou

Estávamos tão perto que eu sentia seu hálito na minha boca ele mordeu meu lábio inferior e sorriu logo iniciamos um beijo maravilhoso, ele explorava cada canto da minha boca minha mão estava em sua nuca e a outra dentro de sua camisa o arranhando de leve, a mão de Vitor puxava meu cabelo dando intensidade ao beijo ele desceu a outra mão até minha bunda e apertou a mesma eu sorri e então paramos o beijo quando alguém chegou. Me despedi da mãe dele e Vitor me levou casa.