Sol de Luna

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Quando dei por mim já era noite e eu tinha apenas alguns dias para seduzir o professor, não por nota e por pura luxúria. Me levantei e coloquei uma calça colada e cropped, calcei um salto e me fiz uma maquiagem para noite e marcante, hoje teria uma pequena reunião no bar do campus, terminei de me arrumar e soltei meu cabelo, sai do meu quarto e falei com algumas meninas da fraternidade que me pediram dicas de que roupa colocar, quando por fim me deixaram em paz pude sair e ir andando pelas ruas desertas da faculdade até o bar.

Túlio: Ora se não é a aluna que perde livros -- disse com humor e eu o procurei com o olhar -- Eu estou aqui -- disse e chegou ao meu lado -- Não está meio tarde para uma menina andar sozinha? -- perguntou me olhando de cima a baixo e eu revirei meus olhos discretamente
Luna: Estou indo ao bar -- disse tentando ser simpática
Túlio: Eu também estava indo para lá, posso te acompanhar? -- perguntou educado
Luna: Claro -- sorri e fomos andando

Ele não estava indo pra lá mas sabia que era minha oportunidade de saber mais sobre ele e conseguir o que eu realmente queria

Túlio: De onde você é? -- perguntou tentando puxar assunto

Não pude evitar de reparar em sua voz rouca e um pouco falhada, aquele tipo de voz que podia passar o dia ouvindo que não me importaria, aquela voz que quando sussurra ao pé do ouvido faz o corpo todo se arrepiar.

Luna: Brasil -- eu sussurrei parecendo uma idiota
Túlio: Como? Desculpa eu não ouvi-- ele sorriu carinhoso -- Será que ocê pode andar um pouco mais devagar? Não quero ir correndo atrás de você- ele disse rindo o que me fez rir junto
Luna: Eu Vim do Brasil -- o olhei e parei para esperar ela me alcançar -- Sou carioca -- sorri ao lembrar da maravilhosa cidade que tinha deixado para trás á 5 anos
Túlio: Eu sou de Portugal -- ele disse agora me acompanhando-- Minha adolescência eu passei no Rio de Janeiro, é uma bela cidade e tem maravilhosas garotas -- ele me olhou e sorriu de canto com as mãos no bolso
Luna: Portugal também tem belos homens -- sussurei e ele sorriu me encarando -- Me diz o que você realmente quer -- disse parando e cruzando os braços
Túlio: Um abraço e companhia no bar -- ele fez um careta-- Me desculpa eu sou novo aqui e não conheço muita gente e o resto dos professores não curtem muito a gandaia -- ele disse bem humorado e se aproximou -- Posso? -- pediu permissão para um abraço e eu cedi -- Você está com cheiro de rosas e um perfume caro masculino

Me afastei ligeiramente e franzi o cenho encarando o bonitão que estava a minha frente, eu já tinha sacado o jogo dele e não faz mal eu jogar um pouco do jeito dele.

Luna: Ficar cheirando o pescoço das outras pessoas que você não conhece é falta de educação sabia? -- perguntei falhando na arte de parecer afetada

Túlio riu divertido da minha falsa reação, mas confessou que de fato foi estranho seu ato, mas ele não pôde evitar, ele me explicou que seu pai lhe ensinou a teoria de que dá pra conhecer um pouco uma garota pelo perfume e pela cor do batom, voltamos a trilhar nosso caminho quando embarcamos em uma animada conversa sobre viagens, Túlio assim como eu era um viajante nato e já foi em diversos países, enxerguei de longe o que tanto andamos para nós embebedar e nós divertir e sorri satisfeita em saber que depois dos elogios eu estava 2 pontos a frente de pegar o professor.

Túlio me observou enquanto eu sorria para o Barman e pedia dois drinks, eu o olhei enquanto esperava e notei que Túlio tinha uma pequena mania de morder o lábio e isso o deixava incrivelmente sexy, ainda mais com sua camisa pólo e suas tatuagens a mostra, depois de certo tempo em silêncio o Barman anunciou e me entregou as bebidas, me sentei em um dos bancos e Túlio fez o mesmo sem se importar com o espaço pequeno entre um banco e outro.

Túlio: Bom vou pra casa -- disse já se levantando quando olhou o relógio e vou que eram 3 da manhã
Luna: Eu vou com você - disse rápido -- Quer dizer, já está na hora de ir -- sorri tentando parecer menks desesperada
Túlio: Tudo bem -- ele sorriu e saímos lado a lado do bar
Luna: Está tudo bem não precisa me levar até lá -- disse minutos depois
Túlio: Você está bêbada -- ele riu -- Só quero ter certeza que não vai se perder no caminho -- eu assenti e fomos

Caminhamos lado a lado e novamente o silêncio se tornou presente e a lua junto com as estrelas nós faziam companhia.

Túlio: Eu fico por aqui -- ele anunciou e eu olhei sem entender-- Chegamos ao seu dormitório Luna -- disse rindo -- Creio que não irá se perder para achar o quarto -- sorriu e sussurrou -- a não ser que se perca de propósito só para mim te acompanhar
Luna: Eu acho que não vou encontrar meu quarto sem ajuda -- eu sorri me apoiando no portão e Túlio sorriu na mesma intensidade -- Valeu mesmo, você me ajudou muito -- Sorri quando paramos na porta do meu quarto
Túlio: Não fiz mais que minha obrigação, eu vi o quanto você não estava bem e não podia deixar você em perigo -- Rimos -- Agora eu tenho que ir -- ele disse eu apenas assenti deixando escapar um Ok da minha boca.

Dei um abraço nele e quando ele foi beijar minha bochecha, virei o rosto ele acabou me dando um selinho, ele me encarou assustado, eu não fiz nada, só coloquei minha mão no pescoço dele e o beijei, Túlio correspondeu ao beijo e segurava minha nuca e minha cintura quando interrompi o mágico beijo.

Luna: Não sei o por que eu fiz is... - ele me interrompeu.
Túlio: Tudo bem -- Ele deu um sorriso cafajeste. -- Até por que não foi de tão ruim não é? -- ele riu

Quando fui perceber, ele me agarrou e abriu a porta do quarto, entramos nós beijando, Túlio me encostou numa bancada que tinha na parede do quarto e colocou a mão na minha cintura e aproximou mais seu corpo do meu, fomos parando o beijo com selinhos quando nos faltou ar

Túlio: Estamos quites agora. -- Ele sussurrou contra minha boca e nós riamos -- Tenho que ir -- Ele me deu um selinho rápido e se ajeitou -- Vai ser o nosso segredinho -- piscou para mim e sorriu
Luna: Esse segredo vai morrer comigo, eu volto ao Brasil a alguns dias -- disse e Túlio mordeu os lábios
Túlio: Acho que mais dois minutos não faz mal a ninguém-- ele trancou a porta do quarto e me jogou na cama