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Acordei com o Vitor e a Manu discutindo, olhei no relógio e marcavam 8 da manhã de um sábado, mas que porra não tinha hora melhor pra discutir não?

Juntei toda a calma que ainda me restava por ter sido acordada pela manhã e calcei meus chinelos para descer e ver o que estava acontecendo.

Manu: Eu não quero fazer ballet-- ela berrou
Luna: Tá de sacanagem que é essa história de novo -- sussurei pra mim mesma enquanto deacia as escadas
Vitor: Você vai fazer porque eu estou mandando-- ele gritou
Manu: Eu te odeio -- ela gritou e nessa hora eu ouvi um estalo de tapa
Vitor: Vai para o seu quarto porque você está de castigo até o final do ano -- eu me mantive distante olhando toda a cena
Manu: Além de me bater eu to de castigo? -- ela chorava assustada com a atitude do pai
Luna: Vitor -- eu gritei chamando a atenção dos dois -- Isso é hora? São oito da manhã de um sábado -- reclamei e fui para a cozinha

Eles continuaram uma discussão tola quando a campainha tocou e eu fui atender

Ester: Surpresa -- ela falou acompanhada de todas as crianças
Luna: O que é isso? -- eu dei um riso falso
Ester: Feliz dia da madrinha -- ela sorriu --Vamos crianças melhor entrar -- empurrou eles para dentro e correu pro carro
Luna: Ester hoje não é um dia bom -- gritei em vão
Pedro: Olha dinda eu juntei dinheiro e comprei isso pra você -- ele me entregou um embrulho e saiu correndo para o quintal
Alice: A mamãe disse que você ia gostar mais se a gente fizesse o presente -- ele me entregou acompanhada do Arthur
Luna: Sua mãe tem razão -- balancei o presente ainda fechado
Thiago: Po tia meu pai não liberou a verba -- falou em um tom explicativo
Luna: Tá tudo bem pirralho -- baguncei o cabelo dele
Thiago: Qual foi eu não sou mais criança -- ele abriu os braços e me encarou -- Vou jogar video game, valeu -- saiu em direção a sala
Luna: Pelo menos eu ganhei presente -- sussurrei
Vitor: Que porra é essa? -- ele gritou quando as crianças passaram correndo e esbarrando nele -- Porque eles estão aqui? Já estamos com problemas demais -- ele falou e eu fui andando em direção ao quarto -- Você não vai me responder? -- ele veio atrás de mim
Luna: Vitor faz o seguinte tira um dia pra você, vai beber, fumar, faz o que quiser só me deixa em paz -- falei baixo entre os dentes
Vitor: Eu não te entendo -- ele reclamou e fechou a porta do quarto
Luna: Eu só quero um dia que você não fique gritando com a sua filha -- falei procurando uma roupa
Vitor: Agora é só minha filha -- ele riu com deboche
Luna: Ela sempre foi só sua filha -- eu o encarei
Vitor: Na hora de dar ordem e brigar com a mãe dela não é assim que você pensa né? -- ele se sentou na cama
Luna: Você é muito babaca mesmo -- entrei no banheiro -- E quer saber eu entendo a Manu querer morar com a mãe, ninguem mais te aguenta -- gritei trocando de roupa e vi o banheiro ser invadido por ele
Vitor: Eu faço de tudo por vocês e é assim que vocês me tratam -- ele gritou
Luna: Porque você está gritando comigo? -- perguntei e comecei a chorar
Vitor: Eu... -- ele ficou imóvel me observando -- Amor me desculpa -- disse e me abraçou e assim ficamos até ouvir barulho de alguma coisa quebrando -- Eu vou lá pode deixar -- ele beihou minha testa e desceu

Depois de um dia cansativo, muitas broncas, castigos, bagunça e uma hora de sono a Estee buscou todos eles prometendo me dar um dia de folga quando meus filhos nascerem, quando tudo estava no seu local certo e a casa arrumada eu e Vitor fomos nos deitar e pegamos no sono mais rápido que o esperado, acordei de madrugada com fortes dores e o Vitor não estava na cama e a mesma estava toda molhada

Luna: BINGO pra esse filho da puta que me engravida e me deixa sozinha quando estou para entrar em trabalho de parto -- reclamei tentando me levantar

Sol de LunaOnde histórias criam vida. Descubra agora