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De certo que quanto mais eu descia em direção a praça mais louca eu achava que estava ficando, o que eu estava pensando quando sai de lá? Talvez a Mel estava certo por me chamar de irresponsável, além da minha vida eu estou colocando a vida de mais duas crianças que nem nasceram e nem tem culpa disso, os disparos pareciam mais perto e minha coragem cada vez mais longe, eu caminhava e já nem sabia mais onde ia até ser puxada e encostada na parede com nenhum pingo de carinho.

João Victor:  Foi mais fácil do que eu pensei princesa -- ele sorriu
Luna: Eu esperava mais de você -- tentei fazer com que ele me soltasse
João Victor: O patrão vai gostar de te ver -- ele aproximou o rosto do meu -- E o meu amiguinho também -- sussurrou contra minha boca
Luna: Porque isso agora? -- virei o rosto
João Victor: Ele te fez um aviso e você ignorou -- ele me puxou para que eu andasse com ele
Luna: E onde você entra nisso? --- perguntei me arrastando
João Victor: Conflito de intetesses -- deu de ombros e me encostou de novo na parede -- É melhor parar de fazer perguntas -- ele segurou no meu queixo me machucando -- Você entendeu? -- ele gritou e eu assenti assustada

Fomos caminhando até a praça e eu tentava me manter o mais calma possível dentro daquelas circunstâncias em que me encontrava.

João Victor: Eu prometo ser bonzinho se você não gritar -- ele me deu um beijo na bochecha e me encarou -- Eu menti,você sempre foi meu tipo -- ele riu e continuou andando
Luna: Você é ridículo -- empurrei ele e tentei correr em vão assim que vi o Bernardo de longe -- Você acha mesmo que vai conseguir me tirar daqui? -- perguntei no chão caída pelo chute que levei
João Victor: Não faz isso -- ele agachou na minha frente -- Olha -- ele coçou a cabeça nervoso -- Eu não gosto de bater em mulheres grávidas não provoca -- ele agarrou no meu braço
Luna: Me solta -- eu me balancei e cuspi no rosto dele
João Victor: Fica quieta piranha -- ele me deu um tapa na cara e então eu ouvi um disparo e sangue por toda minha roupa

Eu permaneci ali, intacta com o corpo dele em cima do meu, e então o Victor apareceu na minha frente mas eu continuei ali, imóvel

Vitor: Está tudo bem amor -- ele agachou do meu lado e sorriu -- Vamos sair daqui -- ele tirou aquele corpo de cima do meu e me pegou no colo

Durante todo o caminho eu permaneci calada e ainda assustada, chegamos na casa da Mel e o Vitor me levou direto ao banheiro, mas eu pude escutar perguntas vindas da minha amiga, da Manu e do Pedro.

Vitor: Amor eu vou te limpar e vai ficar tudo bem, tabom? -- ele perguntou e eu permaneci calada -- Fala comigo Luna -- ela estava se segurando para não desmanchar em lágrimas na minha frente e então eu assenti
Luna: Está tudo bem -- falei com a voz embargada
Vitor: Tá tudo bem amor -- ele me abraçou e eu comecei a chorar -- Agora está tudo bem -- ele beijou minha cabeça e eu assenti
Luna: Eu prometi pra Manu que a gente iria comer pizza na janta -- eu disse e sorri de lado secando as lágrimas
Vitor: A gente pode pedir em casa -- ele sorriu e ajeitou meu cabelo
Luna: Eu prefiro ir pra algum lugar -- dei de ombros e ele me encarou -- Pra esquecer isso -- sorri
Vitor: Vou pegar roupa da Mel pra você, toma um banho -- ele saiu deixando a porta aberta
Mel: EU JÁ DISSE QUE NÃO QUERO MAIS VIVER ASSIM -- ela gritava
Bernardo: VOCÊ PENSA QUE É QUEM PRA DECIDIR ISSO? NÃO POSSO SAIR DAQUI AGORA CARALHO -- e ele gritava de volta
Mel: EU NÃO AGUENTO MAIS BERNARDO -- ela agora chorava e o Pedro chorava junto
Luna: Que porra de dia é esse? -- sussurei para mim mesma antes de entrar prara o banho
Vitor: Está aqui amor -- ele entrou no banheiro e deixou as roupas em cima da pia -- Eles estão brigando -- ele encostou na porta e eu não respondi -- Se você quiser a gente pode se mudar -- ele estava nervoso
Luna: Eu não preciso disso Vitor -- desliguei o chuveiro -- Eu to bem -- abri o box -- Vem aqui -- chamei ele enquanto torcia meu cabelo.

Colei meu corpo no dele e deslizei minhas mãos para frente em seu abdômen e enfiei por dentro de sua cueca tocando e agarrando o seu pênis que ficou durinho em minhas mãos, tirei a metade de suas calças, meus seios estavam colados no peito dele.

Vitor: Amor você não precisa -- ele tentou falar e eu não deixei
Luna: Me deixa -- eu abaixei e ele me puxou de volta
Vitor: Estou falando sério precisamos conversar e não transar no momento -- ele me olhou sério
Luna: Me larga Vitor -- empurrei ele e fechei o box
Vitor: Amor você precisa entender, não tem clima -- ele tentou se justificar
Luna: Seu amiguinho ai não disse isso -- retruquei
Vitor: Luna eu.. -- ele não terminou
Manu: Papai a tia Mel tá chorando -- ela disse abrindo a porta do banheiro
Vitor: Manu você não pode abrir a porta dessa maneira -- ele a repreendeu
Manu: Mas não estava trancada -- ela disse e me olhou -- Tia Mel o seu bebê tá bem? Porque você estava sangrando? -- eu olhei pro Vitor
Vitor: A Tia Luna caiu mas já está tudo bem -- ele falou me olhando -- Vai arrumar suas coisas que já vamos comer a pizza -- ele disse e ela saiu correndo anunciando o que iria comer -- Eu vou lá -- disse e saiu

Terminei meu banho e me vesti, em menos de 10 minutos já tinha me despedido e entrado no carro, durante o caminho todo eu fui calada, e ao chegar na praça meu corpo estremeceu com a lembrança e com tanto sangue no chão.

Sol de LunaOnde histórias criam vida. Descubra agora