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POV VITOR

24 meses, 24 malditos meses tentando esquecer e falhando miseravelmente, não houve um único dia em que não pensasse nela e não me odiasse por isso, eu queria desistir, desapegar, mas simplesmente não conseguia, eu tentei me manter distante mas era impossível deixar de prestar atenção quando ouvia seu nome ser mencionado por qualquer pessoa, eu água discretamente mas meu ouvido sugava qualquer informação sobre ela.

Eu até tentei partir para outra, fui saindo, fui ficando com qualquer garota que aparecesse na minha frente, eu queria esquecer de qualquer maneira, mas nada me agradava, sempre parecia faltar alguma coisa, foi aí que em uma noite em uma balada qualquer sai com uns amigos do hospital e conheci uma menina que trabalhava na parte administrativa do hospital, pra mim nada ia passar de um sexo casual naquela noite, e se bom ser repetido em outras noites, mas aí ela acabou se mostrando uma garota legal e fomos saindo, ela não me cobrava nada e eu também não prometi ser o namorado perfeito, muito menos um namorado, apesar de algumas aparências físicas como o s cabelos negros grande e a mesma altura, elas eram completamente diferentes eu até curtia o estilo despojado da Vivian, mas a Luna sempre me fez sentir vivo com o jeito e estilo único dela.

O nosso "relacionamento" nunca foi nada sério, ela sabia exatamente o que eu sentia pela Luna e nunca forçou a barra para tentarmos um namoro e isso pra mim estava ótimo.

Eu me dediquei ao trabalho e a Manu, mas ao final do dia eu sempre saia e bebia, quando descobri que a Luna ia casar eu fiquei completamente obsessivo com aquilo, sabia que a bebida era só uma espécie de fuga do meu problema, mas estava dando certo, então era bom para mim, achei até que podia controlar o que eu sentia e eu só precisava me dedicar ao trabalho, a Manu e as bebidas nossas de cada dia.

Eu nunca iria imaginar de encontrar a Luna na casa da minha mãe e naquele dia e tomei um susto quando a vi, a reação dela não foi muito diferente da minha e juro não foi porque não gostei de ver ela ali, eu havia gostado muito e o meu grande problema estava exatamente nisso, quando minha mãe nos deixou sozinhos e foi preparar um lanche para a Manu eu tomei coragem e falei com ela mas não pude me estender na conversa porque minha mãe retornou rápido e me lembrou que eu tinha que voltar ao trabalho, tentei manter a minha tranquilidade, e me despedi com um aceno de cabeça e ela me lançou aquele sorriso, naquele momento eu queria agarrar ela ali mesmo e deixar o resto do mundo parar.

Naquela semana eu não pensei em outra coisa a não ser nela mas não a procurei durante este tempo, me mantive como o cara centrado e fiquei quieto toda a semana pensando em um jeito melhor de aborda-la do que aquela conversa naquele quarto.

Até que eu me encontrei sentado no chão às seis da manhã, pensando no que eu poderia fazer para ela mas ela soubesse que era um presente meu, afinal hoje era seu aniversário, após deixar a Manu da escola me dirigi até a floricultura mais próxima e optei por algumas margaridas misturadas com alguns girasois, eu sabia que ela iria gostar, afinal rosas vermelhas eram clichê demais, as flores foram acompanhadas de uma caixa de doces e um cartão escrito

"Feliz Aniversário eu ainda te amo"

E foi só isso é nada mais, Luna sempre foi esperta e eu sabia que ela desconfiaria de mim. Fui para o trabalho e encontrei com a Vivian na recepção conversando com algum homem mais velho que lhe atraia muita atenção, como falado anteriormente nós nunca fomos de nos cobrar nada, passei cumprimentei a todos e fui ao meu consultório, tudo estava normal até minha mãe me ligar anunciando que a Manu havia se machucado na escola e que já estava com ela aqui no hospital, pedi a secretária para avisar aos pacientes que eu já voltaria e fui encontrar minha mãe e minha filha na sala de raio-x

Vitor: O que você aprontou -- disse adentrando a sala
Manu: A culpa não foi minha -- ela se defendeu
Vitor: Todo mundo que tem culpa vem com essa desculpa -- eu rebati
Manu: Pai mas dessa vez a culpa não foi minha -- ela reclamou
Doutor Jorge: Vamos começar? -- ele nos interormpeu -- Olá doutor Vitor -- ele estendeu a mão e eu o cumprimentei

Depois de alguns minutos os exames estavam prontos para serem analisados

Doutor Jorge: Quebrou -- ele falou enquanto olhava o raio-x
Ana: Quebrou? -- ela gritou
Vitor: Mãe é só olhar o osso tá fora do lugar -- apontei para o exame           
Ana: Isso deve ser brincadeira -- ela riu nervosa -- Isso são dois galhos e não o osso da minha neta -- ela rebateu ao médico
Jorge: Não senhora -- ele negou -- Esse é o osso da sua neta -- ele disse divertido
Manu: Vó para com isso tá me fazendo passar vergonha -- ele sussurrou meio alto
Vitor: Manu como você quebrou isso? -- perguntei
Ana: Para de estressar a menina Vitor -- minha mãe a defendeu
Manu: É pai, para de me estressar -- ele sorriu vitoriosa
Vitor: É por isso que ela acha que pode fazer o que quer -- eu disse -- A gente conversa em casa ouviu bem? -- perguntei e ela assentiu -- Vou deixar vocês com o doutor Jorge eu preciso trabalhar -- dei um beijo nelas e sai da sala

Caminhei até a minha sala encontrando Vivian sentada a minha cadeira

Vitor: O que você tá fazendo aqui? -- perguntei ainda na porta
Vivian: Uma visita -- ela sorriu safada
Vitor: Eu preciso trabalhar e minha filha está aqui -- concluí a observando
Vivian: Mais tarde a gente se fala -- mordeu os lábios e saiu da sala

Me sentei e voltei ao meu trabalho.. Mulheres, ruim com elas, pior sem elas!

Sol de LunaOnde histórias criam vida. Descubra agora