94

809 55 0
                                    

E como de costume no dia seguinte acordei sem ter ninguem ao meu lado, mad pude sentir o perfume dele preso no meu travesseiro e sorri involuntariamente, era perfume era característico e inconfundível, cada vez que o sinto meu coração dispara, tem um cheiro que até hoje eu não sei definir, é algo doce sem ser enjoativo, um toque meio amadeirado, é uma coisa única e viciante Não a ouvi saindo da cama, meu sono é pesado e eu nunca o ouvia nem o sentia saindo da cama e seus passos leves e sempre muito calculados pela manhã era quade impossível que eu despertasse, me levantei e entrei no corredor indo direto para a cozinha de onde vinha um cheiro de queimado, assim o encontrei sentado de pernas cruzadas em cima do balcão segurando sua xícara de café e comia uma torrada enquanto prestava atenção em seu celular.

Luna: Bom dia -- falei parada na porta ainda distante dele
Vitor: Bom dia -- respondeu meio sem graça e bloqueou o celular
Luna: Porque não me acordou? Você deveria estar no trabalho a essa hora -- olhei o relógio do microondas
Vitor: Não vou hoje -- tomou um gole do seu café -- E bom, eu queria caminhar na rua, respirar um pouco de ar fresco e pensar -- ele deu de ombros -- Aqui é um ótimo lugar pra isso, distante de tudo, você escolheu bem -- ele sorriu de novo e parecia um pouco nervoso -- E claro eu sabia que você provavelmente não iria levantar e ir comigo então não te acordei -- ele coçou a cabeça
Luna: Hmm... Tudo bem -- dei de onbros -- Só me fala uma coisa Vitor -- ele arregalou os olhos -- Você está bem? --cemisserei meus olhos e o encarei
Vitor: Urrum-- balançou a cabeça positivamente tomando seu café e indo pra sala

Me sentei ao lado dele no sofá e ele assistia "O diário de uma princesa" lancei um olhar questionador e obtive como resposta "sou pai de menina" e voltou sua atenção ao filme, eu pensei em milhões de maneiras de como começar uma conversa e estabelecer aquilo que estava acontecendo entre nós de novo, no fundo eu sabia que tanto ele quanto eu estávamos adiando essa conversa que teríamos que ter mais cedo ou mais tarde, e claro se fosde mais tarde seria melhor, minha consciência gritava e implorava para acabar com tudo aquilo logo e nós definir e rotular seja lá como for, mas meu coração acelerava a cada pensamento e queria adiar aquele momento o quanto fosse necessário e como sempre decidi deixar meu emocional de lado e vestir minha armadura de guerra com tudo que se tem direito, claro que metaforicamente falando já que tudo que eu fiz foi correr pro banheiro e vomitar todo meu café da manhã que consistia em uma torrada e meia xícara de café, lavei minha boca e prendi meu cabelo em um rabo de cabelo, respirei fundo algumas vezes e sai do banheiro caminhando devagar pelo extenso corredor, eu parecia uma adolescente de 15 anos que estava indo de encontro com o seu primeiro amor e tambem o cara que iria dar o primeiro beijo da vida dela, por favor não me julguem eu sei que hoje em dia não é mais assim, mas não custa nada sonhar com romances dos filmes não é?

No momento em que eu cheguei na sala toda aquela coragem da adolescente de 15 anos se perdeu e só sobrou o medo de uma veterinária que não exercia dua profissão por dó dos bichos chorando, tudo bem que eu não deveria decidir minha profissão porque cuidei de um cachorro mad eu gosto de pensar que talvez minha profissão é de utilidade pública já que eu fico em casa e não dou trabalho a ninguém.

Vitor: Você tá legal? -- ele perguntou assim que me viu parada atras do sofá encarando o chão
Luna: Estou, e... -- eu cocei a cabeça -- A gente pode conversar um minuto? -- perguntei e olhei para a tv
Vitor: Ahm claro -- ele enguliu a saliva que mantinha em sua boca e desligou a grande caixa de imagem ao fundo dele
Luna: Então é que .. -- eu estava enrolando para pensar em algo a dizer -- Sabe Vitor .. -- eu o encarei -- Não é nada não -- sorri nervosa -- Só queria perguntar se você não quer almoçar fora, não quero fazer almoço -- eu encarei o chão novamente
Vitor: É só isso que você tem pra me falar? -- perguntou arqueando a sobrancelha
Luna: E o que mais seria? -- encarei o mesno séria
Vitor: Talvez um "A noite foi maravilhosa obrigada por me fazer ter um orgasmo que só você me proporciona" -- ele falou divertido mas aquil acabou com qualquer resquício de humor  dentro de mim
Luna: Então quer dizer que -- eu não consegui terminar a frase já que no momento seguinte eu me encontrava nos braços do Vitor e vomitando ao seus pés

Sabe aquele trailer de cinema que passa na sua cabeça onde tudo que você pensa foi com quantos você transou, o último pacote de absorventes e a última cólica que te deixou de cama? Esse filme se passava rebubinando bem que foi o último da minha lista, claro tirando meu sexo casual que logo deixará de ser casuaal e terá rótulos de ontem, para a minha felicidade eu lembrava muito bem quem foi o último e ele tinha nome, endereço e me segurava neste momento mas por outro lado eu não estava feliz e nem cogitava uma possível gravidez nem em sonhos, eu nasci pra ser tia e não mamãe

Vitor: Luna será que...-- eu o interrompi antes de pronunciar as palavras que com certeza acabariam com meu psicologico
Luna: Nem mais uma palavra -- falei nervosa e apreensiva me deitando no sofá até aquela tontura passar
Vitor: Talvez seja melhor a gente ir ao médico e ver isso direito -- disse enquanto limpava a sala -- Se for o que eu to pensando -- eu o encarei -- É meu ou daqurle mané ?
Luna: Eu não vou nem responder -- me sentei com as maos na cabeça e comecei a chorar -- O Túlio não queria filhos Vitor -- disse o pegando de surpresa e deixando um clima meio tenso naquela casa
 

Sol de LunaOnde histórias criam vida. Descubra agora