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Um mês depois

Finalmente meu afilhado já está dando sinais de que vai nascer, estamos no hospital aguardando pelo nascimento, estão todos aqui inclusive os pais da Mel o que me deixou muito feliz.

Chegamos no hospital as 5 da manhã, já são 11 horas e nada dessa criança querer sair, a bolsa já estourou e o Bernardo achou que ela tivesse feito xixi na calça ele está desesperado e não para em momento algum até a Mel com as dores que está sentindo das contrações está mais tranquila que ele.

15:15 e a Mel foi levada para a sala de parto agora é só esperar uns minutos e logo teremos nosso príncipe ou princesa conosco afinal ela não contou a ninguém sobre o sexo do bebê, até o chá de fralda foi metade rosa e metade azul, não demorou muito e Bernardo sai chorando da sala e abraça o Vitor e espalha a notícia de que era um menino, ficamos todos felizes e um dos enfermeiros mandou falarmos mais baixo, esperamos mais alguns minutos e pudemos entrar para ver a Mel enquanto meu afilhado estava fazendo todos os procedimentos necessários para ir até o quarto

Mel : Cadê meu filho? -- pergunta quando um enfermeiro entra no quarto
Enfermeiro : Está sendo pesado -- sorriu aplicando algo na veia dela junto com sono -- Vocês tem que se retirar ela precisa descansar para amamentar -- assentimos e nos despedimos da Mel

Saímos do quarto e cada um foi para um lado, eu estava exausta e então prometi que voltaria mais tarde, Vitor foi direto para o morro com seu pai já que o Bernardo decidiu ficar, fui para o estacionamento com o Carlos e o João e eles me levaram direto para casa.

Cheguei em casa e tomei um banho relaxante, coloquei um blusão e fiz um misto pra comer, voltei ao quarto e dormir o resto da tarde toda, acordei por volta das 19:00 e me arrumei para voltar ao hospital, coloquei um vestido branco bem soltinho e fiz um rabo de cavalo, calcei uma rasteirinha e sai de casa, como sempre estava acompanhada dos meus seguranças e aquilo já estava me irritando eu me sentia presa e vigiada 24 por 48, Vitor dizia que aquilo não era necessário e que não adiantava em nada porque minhas fotos e fofocas continuavam vazando eu o ignorava até mesmo porque era melhor ter Carlos e João do que Vitor no meu pé o dia todo, chegando no hospital parei na recepção e peguei um crachá de visitante com meu nome, subi até a enfermaria e parei naquele grande vidro onde fica o berçário fiquei olhando aqueles bebês um determinado tempo imaginando o dia em que será o meu filho ali, saí dos meus pensamentos com uma enfermeira perguntando se eu queria alguma coisa e eu neguei, deveria estar com cara de psicopata pra cima das crianças, fui até o quarto onde a Mel estava hoje cedo e ela ainda dormia com Bernardo em pé ao seu lado observando o pequeno no berço, fechei a porta atrás de mim e fiz ele despertar e me olhar dei o meu melhor sorriso e me aproximei

Luna : Já escolheram o nome ? -- disse olhando para o pequeno berço ao lado da cama
Bernardo : Ela ainda não acordou desde aquela hora -- disse triste e abaixou o olhar -- Eu to preocupado -- Bernardo deixou uma lágrima escapar e eu o abracei
Luna : Fica tranquilo cunhado -- desfiz o abraço e sorri -- Ela é nova é normal que ela tenha ficado fraca, já já ela acorda -- ele assentiu
Bernardo : Estávamos entre Pedro e Miguel -- sorriu -- Que tal Pedro Miguel ? -- Eu ri e assenti
Luna : Posso pegar um pouco ? -- perguntei
Bernardo : Só toma cuidado porque ele é muito molinho e você muito desastrada -- dei língua e o peguei me sentando na poltrona que tinha ali

Fiquei um tempo com ele e seus olhos ainda não estavam abertos mas já tinha nascido com cabelo, ele era magrinho e tão bonitinho tão inocente que me fez pensar em como existem pessoas que conseguem fazer mal para crianças, em como no mundo existem homens e até mulheres que conseguem estuprar crianças e sentir prazer naquilo.

Tirei uma foto com meu afilhado e fui embora assim que a Mel acordou, me despedi deles alegando que precisavam daquele momento em família e fui embora, no caminho eu pedi para que passassem no morro e que não demoraria, Carlos e João ficaram a minha espera no carro e eu subi indo direto na casa da minha sogra, entrei sem bater afinal a porta estava sempre aberta

Luna : Ô de casa -- gritei fechando a porta e ouvi som alto e falatório vindo da área

Me aproximei e tinham muitas pessoas inclusive Vitor com o braço em volta de uma loira e uma morena sentada em seu colo, meu sangue subiu mas como minha mãe diria "Nem os piores homens merecem que você perca a etiqueta" me aproximei calmamente e então ele me notou ali, Vitor cheirava a bebida e a cigarro nunca na vida tinha visto ele nesses estado, percebi que a morena na verdade era Juliana e sorri cinicamente para a mesma que me olhava como se fosse superior, todos naquele lugar me olhavam e esperavam a cena que eu estava prestes a fazer mas Vitor me conhecia e sabia que fazer cena não era o que eu faria, eu faria pior o faria sofrer e voltar até a mim de joelhos arrependido, enquanto eu andava ao encontro de Vitor ele andava ao meu encontro, parecia aquela cenas de filme romântico seria até fofo se não fosse trágico, quando por fim Vitor parou em minha frente e abriu a boca para se explicar eu o calei com um dedo

Luna: Hoje você não dorme em casa -- falei calma -- Amanhã já não estarei mais lá, obrigada por tentar me passar como otaria e obrigada por me fazer enxergar logo cedo quem você realmente é -- sorri e me virei
Vitor : Você precisa me escutar -- segurou meu braço -- Por favor -- disse num sussurro e eu me soltei dele e sai de lá sem olhar para trás.

Sol de LunaOnde histórias criam vida. Descubra agora