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Segurei minhas lágrimas até em casa, entrei e não pude evitar de chorar tudo me lembrava ele e nossos momentos, fui até o quarto e arrumei minhas coisas nas minhas malas, tirei tudo dali que podiam fazer com que ele se lembrasse de mim, liguei para a Ester e contei tudo hoje eu iria dormir lá e amanhã eu iria decidir minha vida, ajeitei tudo e fui para casa da Ester, João e Carlos não me perguntam nada a nenhum momento mas sentia o olhar deles de dúvida ou pena sobre mim, chegando na casa da Ester esperei a mesma abrir a porta e entrei sem fazer barulho para nós acordar as crianças, abracei minha irmã e chorei mais um pouco, fui até o quarto de hóspedes e deitei deixando a lágrima rolar mais um pouco, senti saudades da Ashley e liguei o face time e prontamente ela me atendeu, como sempre ela estava linda com aquele cabelo loiro, aquele olhar misterioso e aquela carinha de bebê, logo minha amiga notou que eu não estava bem e eu tive que explicar mais uma vez tudo que tinha acabado de acontecer, quanto mais eu acho explicava menos eu queria falar porque eu ainda achava que aquilo não era real e que eu iria acordar ao lado do Vitor e saber que tudo foi um sonho, que me dera poder voltar no tempo e não ter me apaixonado por ele, todos os "Eu não sou igual ao Guilherme" "Confia em mim" "Eu te amo" "Eu sou diferente" tudo foi uma grande mentira, uma farsa ele me apunhalou da pior maneira possível, terminei a ligação com a Ashley que depois de me dar broncas por estar chorando e que no dia seguinte eu ficaria com uma olheira horrível e que ele não merecia uma lágrima me fez lembrar que ela estava totalmente certa afinal eu to nova, sou relativamente bonita e de boa influência (ou nem tanto) e estou com uma carreira pela frente, Ashley me contou dos seus romances de verão pela Europa e terminamos nossa ligação com a promessa de que no próximo ano iríamos nos ver até mesmo porque esse ano já está perto do fim, daqui a um mês já é natal e depois ano novo o que me dava mais esperanças de que o próximo ano seria melhor que esse e que eu teria menks decepções.

Peguei no sono e acordei no dia seguinte com a ligação da Mel avisando que já estava em casa e que minha sogra faria um almoço em homenagem ao Pedro, coitada da minha amiga mal sabe que depois de ontem eu não tenho mais namorado quem dirá sogra, rolei na cama com a intenção de dormir novamente e falhei nessa missão, me levantei e peguei meu celular não tinha nenhuma mensagem do Vitor e nem ligação, bufei de raiva afinal ele poderia ao menos tentar se desculpar se ele se importasse não é?
Escolhi um short que marcava bem minha bunda e uma blusa soltinha embora marcasse perfeitamente meus seios, coloquei uma sandália comum e fiz uma maquiagem marcante e leve para o dia soltei meus cabelos e ajeitei, passei perfume e desci. Ester e Breno não estavam mais em casa e as crianças deveriam estar na creche, mandei uma mensagem para ela avisando que estava indo na Mel e segui meu caminho, cheguei no morro e fui direto para a casa da Mel mas antes esbarrando em uma das últimas pessoas que eu gostaria de encontrar

Juliana : Desculpa -- abaixou o olhar
Luna : Não foi nada -- formei um sorriso falso e voltei a andar
Juliana : Não Luna -- me segurou -- Me desculpa por ontem
Luna : Não precisava e nem precisa se fazer de amiguinha, tá tudo bem, faça bom proveito dele -- sorri e me soltei dela voltando a andar
Juliana : Pode deixar que eu farei -- gritou e eu revirei os olhos

Cheguei na casa da Mel agora sem nenhuma interrupção no meu caminho e fui recebida por beijos e abraços da minha amiga, fomos até o quarto dela e Pedro estava dormindo e o Bernardo estava na boca, ficamos conversando e logo Dona Ana chegou, eu amava aquela mulher ela nos acolheu como filhas sempre de bom humor e com amor para dar, aproveitei que as duas estavam ali e contou o ocorrido de ontem

Ana : Eu não acredito que esse garoto fez isso -- disse com raiva
Mel : Eu vou matar ele -- falou entre dentes e eu ri do comentário das duas
Luna : Você não aguenta nem um soco Mel -- disse rindo e Dona Ana me acompanhou
Ana : Minha querida e como você está? -- disse preocupada
Luna : Eu to bem -- ela me olhou torto -- Sério mesmo, eu to bem Dona Ana já chorei tudo que tinha pra chorar agora tanto faz -- dei de ombros e ela sorriu
Ana : Dona Ana a tua bunda -- rimos -- Vocês sabem que são como filhas pra mim e eu to aqui para o que precisar -- sorriu segurando a mão de cada uma de nós -- Mas eu não posso me meter entre vocês e meus filhos isso é problema de vocês
Luna : E nem eu quero, deixa como está -- sorri -- É melhor assim, vamos agir como se nunca tivesse acontecido

Conversamos enquanto preparávamos o almoço, a Mel arrumou a mesa e logo depois foi arrumar o Pedro e se arrumar, já estava tudo pronta só faltava os homens da casa para chegar, o Bernardo chegou e logo me deu um abraço falando baixinho "Não liga você é melhor que tudo isso, ele é um idiota por te trocar" eu apenas sorri em agradecimento e logo Vitor chegou acompanho de seu pai colocando a arma em cima da mesa

Ana : Quantas vezes eu tenho que falar que lugar de arma não é na mesa ? -- disse autoritária e todos os três abaixaram a cabeça e colocaram na bancada

Almoçamos entre risos e brincadeiras, eu a todo momento mostrava que estava bem e Dona Ana sorria em encorajamento Vitor não disse uma palavra o almoço todo e nem me olhou, talvez seja melhor assim mesmo fingir que não nos conhecemos.

Sol de LunaOnde histórias criam vida. Descubra agora