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Encontrei Vitor em frente a boca falando com um rapaz mais o menos da mesma idade e com cara de poucos amigos, a conversa parecia séria então me mantive afastada para não os interromper.

Já estava ali a uns vinte minutos e até agora ele não havia notado minha presença, eu já estava incomodada com tantos bandidos e usuários que me olhavam como quem diz "Tira essa roupa que eu vou te comer" já estava impaciente e resolvi me aproximar, assim que toquei o ombro de Vitor o mesmo virou com a sutileza de um hipopótamo e eu caí com tudo no chão

Vitor : Porra Luna -- Ele gritou assustado e eu bufei -- O que tu tá fazendo aqui ? -- perguntou e fez um sinal para aquele cara sumir e assim ele fez
Luna : Pra variar você não atende o celular, quero ir pra casa Vitor -- disse irritada me levantando
Vitor : Quantas vezes vou ter que dizer que aqui não é lugar pra você ? -- perguntou me arrastando pelo braço até adentrarmos a boca
Luna : Eu to cansada disso -- falei furiosa ele me olhou sem entender -- já to cansada de falaram onde é e onde não é lugar pra mim, vocês acham que eu sou o que ? Só porque nasci em uma família com dinheiro eu tenho que ser igual aquelas patricinhas mimadas ? Só porque saio em algumas revistas eu tenho que ser nariz em pé e só andar na zona sul ? -- A essa altura eu já gritava e todos os compradores poderiam ouvir nossa conversa através da porta de madeira
Vitor : Luna... -- ele começou e eu o interormpi
Luna : Vocês acham que eu não sou capaz de nada né ? Que eu sou apenas uma menininha -- eu ri e peguei a arma em cima da mesa -- Tá vendo isso ? Eu sei usar, sabe aquelas drogas que estão ali fora ? Eu sei o nome de todas, os fornecedores e quanto é cada uma -- Vitor me olhava cauteloso -- Vai tomar no cu Vitor -- gritei por último antes de jogar a arma longe e ouvir um barulho de disparo
Vitor : Tá maluca garota ? -- gritou -- Você podia ter machucado alguém caralho, eu não te acho uma patricinha mimada mas agindo desse jeito você está parecendo -- dito isso a porta se abriu de uma vez só
Bernardo : Vocês estão bem ? -- ouvir aquilo me deu uma enorme vontade de chorar e foi o que eu fiz -- Porra Vitor o que tu fez pra mina ? -- Bernardo me puxou para um abraço e eu sujei toda sua camisa branca de rímel
Vitor : Não fiz porra nenhuma ela surtou do nada, coisa de mulher essa tal de TPM -- Vitor foi até a arma e a travou colocando em sua cintura -- Deixa eu conversar com ela -- Bernardo me deu um beijo na testa e saiu batendo a porta -- Ei morena, não fica assim -- ele me abraçou -- Eu te amo meu amor.

Depois de todo meu surto e minha choradeira sem eira nem beira fomos para nossa casa, já era noite fui direto para o banho e logo em seguida eu dormir sem comer e nem me preocupei em fazer nada para o Vitor.

Acordei antes mesmo do meu celular despertar e fui tomar banho, fiquei longos minutos desfrutando da água quente o dia estava meio gelado e estar em baixo daquele chuveiro era prazeroso, sai do banheiro e Vitor já estava acordado mas ainda deitado mexendo no celular ao me ver ele bloqueou a tela e colocou o mesmo no criado mudo se aproximou de mim e quando eu achava que ia rolar aquele beijo de cinema e que depois nos iríamos terminar naquela cama ele apenas me dá um selinho e me diz NÃO, fiquei frustrada e ele me lançou seu melhor sorriso o que me fez derreter por dentro, me arrumei e quando por fim ele saiu do banho eu já estava pronta esperando por ele.

Estávamos na mesa do café enquanto Vitor me contava das suas incríveis histórias da faculdade e de sua infância, eu na verdade não prestava atenção em nada eu estava perdida naqueles lábios rosados que falavam sem parar, naquele projeto de barba por favor que Vitor não tirou por pura preguiça, naqueles cabelos negros e naqueles olhos cor de mel que faziam contraste com suas covinhas enquanto sorria, voltei minha atenção para conversa quando Vitor chamou meu nome pela quinta vez eu apenas sorri e concordei com seja lá o que for que ele tenha dito.

No carro indo em direção a minha escola, combinei com Vitor que depois da aula eu passaria na agência para Cátia resolver minha vida já que estava ficando difícil fazer qualquer coisa porque tudo saia em sites de fofoca, o trânsito do Rio de Janeiro estava insuportável já as 7:00 da manhã eu já estava atrasada para a aula e eu não ligava nem um pouco mas meu incrível namorado não parava de falar nenhum momento o quanto essa fase é importante e que devo me dedicar aos estudos e um monte de bobagens, não que eu ache que os estudos são bobagens mas Vitor com todo esse discurso estava parecendo meus pais, enquanto ele falava dos estudos na minha cabeça só passava "E quando vamos transar?" "Porque você negou sexo essa manhã?" Mas essas perguntas não saíram do meu pensamento, me distraí quando o trânsito amenizou e eu pude observar a praia de dentro do carro, olhei para Vitor e ele estava tenso pousei minha mão sobre sua perna e a apertei de leve e lhe mostrei um sorriso amigável juntamente com uma mordia no lábio inferior, ele caiu na provocação então eu parti daquele ponto para um onde seu amiguinho pudesse participar, me inclinei sobre ele e o beijei com toda a vontade que eu tinha dentro de mim enquanto eu acariciava seu pau dentro da bermuda, quando ele criou vida levei minha boca até o mesmo e comecei a chupá-lo fiz um vai e vem o mais rápido que pude e Vitor me ajudou agarrando meus cabelos, o trânsito andou normalmente e Vitor tentava se concentrar na direção, quando senti que ele ia gozar eu parei e levantei o deixando com uma cara engraçada e desesperada pelo desejo

Luna : Você não quis de manhã agora que não quer sou eu -- disse me ajeitando no banco e rindo
Vitor : Porra amor, você vai me deixar assim ? -- eu assenti prendendo o riso -- Caralho Luna -- bateu no volante e chegamos na porta da escola
Luna : Agora você vai ter que me conquistar, to de greve -- ri e lhe dei um selinho -- Até mais tarde amor.

Sai do carro e entrei na escola ainda rindo. Devido ao horário tive que esperar a segunda aula e assim eu fiz, coloquei meus fones e me sentei para esperar.

Sol de LunaOnde histórias criam vida. Descubra agora