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A jornada até Mauthausen-Gusen foi uma provação de três dias e meio para Hans. O complexo de campos de concentração, erguido pelos soldados do Führer na Áustria, estava a cerca de 20 km de Linz. Cada quilômetro percorrido aumentava a agonia de Hans, que se contorcia no banco desconfortável do veículo militar. A dor intensa em seu pescoço parecia interminável.
Edmundo Dierk, um jovem cabo da SS de Berlim, mal conseguia conter a empolgação. Após sete meses de treinamento, finalmente teria a oportunidade de colocar suas habilidades em prática. Ao seu lado, Dominik Georg Horst, um suboficial da SS de Hamburgo, exibia confiança e destreza.
Os três foram designados para uma reunião crucial sobre investigações para desmascarar espiões infiltrados. A ausência do comandante do campo, SS-Standartenführer Franz Ziereis, não impediu que informações cruciais fossem compartilhadas com o segundo no comando, Sturmbannführer Lars.
À medida que se aproximavam, Hans avistou a imponente porta de entrada do campo, adornada com o símbolo nazista. Guardas firmes e vigilantes seguravam suas armas de forma ameaçadora. Prisioneiros trabalhavam em condições desumanas nas pedreiras e fábricas de armamento, compondo um cenário de sofrimento.
Dominik estacionou o veículo antes do portão de entrada. Um soldado, com uma expressão fechada e hostil, aproximou-se e saudou:
— Heil Hitler!
— Heil Hitler — respondeu Dominik.
Hans seguiu o anfitrião até o escritório reservado, em silêncio. Ao girar a maçaneta e abrir a porta, deparou-se com outros oficiais: Marek Schneider, Adam Credze e Thomas Hermann. A fraca iluminação conferia um tom sombrio à reunião, destacando as expressões sérias dos presentes.
Dominik acomodou-se no assento e apresentou-se:
— Sou Dominik Horst, suboficial da base de Hamburgo. Fomos designados para a reunião com o Sturmbannführer Lars.
O soldado fez um gesto para outro soldado abrir caminho. O lugar era colossal e o inverno conferia à base uma atmosfera ainda mais sombria. Hans ajustou seu uniforme e tomou a dianteira, dirigindo-se ao grupo de soldados. Assim que se aproximou, as risadas cessaram e todos se puseram em posição de saudação.
— Heil Hitler! — saudou Hans.
— Heil Hitler! — responderam em uníssono.
Hans perguntou:
— Onde encontro Sturmbannführer Lars?
Um soldado respondeu:
— Terceira porta à esquerda, senhor.
Hans avançou com passos decididos até o centro da base. Bateu duas vezes na porta e esperou. Uma voz rouca deu permissão para entrar. Hans abriu a porta e encontrou o SS-Sturmbannführer Lars, acompanhado de dois oficiais. Lars levantou-se e cumprimentou-os.
— Recebi a informação do SS-Oberst-Gruppenführer Mark Heydrich sobre essa visita. Vocês têm uma ficha detalhada sobre os espiões?
— As informações são confidenciais — respondeu Hans, indicando que os outros dois oficiais não podiam ouvir.
Lars balançou a cabeça, sorrindo sarcasticamente.
— Oswald e Götze são de minha total confiança. Estou ansioso para revelar os nomes dos suspeitos. Estou com dor de cabeça e meus dedos coçam para apertar o gatilho.
Hans insistiu:
— Melhor vermos os nomes na lista.
Lars pegou a folha que Hans segurava. O ambiente ficou silencioso enquanto ele lia o documento. Finalmente, ele abaixou a folha e olhou para Hans.
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Pássaros no Inverno
RomanceDurante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha nazista e o mundo são envoltos em uma tormenta de trevas, sofrimento e fúria. Em meio ao caos, a vida de Jane Anne Schoreder sofre uma reviravolta surpreendente e todos os seus sonhos desmoronam. Jamais p...