O amor pode ser oceano.
Sim,ele pode ser o oceano mais violento que já conhecemos,seremos apenas barquinhos,sendo afogados em espuma de rebentação. Ou pode ser água mansa,doce,que acalenta até mesmo os marinheiros mais cansados.
O amor pode ser silêncio, reticências e espera. Pode até mesmo ser desencontro. O amor,às vezes, machuca. E mesmo sendo dor,continua firme,nosso soldado que nunca rendeu-se.
Digo que o amor acertou-me como um trem,fora dos trilhos. E obrigou-me a desistir da calçada. Não há como amar em segurança.
Amar,por si só, já é um tiro no escuro.
Nunca sabemos como o outro irá reagir ao sentimento. Conheço grandes homens que se acovardam, pois o amor nos torna crianças de novo,sempre seremos aprendizes nesse território.
Mas não há força tão sublime e poderosa. O amor move a roda da vida,e não há como fugir.
Portanto,ame como se não houvesse amanhã. E se nós pararmos para pensar um pouco,realmente não há garantia de que teremos muito tempo.
Ame,mas ame mesmo. Abrace o oceano,se preciso for. Mas nunca,em hipótese alguma,aceite amar em rasidão. Não há amor mais triste que o medroso.
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Ensaios sobre sangue, ferrugem e fogo
Short StoryFlores no meu jardim, enfeitam a solidão. Borboletas amarelas morrem tão rápido, quanto aparecem, no meu peito cansado. Estou tecendo histórias, escrevendo verdades e invenções,enquanto espero o amor. Ainda estou aprendendo.