Lobos E Cordeiros

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  Dedos tateando,pousando na aspereza nua do concreto,estrelas caindo,para dentro de mim. Hoje quando acordei haviam muitas borboletas amarelas despedaçadas,sobre meu peito aberto. Fui um bom menino,mantive meus olhos abertos,contando detalhes,simulando amores,inventando meu universo particular. Dancei com lobos,vestidos de doces cordeiros,e no final,acabei sozinho esperando a festa acabar,a vida começar,tenho esgotado meu peito,transformando tristeza em algo belo,em poesia,mas outro dia vem,sem você,nossa casa está tão vazia,grande,quantos passos até o seu coração?,não quero outro amor,quero o amor manso,o peito acalentado,o riso macio,não quero outro amor,quero o seu.

Ensaios sobre sangue, ferrugem e fogo Onde histórias criam vida. Descubra agora