Viajante, de onde tu vens não haviam flores?
Vens de mãos vazias. Mesmo assim agradeço,trouxeste chuva merecida ao deserto e uma doce esperança em dias melhores.
Ouça o som do meu coração batendo no escuro,dispa minha alma de couraças,cure cada machucado e não esqueça de velar meu sono,enquanto o mundo adormece em poesia e mansidão.
Trouxeste algo melhor que flores. Pedaços de mim. Estrelas cadentes. Amanheço leve e inteiro. Não há poesia maior do que um abraço que liberta. Trouxeste minha vontade de viver,que estava guardada em algum lugar,dentro de mim.
Então veio junto o vento forte e levou consigo toda essa minha solidão. É tão bom viver assim,sem passado. Sem peso. Apenas um coração livre.
Sou feito de dias de vento. De espera, de céu azul,de pés descalços e olhos desatentos.
Sou feito de muitos. Mas nenhum deles ama você tanto quanto eu.
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Ensaios sobre sangue, ferrugem e fogo
Short StoryFlores no meu jardim, enfeitam a solidão. Borboletas amarelas morrem tão rápido, quanto aparecem, no meu peito cansado. Estou tecendo histórias, escrevendo verdades e invenções,enquanto espero o amor. Ainda estou aprendendo.