Eu(7)

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  Era silêncio e mansidão quando eu morava no teu peito morno. Era beleza e graça. Poesia que transbordava. Eu nascia e morria num beijo teu. Vestia teu melhor sorriso,meu melhor humor. E os dias eram simples. Amanhecia tão cedo dentro de mim e o mundo virava cores.
  E eu era só um garotinho acolhido,um passarinho devolvido ao ninho.
  Tu acalmava todas as tempestades e domava os oceanos.
  Eu me perdia entre tanto querer.
E só queria eternizar um amor nunca antes sentido de tal forma,tão pura.
Então comecei a escrever.
E de mim,nasceram muitos.

Ensaios sobre sangue, ferrugem e fogo Onde histórias criam vida. Descubra agora