Vejo uma estrela pousar nos meus olhos cegos,que só viam o que queriam enxergar. Era uma cegueira confortável. Uma bruma de ignorância. E um atalho fácil para desculpas. Eu não enxergava minhas fraquezas. E o oceano que havia entre eu e o resto de mim.
Então a realidade veio com tanta violência. Veio como chuva forte. E inundou meus pensamentos. Encharcou meu coração de papel,tão rasurado,amassado, rabiscado com canções e poemas que eu fiz conforme descobria o amor.
Escrevi teu nome na minha pele e silenciei por enquanto meus medos. Mas uma simples tinta indelével nunca iria transmitir com clareza meus sentimentos. Era um rio pesado esse amor de posse. E eu afogava-me sem querer lutar. Até perceber que meu mundo era somente eu.
Enquanto eu encarava dias de escuridão e desesperança,notei que eu era secretamente feliz com o que tinha em mãos, no momento.
Deixe-me cair quando todas as cordas forem cortadas. Não, não peço que segure minha mão. Não tenho medo da queda.
Tenho medo de ficar entre o meio termo.
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Ensaios sobre sangue, ferrugem e fogo
Storie breviFlores no meu jardim, enfeitam a solidão. Borboletas amarelas morrem tão rápido, quanto aparecem, no meu peito cansado. Estou tecendo histórias, escrevendo verdades e invenções,enquanto espero o amor. Ainda estou aprendendo.