Não há beleza num abraço interrompido,num passo contido,no beijo de adeus que nunca aconteceu.
Não há poesia nas palavras insinceras,no amor inventado,no acaso planejado. Não há razão num rio que teima em ignorar seu curso,num coração fechado,onde não erguem-se bandeiras brancas de rendição.
Não há alento na certeza da partida,apenas um dificultoso reaprender a caminhar sozinho novamente,sem braços amados para evitar uma queda.
Não há ferida que o tempo não ensine a aceitar,e suportar.
Não há tombo sem aprendizado. Nem noites negras sem futuros dias de sol.
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Ensaios sobre sangue, ferrugem e fogo
Short StoryFlores no meu jardim, enfeitam a solidão. Borboletas amarelas morrem tão rápido, quanto aparecem, no meu peito cansado. Estou tecendo histórias, escrevendo verdades e invenções,enquanto espero o amor. Ainda estou aprendendo.