Percebo outros morando,dentro de mim. Quando me olho no espelho. Meio de lado,um deles acena,com timidez. Existem atalhos e caminhos tortuosos até o meu coração. Mas serei piedoso. Farei uma estrada de tijolos amarelos. Outro de mim,deseja a liberdade,não teme tempestades ou jogos. Nunca quis ser justo nesse grande jogo.
De manhã,sou cinzas. Sou pequeno e quero colo. Juras de amor eterno e carências. De tarde,sou silêncio depois da tempestade. Sento-me com uma grande xícara de café e encaro todos os meios e extremos que constituem em mim. Sou razão no meio do caos.
Então vem a noite e eu deixo queimar. Sinto-me livre e quero viver tudo aquilo que está apenas nas coisas que escrevo,todos os dias. Pertenço ao mundo. E tenho esperança no agora. Só quero provar ao mundo que não preciso provar nada.
De manhã,já sou outro. Sempre nascendo e morrendo,em mim. Minhas águas nunca são iguais.
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Ensaios sobre sangue, ferrugem e fogo
Short StoryFlores no meu jardim, enfeitam a solidão. Borboletas amarelas morrem tão rápido, quanto aparecem, no meu peito cansado. Estou tecendo histórias, escrevendo verdades e invenções,enquanto espero o amor. Ainda estou aprendendo.