Capítulo 48

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Alguns dias se passaram e todos os dias eu ia caminhando com a Geo pra faculdade, era ótimo ter ela logo cedo pela manhã. Fazia o meu dia feliz e mais produtivo.

A Pietra continuava doce e muito simpática comigo o que era ótimo, pois iríamos fazer um trabalho em dupla e ninguém merece um clima chato. Eu e ela passamos 3 dias seguidos preparando cada detalhe do trabalho, ela é mega perfeccionista e eu gostava disso nela pois o nosso trabalho ficava cada vez melhor. A Geo não se importava com a minha amizade com a Pietra, pelo contrário.

Chegou o dia de apresentarmos o trabalho e demos um show, toda a turma gostou e o professor batia palmas sem parar. O resultado sairia no outro dia e ficaria em uma lista na porta da sala, eu estava muito ansioso.

Cadu narrando

A circo ja estava armado, não pensei em desistir. Só pensei em pegar leve, por causa da Geovanna. Sou apaixonado por ela e não tenho intenção de machuca-la. Quero apenas mostrar pra ela quem o Miguel realmente é: um babaca.

Fiquei sabendo que o Miguel iria fazer dupla com a ruivinha gostosa, o que iria facilitar o meu plano.
- Eai Pietra!
- O-oi. Carlos Eduardo né?
- Exatamente. Mais conhecido como Cadu. - Pisquei.
Ela sorriu timidamente.
- Então, ruiva... Quer dizer, Pietra. Eu quero falar uma coisa pra você. Mas o Miguel não pode saber o que eu vou te falar agora entendeu?
- Aconteceu alguma coisa?
- Miguel e Geovanna terminaram. Meu mano ta na bad sabe? A gente tava conversando e ele me falou até de você...
- Tadinho... Mas o que? E-ele falou de mim?
- Sim, disse que tava com saudade do seu beijo. Que queria muito te beijar mas acha que você não quer mais nada com ele.
- Sério?
- Te juro. Somos melhores amigos, ele me conta tudo.
- Ele deve ta carente, só isso.
- Pior que não. Ele te quer... Só ta com medo que você o rejeite.
- Er... Eu não sei não.
- Quer uma dica de amigo?
- Quero!
- Quando vocês forem conferir as notas, dê um beijo nele. Mas um beijão.
- Eu não tenho coragem.
- Então você vai perder o cara. Deixa pra lá... - Eu digo ja me retirando.
- Ei, não. Ele disse aquilo mesmo? - Pietra disse me puxando pelo braço.
- Sim. Te garanto...
- Irei seguir seu conselho. - Ela disse sorrindo.
- Isso aí garota. Você vai ver como ele vai gostar. Mas ó, segredo nosso! Se você falar, o Miguel vai ter raiva de mim e principalmente de você.
- Tudo bem.

E o peixe mordeu a isca, eu gargalhava por dentro. O estrago ia ser perfeito, Miguel que me aguarde. Iria fazer a Geovanna ver tudo amanhã e finalmente ia ter ela pra mim de novo.
No outro dia, Miguel estava todo feliz. Me cumprimentou me dando um abraço e falou sobre o trabalho dele e da Pietra, dei o maior apoio pra ele. Mal sabia ele o que estava por vir. Ele foi conferir os resultados e eu fiquei conversando com a Geovanna.
- Aí Geo, bora ali comigo?
- Onde? - Ela diz desinteressada olhando pro celular.
- Na sala ao lado da do Miguel vai ter uma palestra muito show. Vamo comigo?
- Não posso, tenho aula agora.
- Seus professores nem chegaram ainda, vamos. É muito boa!
- Ta, é bom que eu vejo meu amor.
- Sim!

Fomos andando até os corredores da psicologia, chegando lá avistamos o Miguel abraçado com a Pietra depois se soltaram e a Pietra o beijou apaixonadamente. Eu gargalhava muito por dentro.
- Mas que porra é essa? - Geovanna disse baixinho.

Miguel empurrou a Pietra e limpou a boca. Ele tinha uma expressão de raiva no rosto.
- O que foi isso, Pietra?
- Não gostou?
- Eu tenho namorada, porra!
- Desculpa, Miguel. Me falaram que você tinha terminado, me desculpa. - Ela começou a chorar.

Geovanna e eu nos aproximamos deles e Miguel se assustou em nos ver alí.
- O que ta acontecendo aqui, Miguel? - Geovanna disse infezada.
- Pietra me beijou sem mais nem menos.
- Por que fez isso, sua doente? - Ela disse se virando pra Pietra.
- Desculpa, Geo. Eu juro que eu pensei que vocês tinham terminado.

Geovanna revirou os olhos e me disse que não queria ver mais palestra nenhuma. Chamou o Miguel pra conversar mas não parecia tão chateada como eu tinha planejado. Liguei pra Manuella pra pensarmos em um plano b.

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