Capítulo 57

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Peguei minha moto e o Tiago pegou a dele e fomos até o prédio da Pietra. Ela ja estava la fora e eu fiquei pasmo quando a vi. Ela estava absurdamente linda, com roupa curta e decotada.

Desci da minha moto e fui cumprimentar ela, o Tiago ainda não a conhecia mas ficou boquiaberto ao ver uma ruiva tão linda.

- Uau. - Sussurrei ao chegar perto dela.
- Que foi? - Ela disse corada.
- Nunca imaginei você vestida assim. - Sorri.
- Quis ousar hoje. - Ela sorriu.
- Bom, conseguiu. Olha a cara do meu irmão.

Gargalhamos e fomos até o Tiago, apresentei os dois e ele ficou muito encantado com ela. Dei meu capacete pra ela e fomos pro Leblon. Chegando lá ja estava tocando um paredão com um funk pesado, várias garotas dançando até o chão e os caras bebendo. Parei minha moto perto das outras, ajudei a Pietra a descer e guardei nossos capacetes.

Henrique estava lá, ja alterado com a bebida e sarrava nas garotas. Cheguei perto do pessoal e a Pietra grudada no meu braço. Um amigo meu de longa data e parceiro de festinha, ja se levantou e foi me cumprimentar. Iago era um cara muito pé de cana, engraçado e muito boa pinta. Logo se pronunciou quanto a Pietra.

- Eai Miguel, ontem era uma loira, hoje ja é uma ruiva? Tu é bichão mesmo hein, pai? - Ele disse batendo em minhas costas e rindo.
- Prazer em ver você também, Iago.
- Qual foi, parceiro? Não vai me apresentar essa ruivinha delicia que ta com você? - Ele olhou a Pietra de cima a baixo.
- Essa aqui é a Pietra, uma amiga minha de faculdade. E Pietra esse é o Iago, um mongoloide que eu conheço desde o Ensino Médio.

Pietra sorriu sem graça pra ele e ele a puxou pela cintura bruscamente e deu um beijo no canto da boca dela. Ela deu um tapa forte em seu rosto e ainda trêmula segurou em meu braço.

- Você arranjou um bicho do mato, irmão. - Ele disse morrendo de rir.

Revirei os olhos e levei a Pietra pra sentar em uma cadeira.

- Ta tudo bem contigo? - Perguntei preocupado.
- Ta sim. - Ela disse sem me encarar.
- Quer uma Ice?
- É que eu nunca bebi. - Ela disse baixinho.
- Fala mais alto, não consigo te ouvir. - Gritei.
- Eu nunca bebi antes. - Gritou.
- Não brinca...
- Juro!
- Espera aí.

Fui pegar bebidas com as garotas, mas eu comecei a conversar com elas e acabei esquecendo da bebida que eu ia levar pra Pietra. Quando me lembrei dela, ela não estava mais sentada lá. Estava bebendo e conversando com o Tiago, parece que eles estavam se dando bem. Eu ja estava um pouco alterado, a galera avisou que ja estava na hora de ir pra balada. A Pietra subiu na moto do Tiago e foi com ele, eu levei uma amiga minha.

Chegamos na balada, Pietra ja estava alterada e rindo a toa. Fui até ela e ela me abraçou ainda morrendo de rir.

- Pietra, você ta bem?
- Eu to ooooootima. Seu irmão é um gato, sabia?
- Ele te deu o que pra beber?
- Te quiiiiiiiila. - Ela deu ênfase no "i".
- Vamos pra casa, você ja ta muito bêbada.
- Deixa de ser neurótico, cara. A garota nem se divertiu ainda. - Tiago interrompeu a conversa.

Saí sem falar nada e entrei na balada, fui direto pro bar e pedi uma skol beats. Estava tocando um funk bem louco e eu observava cada pessoa que estava naquela balada. Até que fui surpreendido por alguém.

- Oi Miguel. - Uma voz conhecida sussurra em meu ouvido em meio aquele barulho enorme.

Me viro e é a Manuella.

- Eai, Manuella. - Eu disse gritando e desinteressado.
- Que saudade de você. - Ela sussurra em meu ouvido.
- É? - Eu digo sorrindo.
- Aham. Tô louca pra te beijar. - Ela sussurrou novamente mas dessa vez ja deslizava suas mãos pelo meu corpo.

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